NOÇÕES GERAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Agenda 21

É o decálogo do Desenvolvimento Sustentável resultante de uma das conferências mais importantes entre as nações, e a ser implantado, até o século21, pelos Governos, Agências de Desenvolvimento e Grupos Setoriais, independente de cada área onde a atividade humana afeta o M.A.

Ela nasceu da II Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, que aconteceu no Rio de Janeiro em 1992, e conhecida como ECO/92.

Trata-se dos princípios pelos quais poderão se orientar os povos e as gerações futuras, fundamentadas na convicção de que a humanidade chegou a um momento de definição da sua história, onde conclui que, somente através de deteriorização no qual vivemos.

São 40 capítulos , num total de mil páginas, todos ligados as atividades profissionais desenvolvidas pelo homem. Portanto a Educação Ambiental deve se basear no estudo do ambiente físico, social e ecológico e sobretudo dos seres que participam destas sociedades de uma visão global e que construam um mundo no qual Desenvolvimento Responsabilidade e Preservação estejam lado a lado para obtermos a tão esperada "Qualidade de vida’.

Nossa cidade hoje é referência no Brasil e no Mundo através do ICLEI (Conselho Internacional de Iniciativas Ambientais Locais) por sua qualidade de vida, pelo seu comprometimento com as gerações futuras e pelo trabalho de conscientização ambiental desenvolvida no município.

As metas da Agenda 21 Local são:

· Buscar recursos financeiros entre municipalidade e comunidade local.

· Oferecer subsídios para as diversas secretarias municipais para que com os principais para que com os princípios da Agenda 21 Global,, r4ealizem projetos e programas locais .

· Fomentar parcerias entre municipalidade e comunidade local.

· Incrementar projetos de ONG’s que proponham-se a atuar junto ao interesse público para busca de recursos.

· Desconcentrar a Agenda 21 por todo o município ligando-se aos bairros através das suas lideranças.

· Conduzir e mobilizar a comunidade à apropriar-se do desenvolvimento do município através da Agenda 21 Local.

· Integrar organizações internacionais em projetos s municipais para a reaplicação de recursos.

A Comissão de Políticas de Desenvolvimento em 27/02/1997 por decreto Presidencial sustentável e da Agenda 21 Nacional, criada desencadeou um processo de planejamento (CPDS)participativo que partindo do diagnóstico do País, suas regiões, estados e municípios possam orientar seu futuro de forma sustentável de acordo com as potencialidades e vulnerabilidades de seus recursos ambientais .

O processo teve início a partir de seis temas:

· Agricultura Sustentável – modelos ideais do campo.

· Cidades Sustentáveis – modelos para o meio urbano.

· Infra-estrutura e Integração Regional – transporte, energia e comunicações.

· Gestão dos Recursos Nacionais – proteção e uso sustentável dos recursos naturais.

· Redução das Desigualdades Sociais.

· Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentável – desenvolver tecnologias "limpas".

Em 1999, o jornalista Washington Novaes a partir dos documentos temáticos, realizou oficinas do trabalho e seminários sobre os temas escolhidos, com a participação de 800 representantes de diferentes setores da sociedade de todas as regiões do país.

Foram então discutidas, quatro capítulos denominados:

1. Desafio de sustentabilidade no Brasil.

2. Os alicerces da construção.

3. Os entraves à sustentabilidade.

4. As propostas para a construção da sustentabilidade.

O debate em torno da construção da agenda brasileira não terminou, as discussões permaneceram abertas para que a sociedade discutissem as propostas sugeridas e fossem apresentadas nos cinco seminários regionais, que foram realizados no decorrer do ano 2000.

Após a realização desses seminários a CPDS e Ministro de Meio Ambiente, seriam elencados todas as propostas no documento final da Agenda 21 Brasileira, que seria encaminhado à Presidência da República e a Congresso Nacional para se dar início a etapa de implantação da Agenda 21 Brasileira, onde os novos padrões de desenvolvimento do país estarão refletidas nas políticas públicas e privadas e nos hábitos de consumo dos cidadãos.

A partir de 19/09/00 iniciou-se o cronograma dos debates estaduais que terminou em 05 de abril de 2001 e foi elaborado pelo CPDS e o Ministro de Meio Ambiente.

 

Conferência de Estocolmo

"Declaração da ONU sobre Meio Ambiente".

Realizada em Estocolmo (Suécia) de 5 a 16 de junho de 1972, atendendo à necessidade de estabelecer uma visão global e princípios comuns, que serviram de inspiração e orientação à humanidade, para a preservação e melhoria do ambiente humano, através de 23 princípios e com a participação de 113 países.

É considerada em marco histórico, político internacional, decisivo para o surgimento de políticas de gerenciamento do ambiente.

Na recomendação n.º 96, reconhecida com o desenvolvimento da Educação Ambiental, como elemento crítico para o combate a crise ambiental do mundo e recomenda a criação de um Programa Internacional, de Educação Ambiental (IEEP).

Houve controvérsias pelos países em desenvolvimento e para a grande espanto geral, o Brasil "pedia poluição", pois o que importava era o aumento do Produto Nacional Bruto (PNB), estimulando a vinda de multinacionais, a troco de um estilo de desenvolvimento econômico predatório e incompatível com a boa qualidade de vida.

