Brasil
gasta R$ 32 bilhões anuais com acidentes de trabalho.
Além de sofrimento e custos sociais incalculáveis, os acidentes de
trabalho geram um prejuízo financeiro significativo para o Brasil. Por ano, o
país gasta R$ 32 bilhões (ou 4% do PIB) com despesas
relacionados a acidentes de trabalho. Estão incluídas nesse cálculo as
indenizações pagas pela Previdência Social, os custos em saúde e a perda de
produtividade do profissional. De acordo com a Previdência Social, do valor
total de gastos, cerca de R$ 8 bilhões correspondem
a benefícios acidentários e aposentadorias especiais. No Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, dados da
Organização Internacional do Trabalho mostram que o gasto no mundo corresponde
a 4% do PIB mundial, ou seja, tudo que os países
produzem em serviços e bens. De acordo com o médico e consultor da OIT, Zuher
Handar, uma análise feita pela organização mostra que esses 4% são 20 vezes maior que toda a ajuda oficial do mundo
direcionada ao desenvolvimento. Segundo a OIT, dos cerca de 270 milhões de
ocorrências mundiais envolvendo trabalhadores em 2005, 160 milhões foram
doenças do trabalho. Do total de ocorrências, 2,2 milhões resultaram em
morte, das 360 mil decorrentes de acidentes tipicamente relacionados ao
trabalho. “Certamente que nos países industrializados, mais desenvolvidos, há
muito mais investimento em segurança e saúde, e estes números tendem a
diminuir. Nos países em desenvolvimento, esses números persistem altos. E aí
temos países mais pobres, em que o número é maior ainda”, afirma Handar. Estudo
do Banco Interamericano de Desenvolvimento na América Latina mostra que
ocorrem entre 20 e 27 milhões de acidentes de trabalho na região, dos quais
90 mil fatais. Pelo levantamento, 250 pessoas morrem por dia e, a cada sete
minutos, acontecem entre 40 e 50 acidentes nos ambientes de trabalho. O estudo “Segurança e Saúde no Trabalho na América Latina e no Caribe:
Análise, Temas e Recomendações de Política” foi
publicado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento em 2000. A Organização
Internacional do Trabalho estima que os países da América Latina e do Caribe
perdem US$ 76 bilhões por ano com mortes e lesões causadas por doenças do
trabalho. Segundo a entidade, isso significa algo entre 2%
e 4% do PIB da região. |
Fonte: Correio Web , 02.08.2007