10/1/2004 - Globo Repórter

Serra da Bodoquena: Últimas onças pantaneiras

Um Brasil com riquezas da Pré-História. Tudo tão selvagem como há dez mil anos. Uma serra intocada e um pantanal ameaçado. A aventura começou no território da rainha das nossas matas. Um avião com antena parabólica. A equipe do Globo Repórter acompanhou um pesquisador que estuda o comportamento das onças. O biólogo Fernando Azevedo vai atrás do maior predador das florestas brasileiras. E vai voando pela imensidão que é o pantanal.
A antena, instalada nas asas do avião, é capaz de localizar uma onça, onde quer que ela esteja. As pardas e as pintadas – todas as onças da região de rios, lavouras e pastos – são velhas conhecidas do biólogo. As onças são identificadas porque carregam coleiras com transmissores de rádio.

"Achei uma outra onça parda fêmea, que está sendo monitorada há um ano. È um animal que fica muito perto do Rio Miranda", avisa o biólogo pelo rádio do avião.

Os instrumentos rastreiam todo o território. Mas como o biólogo das onças sabe distinguir o som, o esturro e o sexo dos animais?

Os pesquisadores montaram dez armadilhas em uma área de 16 mil hectares, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Eles conhecem os passos, as características e os sintomas de cada um. Haja sangue frio nos preparativos para chegar perto do animal. Ele não pode errar na dose de sedativo.

Foram momentos de expectativa. A onça caiu na armadilha e o biólogo Fernando Azevedo fez a aproximação. Ele levou uma arma de ar comprimido e um dardo com anestésico para fazer a onça dormir. Mas até que ela dormisse, todo cuidado foi pouco.

O biólogo Fernando foi na frente e a equipe seguiu alguns metros atrás. Tanta precaução foi necessária porque a onça estava muito agitada dentro da jaula. Eles se aproximaram aos poucos. O pesquisador estava com a pistola do sedativo engatilhada e disparou.

Eles esperaram cinco minutos, cronometrados. Só então o cinegrafista José Henrique pôde chegar bem perto com a câmera. A onça já estava devidamente anestesiada para receber os cuidados do biólogo. Ela tinha um ferimento na cabeça.

"Esta é a Elisa, um animal que já foi recapturado algumas vezes. Elisa é a dona do território onde estamos", diz o biólogo.

E merece todo o respeito. Uma máscara foi usada para proteger os olhos e a parte ferida. Fernando colocou um spray para desinfetar os ferimentos e fez um check-up completo. A câmera estava a um palmo da onça. Um privilégio raríssimo! Este é o maior felino de todo o continente americano. É o que tem a mordida mais potente dos animais deste porte.

Antigamente, a onça-pintada existia nas três Américas – desde o sudoeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Hoje, só existem poucas no México. No Brasil, ainda encontramos onças no pantanal, no cerrado, na Amazônia, na Mata Atlântica e em algumas áreas do sertão nordestino.

"Esta onça é mais velha, tem os dentes amarelados e com tártaro. Deve ter mais de sete anos. O animal pode viver até 13, 14 anos", revela o biólogo.
Até o peso da onça foi conferido no ambulatório improvisado no coração do pantanal.

"Deu 60 quilos", constatou o pesquisador.

Até que ela estava magra. Uma onça-pintada pode chegar a 110 quilos! E o macho, a 150 quilos.

Pesada e medicada, Elisa iria acordar. O biólogo Fernando e o assistente João refrescaram a paciente. Estava fazendo muito calor. O ideal seria levá-la para a sombra e esperar que ela despertasse.

"Vai demorar entre uma e duas horas para que ela possa se recuperar completamente e voltar para a floresta", diz o biólogo.

Aos poucos, Elisa foi recuperando os movimentos e começou a sentir o cheiro da equipe. O faro é a principal arma que ela tem para dominar o seu próprio território. Mas o território das onças se torna cada dia menor.

No ritmo em que os tratores avançam, preparando a terra para os grandes plantios de soja e arroz, são reduzidas as áreas de vegetação nativa, onde vivem os animais selvagens. Além da expansão da fronteira agrícola, os desmatamentos abrem espaço para os rebanhos de gado.

