Uma pesquisa americana publicada pela revista Nature Neuroscience sugere que pode ser melhor estudar ou fazer provas com o estômago vazio,  que a fome pode ajudar na criação e na recuperação de memórias.
 
Os cientistas da Yale University descobriram que o hormônio ghrelin, ligado à sensação de fome, pode aumentar o número de conexões na area do cérebro onde as memórias são formadas. O estudo  esperanças para o possível desenvolvimento de remedies para tratar pessoas com dificuldades de aprendizado e memória ou com doenças como Alzheimer. O hormônio ghrelin é liberado pelo estômago vazio para a circulação e ativa receptores no cérebro.
 
Sensação de fome à Os cientistas  sabiam que o hormônio agia numa área do cérebro chamada hipotálamo para criar a sensação de fome. Porém o efeito do hormônio em outras partes do cérebro ainda era um mistério. A equipe de Yale descobriu que ele parece ter um impacto no funcionamento de uma segunda área conhecida como hipocampo, que é considerada essencial para o aprendizado. Os pesquisadores descobriram que camundongos criados sem o gene do ghrelin tinham 25% menos conexões entre as células nervosas nesta área. Eles também verificaram que ao injetar camundongos normais com ghrelin extra eles aumentavam o  número de sinapses (ligações entre as células nervosas) no hipocampo – e melhoravam o desempenho dos animais em diversos testes de aprendizado e memória. "O estudo provê evidências de que o ghrelin pode controlar funções importantes do cérebro e pode representar uma ligação molecular entre as capacidades de aprendizado e o metabolismo energético", diz o texto publicado pelos pesquisadores. Os cientistas dizem que pode ser possível usar o hormônio para desenvolver novas drogas para combater problemas de aprendizado e memória, mas advertem que o ganho de peso poderia ser um efeito colateral.