CONTROLE BIOLÓGICO — SITE OFICIAL DA EMBRAPA

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Controle biológico é um processo natural de regulação populacional através de patógenos, parasitóides e predadores. A utilização de inimigos naturais e semioquímicos (substâncias químicas utilizadas na comunicação entre os organismos vivos) para o controle de populações de pragas propiciou o surgimento do controle biológico aplicado como uma tecnologia. A utilização de agentes de controle biológico e semioquímicos se insere no agronegócio através do controle natural de pragas e substituição de pesticidas químicos no manejo integrado de pragas. Seu uso aumenta a qualidade do produto agrícola e reduz a poluição do meio ambiente contribuindo para a preservação de recursos naturais e aumentando a sustentabilidade dos ecossistemas.

O desenvolvimento de um programa de controle biológico de pragas envolve diferentes fases. Ele se inicia com a coleta e intercâmbio dos inimigos naturais, passando pelas fases de identificação, caracterização e armazenamento dos recursos genéticos em bancos ou coleções devidamente catalogados. A fase seguinte é a identificação do potencial de uso desses recursos (valoração) e envolve a prospecção de agentes potenciais para pragas alvo e a avaliação pré-tecnológica desse material. Estudos de especificidade, eficácia, além do desenvolvimento de novos sistemas de produção em escala piloto, pré-formulação, tecnologia de aplicação e impacto da tecnologia nos agroecossistemas são exigidos para uma correta avaliação do potencial técnico e econômico do candidato ao agente de controle biológico. A partir desse estágio, após a proteção intelectual dos processos envolvidos, o agente de controle biológico deve entrar na fase de desenvolvimento tecnológico quando são feitos estudos de produção em escala (scale up), formulação comercial do produto,

Validação da tecnologia ao nível de produtor e transferência ou comercialização da tecnologia. Para o sucesso de um programa de controle biológico é importante que sejam conhecidos os mecanismos que regulam as interações bióticas (patógeno/hospedeiro, inseto praga/inimigo natural, planta hospedeira/praga) e abióticas (fatores climáticos/inimigos naturais). Este trabalho exige uma equipe mutidisciplinar de pesquisa, envolvendo profissionais nas áreas de microbiologia, virologia, fitopatologia, ecologia, biologia molecular, bioquímica e entomologia.

Objetivos Gerais:

. Valorar recursos genéticos que tenham potencial como agentes de controle biológico para o SNPA através da articulação em rede com os bancos e coleções de germoplasma da Embrapa.

. Desenvolver metodologias e processos de prospecção, conservação, caracterização e cultivo de agentes de controle biológico.

. Desenvolver estudos de interações ecológicas para avaliação do potencial de inimigos naturais e semioquímicos como agentes de controle biológico.

. Transferir conhecimento (divulgação científica, treinamento e transferência de tecnologia).