CESP LANÇA CAMPANHA NACIONAL PARA COMBATE AO MEXILHÃO DOURADO

(Ascom, CESP)

A CESP - Companhia Energética de São Paulo lançará no início de maio o Plano Emergencial para Controle do Mexilhão Dourado no Alto Paraná. O lançamento na região do Alto Paraná será feito em três locais diferentes ao longo do rio Paraná. A CESP irá realizar reuniões técnicas com a presença das lideranças comunitárias, técnicas, científicas e administrativas regionais dos dois estados diretamente envolvidas no controle e fiscalização de ações ambientais.

No dia 4 de maio, a reunião será na Usina Engenheiro Sérgio Motta (Porto Primavera), entre os municípios de Rosana (SP) e Anaurilândia (MS); dia 6, será na Usina Engenheiro Souza Dias (Jupiá), entre Castilho (SP) e Três Lagoas (MS), e no dia 11, na Usina Ilha Solteira, entre Ilha Solteira (SP) e Selvíria (MS). No dia 18 de maio haverá um treinamento técnico para os multiplicadores que serão preparados pela CESP para atuar na região do Alto Paraná.
O plano faz parte das ações propostas pela FTN - Força-Tarefa Nacional criada pelo Ministério do Meio Ambiente por meio da portaria número 494, de 22 de dezembro de 2003. A portaria definiu um Plano de Ação Emergencial, sendo identificadas as regiões do Alto Paraná, entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, e de Porto Alegre para implementação da primeira etapa deste plano. Essas duas regiões apresentam diferentes etapas quanto à intensidade de colonização do ambiente pelo mexilhão dourado e possuem vetores de dispersão. A CESP, por solicitação da Força-Tarefa Nacional, fará a coordenação das ações da Campanha na região do Alto Paraná, além de executar suas próprias medidas de controle do mexilhão dourado, que tem como meta controlar a transposição do mexilhão dourado para bacias hidrográficas ainda não atingidas.

A CESP iniciou a divulgação do Plano Emergencial na sexta-feira (23), com uma apresentação técnica para seus empregados no auditório da sede, em São Paulo. O Plano Emergencial, que será desenvolvido nos próximos 90 dias, inclui basicamente conscientização de comunidades que possam se relacionar com o controle da dispersão do mexilhão e treinamento de representantes de comunidades técnicas que possam vir a ser chamadas a intervir no processo.

O que é o mexilhão

O mexilhão dourado é um molusco de água doce que vive naturalmente nos rios da China e do Sudoeste da Ásia. Foi introduzido acidentalmente na América do Sul há mais de 10 anos por meio da água de lastro de navios mercantes descarregada nos portos argentinos no rio da Prata. Hoje, o mexilhão já está espalhado por muitos rios tanto do Brasil como da Argentina, Uruguai e Paraguai. No Brasil, o primeiro registro ocorreu no Rio Grande do Sul, em 1999. Atualmente, o mexilhão está presente nos rios Guaíba, Paraguai e Paraná, e mesmo na região do Pantanal. O animal já teve sua presença constatada na região da CESP nas usinas Porto Primavera, Jupiá e Ilha Solteira. É uma espécie invasora, com grande capacidade de colonização, devido à rápida taxa de crescimento e grande força reprodutiva. Em alguns locais podem ser encontradas concentrações de mais de 40 mil mexilhões por metro quadrado. Sem inimigos naturais, sua presença nos ecossistemas brasileiros vem provocando grande preocupação quanto a aspectos ambientais e econômicos.

Entre os problemas causados estão: obstrução de tubulações de captação de água; obstrução de filtros e sistemas industriais e de usinas hidrelétricas. Depois de introduzido em uma determinada região, o mexilhão pode ser transportado, de forma adulta ou em larvas, involuntariamente, de diversas maneiras, para outros locais. A navegação e o transporte de barcos por rodovias têm sido os maiores agentes da dispersão do mexilhão dourado. Ele pode ser levado a muitos lugares por meio de água; casco e equipamentos das embarcações; equipamentos de pesca e iscas, e transporte de peixes e plantas.