BIODIVERSIDADE : A RIQUEZA DA VIDA NA TERRA

RESUMO

A PRESERVAÇÃO DA VIDA

Você sabe como se iniciou a vida na Terra?

Entre as histórias narradas na Bíblia, uma das mais conhecidas é a de Noé, que salvou todas as espécies de plantas e animais da Terra. A história da Arca de Noé é conhecida no mundo inteiro, pois Deus viu que a maldade reinava na Terra. Enraivecido, decidiu que faria chover durante 40 dias e 40 noites, para assim destruir sua criação. Antes, porém, disse a Noé que construísse uma grande arca para nela embarcar com sua família quando o dilúvio começasse. Noé então, incubido de salvar a vida na Terra, levou um macho e uma fêmea de cada espécie animal, além de plantas para alimentar a todos durante muitos meses.

E assim fez Noé, salvando a vida do Planeta. Noé e sua arca poderiam ser o símbolo dos que hoje tentam salvar os últimos ambientes selvagens do mundo.

A vida em nosso planeta está presente em todos os lugares, desde as montanhas até as profundezas do oceano; porém, todo esse paraíso está sendo ameaçado pelo homem. A cada ano que passa, plantas e animais estão sendo aniquilados por atividades, como: a derrubada de árvores para aproveitamento de madeira; a caça, a pesca e o aprisionamento de animais selvagens; a expansão de campos de cultivo e de pastagens; a exploração de pedras preciosas e minérios do solo; a construção de estradas, represas e cidades. Se essas atividades continuarem no ritmo atual e sem planejamento quanto a seu impacto sobre os ambientes selvagens, as gerações futuras perderão a diversidade da vida e com isso, perderão uma inesgotável fonte de alimentos, matérias-primas e belezas.

A BIODIVERSIDADE

A vida em nosso planeta está presente desde as montanhas até as profundezas dos oceanos, seja em terra firme ou por entre as raízes das vegetações, nas águas, a diversidade da vida é exuberante até o limite de 200 metros de profundidade. Mais abaixo, onde a luz não penetra, as plantas não vivem, mas a vida animal se agita Até o fundo os oceanos, a 10 mil metros de profundidade.

A parte viva da Terra chama-se BIOSFERA e se expandiu por todos os ambientes.

BIODIVERSIDADE é essa multiplicidade da vida em seres de muitas formas, cores e tamanhos.

Não se sabe quantas espécies de seres vivos existem na Terra; as identificadas são cerca de um milhão e meio, mas calcula-se que existam entre 50 e 100 milhões de espécies ainda por serem descobertas nas regiões pouco exploradas, como as florestas tropicais úmidas, os desertos, as cavernas e as regiões geladas.

Em todos os ecossistemas, a vida depende da energia solar absorvida pelas plantas na forma de energia química, que passa das plantas para os herbívoros, e destes para os carnívoros, por meio dos níveis tróficos das cadeias alimentares.

A preservação dos ecossistemas depende da sua biodiversidade. A Floresta Amazônica é um exemplo de ecossistema, nela vivem o maior número de espécies de plantas com flores, o maior número de espécies de anfíbios e de pássaros e o segundo maior número de espécies de mamíferos. Da mesma forma a flores da Indonésia, onde vive o maior número de espécies de mamíferos e de borboletas.

A ORIGEM DA BIODIVERSIDADE

Cada vez que a natureza cria uma nova espécie, a biodiversidade aumenta.

A formação de espécies pode ser desencadeada por barreiras geográficas e climáticas, que isolam grupos de indivíduos da mesma espécie.

A vida teria começado há 3 bilhões de anos quando, nas águas quentes dos oceanos, formou-se o primeiro código genético a partir de substâncias do ambiente. Esse código passou a fazer cópias de si mesmo. As mutações começaram a criar novidades genéticas, e a reprodução sexuada embaralhou os genes mutantes através das gerações.

Há 700 mil anos, o processo de transformação já havia criado uma grande diversidade de vida no mar.