Conferência de Belgrado

Realizada em Belgrado (Iugoslávia) em 1975, promovida pela UNESCO, o encontro onde foram formulados princípios e orientações para o programa de Educação Ambiental Mundial.

Seu tema principal foi a necessidade de uma nova ética global que erradicasse a pobreza a pobreza, a fome, o analfabetismo, a poluição, a dominação e a exploração humana.

No final da conferência foi elaborada a "Carta de Belgrado", sendo considerado um dos documentos maios lúcidos e importantes gerados naquela década.

Sinopse

Carta de Belgrado

1. Crescimento Econômico e processo tecnológico sem procedentes, com benefícios para muitas pessoas, mas com sérias conseqüências ambientais e sociais.

2. Desigualdades entre pobres e ricos nos países.

3. Países em crescimento com evidências de crescente deterioração do ambiente físico numa escala mundial.

4. A necessidade de encontrar meios de assegurar que nenhuma nação cresça ou se desenvolva às custas de outra nação.

Os recursos do mundo deveriam ser utilizados de maneira a beneficiar a humanidades e com o aumento de qualidade de vida.

5. O desenvolvimento deverá assegurar a utilização dos recursos naturais disponíveis de maneira racional, reduzindo ao máximo os efeitos danosos ao Meio Ambiente; com a utilização de materiais.

6. Reforma no sistema educacional e na sociedade, produzindo em novo relacionamento entre escola (professor/aluno) e comunidade para que uma mudança efetiva e não de certo prazo nos conceitos sobre Meio Ambiente.

7. Redução de orçamentos militares e da competição na fabricação de armas.

8. Lançamento da Fundação de um Programa Internacional de Educação Ambiental (IEEP), para a elevação da qualidade de vida das gerações presentes e futuras.

Conferência de Tbilisi

Realizada em Tbilisi, na Geórgia (ex-União Soviética) em 1977, se tornou conhecida como a 1º Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental (16 a 26/10/77) organizada pela UNESCO e PNUMA (Programa da Nações Unidas para o Meio Ambiente)e constituiu o marco mais importante da evolução de Educação Ambiental e endossada por 150 nações.

Sinopse das Recomendações (41 recomendações)

1. O homem utilizando o poder de transformar o Meio Ambiente., modificou rapidamente o equilíbrio da Natureza, que poderiam ser irreversíveis.

2. A Educação Ambiental deve dirigir-se a pessoas de todas as idades, a todos níveis na Educação Formal e não-formal de maneira permanente meios de comunicação social têm grande responsabilidade de pôr aqui seus recursos a serviço dessa missão educativa.

3. A Educação Ambiental deve adotar um enfoque global, sustentado em uma ampla base interdisciplinar, para que se reconheça a existência de uma profunda interdependência entre meios natural, e o meio artificial; demonstrado a continuidade dos vínculos dos atos do presente com as conseqüências do futuro.

4. Intercâmbio de informações, experiências, pesquisas, documentação e materiais didáticos entre os Estados presentes a conferência e os demais povos do mundo para prevenir e resolver problemas ambientais.

5. A ação da Educação Ambiental deve vincular-se à legislação, às políticas, às medidas de controle e às decisões que o governo adote em relação ao Meio Ambiente.

6. Desenvolver o enfoque sistêmico ao analisar e ordenar os ecossistemas naturais e humanos .

7. Os governos de muitos países devem conceber, aplicar e desenvolver programas de Educação Ambiental, através de campanhas de informação dirigidas à educação do público sobre os problemas ambientais de interesse nacional, regional e internacional; promoveu treinamento de pessoal docente em serviços, em informação nas diversas áreas das atividades humanas

Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano ECO92

Realizada no Rio de Janeiro (Brasil) de 03 a 14 de junho de 1992, promovida pela ONU, teve a participação de 170 países é considerada um divisor de água para a política Ambiental dos países participantes.

As previsões da ONU indicavam até o final do século XX a transferência de bilhões de dólares para os países em desenvolvimento na busca de soluções para os problemas ambientais globais: recursos hídricos, resíduos tóxicos, degradação do solo, transferência de recursos e tecnologias, pobreza, oceanos, questões jurídicas, índios, mulheres, jovens, etc.

Os compromissos assumidos pelos países membros da conferência, não tinham um caráter obrigatório, a observância das proposições e recomendações constantes na Agenda 21, documento aprovado naquela oportunidade, representaria, da parte de cada nação, um sinal de sua adesão aos critérios de desenvolvimento sustentável esposados na Declaração do Rio.

Com o objetivo de estabelecer uma nova parceria global e igualitária, por meio da criação de novos níveis de cooperação entre os Estados, setores fundamentais das sociedades e as populações, direcionou seu trabalho para acordos internacionais que dizem respeito aos interesses coletivos e que protegem a integridade do sistema global do meio ambiente e do desenvolvimento.

Deste encontro foram proclamados 27 princípios que reconhecem a "natureza integral e independentes da Terra".