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Texto: Renata de Freitas Martins

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CICLOS REPRODUTORES DOS VEGETAIS

Generalidades

Nos vegetais, os ciclos reprodutores são classificados com base no momento da ocorrência da meiose (processo em que a partir de uma célula dipóide - 2N - obtém-se quatro células haplóides - N).

Vegetais haplobiontes

São aqueles que apresentam meiose inicial ou zigótica. Algumas espécies de algas são haplobiontes. A alga possui um corpo haplóide que produz gametas. Os gametas unem-se para formar a única célula diplóide do ciclo, o zigoto. Este, durante a germinação, produz, por meiose, células haplóides que darão, por mitoses consecutivas, novas algas haplóides.

Vegetais diplobiontes

São aqueles que apresentam meiose final ou gamética. O ciclo ocorre em algumas espécies de algas. É raro entre os vegetais. A alga possui um corpo diplóide que produz gametas por meio da meiose. Os gametas unem-se e formam o zigoto. Este, por mitoses consecutivas, produz uma nova alga diplóide.

Vegetais haplodiplobiontes

Apresentam meiose intermediária ou espórica. É o ciclo típico dos vegetais. Ocorre nas algas, briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas. Nesse ciclo de vida ocorrem dois organismos adultos: um diplóide chamado esporófito e outro haplóide chamado gametófito.

O esporófito, por meio da meiose, produz células assexuadas chamadas esporos.

O gametófito, por meio de mitoses, produz células sexuadas, os gametas.

Podem-se reconhecer, no ciclo haplodiplobiontes, duas fases bem distintas: uma haplóide, produtora de gametas, chamada geração gametofítica e outra diplóide, produtora de esporos, chamada geração esporofítica. Essas fases alternam-se entre si para complementar o ciclo de vida, constituindo o que chamamos alternância de gerações ou metagênese. Quando se analisa a metagênese, nos diversos grupos vegetais, podem-se reconhecer diferenças quanto à duração das fases esporofítica e gametofítica e quanto à complexidade do esporófito e gametófito. Assim, entre as algas, é muito comum o aparecimento de gametófitos e esporófitos igualmente desenvolvidos.

Nas briófitas, o gametófito é desenvolvido e duradouro e o esporófito é reduzido e dependente do gametófito.

Nas pterifófitas, o gametófito é reduzido e transitório, enquanto que o esporófito passa a ser vegetal desenvolvido, complexo e duradouro. Nestas plantas, ambos, gametófito e esporófito, são verdes e independentes.

Nas fanerógamas (gimnospermas e angiospermas), o esporófito é o vegetal verde, complexo, duradouro, e visível, enquanto que o gametófito é muito reduzido e dependente do esporófito.