Incertae sedis

(Texto de Origem: Wikipédia)

 

Incertae sedis (“com posição incerta”) é uma expressão latina utilizada na Taxonomia para indicar a incapacidade de estabelecer a posição exata de um táxon em sua classificação. Forma abreviada: inc. sed.

 

O uso de inc. sed. reflete a parcialidade do conhecimento sistemático, e por trás de sua utilização podemos encontrar a falta de acordo entre os especialistas da área (mais do que a falta de informação e suposições sobre o grau de parentesco entre os organismos).

 

Pode-se fazer uso de incertae sedis de modo provisório e durante o tempo necessário para se estabelecer um consenso a respeito da posição do táxon na classificação vigente.

 

Entre as principais razões para um grupo ser considerado incertae sedis estão:

 

·        Controvérsia: ocorre quando há resultados conflitantes ou falta de consenso por parte dos especialistas quanto ao grau de parentesco de determinado táxon. O incertae sedis é utilizado até que o conflito seja resolvido.

·        Posição basal: é uma tendência em crescimento entre os taxonomistas colocar um táxon basal num clado que contenha seus ancestrais, mas abster-se de dar a ele uma posição mais específica sistematicamente falando. Por exemplo: os ancestrais de todos os primatas são colocados dentro da ordem Primates, mas não são delimitados em nenhuma família específica (como Lemuridae ou Hominidae), visto que são igualmente aparentados com todos os membros da ordem.

 

Referências:

AMORIM, D. S. (2002). Fundamentos de Sistemática Filogenética. Holos, Ribeirão Preto – São Paulo.

KIELAN-JAWOROWSKA, et al. (2007). First Cimolodontan multituberculate mammal from South America. Acta Palaeontologica Polonica, 52 (2): 257-262.

BERGQVIST, et al. (2004). The Xenarthra (Mammalia) of São José de Itaboraí Basin (upper Paleocene, Itaboraian), Rio de Janeiro, Brazil. Geodiversitas, 26 (2): 323-337.

FJELDSA, et al. (2003). Sapayoa aenigma: a New World reprentative of ‘Old World suboscines’. Pro. R. Soc. Lond. 270: 2348-241.