Há 450 mil anos, as primeiras plantas ocuparam o ambiente terrestre, o mesmo se dando com pequenos animais e depois com peixes que respiravam fora da água. A partir desses peixes se originaram os anfíbios, que há 240 mil anos originaram os répteis, que por sua vez, originaram os mamíferos e as aves.

Nos últimos 600 milhões de anos, quase a totalidade das espécies que existem foi substituída por um número maior de espécies descendentes. Uma das razões do aumento da biodiversidade foi a divisão do grande bloco continental, que existia há aproximadamente 200 milhões de anos.

As florestas tropicais úmidas formaram-se pelo isolamento climático ocorrido nos últimos 100 mil anos.

A extinção de espécies vem ocorrendo na natureza. Já ocorreram cinco extinções em massa nos últimos 600 milhões de anos, e supõe-se que tenham sido causadas por mudanças climáticas, queda de meteoritos ou erupções vulcânicas.

Nos últimos 30 mil anos, a destruição da biodiversidade tem sido causada principalmente pelas atividades da espécie humana e tem se acelerado acentuadamente nos últimos 200 anos.

A RIQUEZA DA BIODIVERSIDADE

Hoje são coletadas e cultivas para alimentação apenas 7 mil espécies de plantas. No entanto, existem 30 mil espécies já catalogadas de plantas selvagens com partes comestíveis, originárias de várias regiões do mundo e utilizadas como alimento pelas populações locais.

A riqueza da biodiversidade tornou-se ainda maior com o desenvolvimento da genética. Atualmente, nos laboratórios, genes de um indivíduo são translocados para os cromossomos de outro. Com essa técnica, é possível cultivar uma variedade ainda maior de plantas selvagens.

As proezas da biologia moderna formam o promissor campo da biotecnologia.

A DESTRUIÇÃO DA BIODIVERSIDADE

Hoje restam poucos ambientes não-modificados pelas atividades humanas. Os maiores e mais ricos em biodiversidade são as florestas tropicais úmidas, que, em 1979, já estavam reduzidas á metade da extensão ocupada nos tempos pré-históricos.

Atualmente, é tremenda a destruição de espécies animais e vegetais, sem contar em recursos naturais que estão sendo devastados pela ação do homem.

Muitas regiões onde a água sempre foi um recurso farto em um passado não muito distante, enfrentam hoje a diminuição progressiva dos níveis e vazões de seus reservatórios e mananciais, observada a cada ano durante a estação seca.

Nossos mananciais e cursos d'água são vitimas de agressões severas, como a destruição da vegetação ciliar nativa, erosão, assoreamento, poluição (lixo, esgoto, fertilizantes e agrotóxicos, etc.), que juntos comprometem a qualidade e a quantidade de água disponível para consumo humano.

Nos habituamos a conviver, sem perceber, com os resíduos que produzimos diariamente em todas as nossas atividades. A grande quantidade de lixo produzido pelas comunidades humanas transformou-se num dos maiores problemas ambientais do planeta. Esta é uma questão de responsabilidade não só dos governos, mas também de cada cidadão que habita a Terra.

Lixo doméstico urbano lançado sem qualquer cuidado em vias públicas. Um hábito comum entre as pessoas.

O lixo deve ser recolhido, embalado e armazenado adequadamente, sendo posteriormente destinado a um local de coleta, preferencialmente nos dias e horários definidos pelos órgãos responsáveis, evitando-se assim a sua permanência prolongada nas ruas. Se possível, os diferentes materiais (papeis, plásticos, metais, etc.) devem ser separados e encaminhados à reciclagem.

Na Revista Isto è de 24 de setembro, a matéria reporta a falta de fiscalização e controle das espécies nativas abre as portas para a biopirataria e dá ao Brasil um prejuízo diário de US$16 milhões. A Amazônia vem sendo explorada e saqueada, por causa de matéria-prima genética para produzir remédios e cosméticos.