A convivência, nem sempre pacífica, entre as onças – cada vez mais confinadas em seu ambiente natural – e os bois espalhados pelo pasto, está sendo estudada por uma equipe de pesquisadores. O biólogo Fernando Azevedo comanda a equipe. A missão persegue um destino: o desenvolvimento do pantanal em harmonia com a natureza tão rica e tão vulnerável.

O rebanho estava assustado. Os bois estavam agrupados, correndo sempre juntos. Eles sabiam que havia predadores por perto. Todos são vítimas se os homens, os animais racionais, não pensarem nas conseqüências da ocupação deste paraíso. A equipe chegou a um dos locais onde uma onça atacara recentemente.

"Ainda tem um pouco de sangue no chão. Ela arrastou a novilha para dentro do canal. Trinta metros à frente, puxou o animal de volta para o pasto e comeu no dia seguinte. Este é o terceiro animal que ela comeu aqui. São animais que têm entre oito e dez meses de idade. Estão aqui há praticamente dois meses e ficam em contato muito próximo com a floresta. No segundo dia que ela retornou, veio pela mesma vala, pegou a carniça e arrastou. Esta onça, em particular, fica de três a quatro dias com o animal. E o tipo de ataque também é diferente. Ela não fura o topo da cabeça, nem quebra o pescoço. Ela estraçalha o focinho da novilha, provocando morte por asfixia. Isso é típico de uma onça já adulta, mais velha, com problema nos dentes", explica o pesquisador.

O biólogo diz que a onça que comeu a novilha nunca fora capturada porque sempre foge pelo canal e não deixa pistas.

"O projeto já capturou todas as onças-pintadas, só falta esta fêmea. Estamos com dez onças-pintadas até o momento", diz o biólogo.

Duas horas se passaram e Elisa, a onça que foi anestesiada, começou a voltar ao normal. Ela recuperou os sentidos de maior caçadora do pantanal.

"Assim que o efeito da anestesia passa, ela volta para o mesmo local onde foi capturada e continua a mesma rotina dela, provavelmente atrás dos dois filhotes. Vamos nos afastar para deixá-la se recuperando normalmente", anuncia o biólogo.

Elisa é o que se pode chamar de um exemplo de mãe. Ela se deixou capturar em busca de alimento no mesmo lugar onde já caiu na armadilha três vezes. Mas os filhotes sempre escapam. No fundo, ela já sabe que será solta de novo. E que as crias estarão esperando por ela em alguma toca, no meio da mata, pelo patrimônio da natureza que é o pantanal.

Aventura no ar

Fogo e água. No rio e no céu, uma expedição inédita. A equipe do Globo Repórter foi a primeira a desbravar a região de florestas e montanhas cortadas por cachoeiras e corredeiras na Serra da Bodoquena, em Mato Grosso do Sul. Eles navegaram e voaram.
O balão começou a ganhar forma, para espanto dos peões. Uma labareda de fogo aqueceu o ar dentro do balão. O calor o fez subir. O balonista acionou um maçarico a gás propano para inflar cada vez mais o balão.

"Acho que vai subir", comenta o agricultor Juscelino Silva.

"Nunca havíamos visto um balão aqui", conta agricultor Marcio de Holanda.

Foi o primeiro balão na serra. Mas o piloto Aquilino Gimenes é veterano, conhece bem os caprichos do vento.

"O lugar é bem estreito, mas acho que vai dar um bom vôo. Estamos na direção certa e o vento está ótimo", diz ele.

Começou a surgir a beleza do vale encantado: o céu sem nuvens, o parque cheio de árvores, o rio transparente, todos os tons de verde e azul. O destino era o cânion do Parque Nacional da Bodoquena. O objetivo era passar sobre o rio, entre os paredões do cânion. Mas o vento os levou para outro lugar.
"Por isso eu digo que fazemos a navegação sempre ao som de valsa, nunca rock", comenta o piloto do balão.

O vento teimou em mudar os planos e os levou até perto do paredão. Mas eles estavam seguindo em sentido contrário ao cânion, para dentro da floresta. O balão seguia sempre a direção do vento. Foi preciso procurar um lugar seguro para descer. Eles foram para cima das árvores e fizeram um pouso forçado, no meio do capinzal.

O resgate foi acionado pelo rádio e chegou meia hora depois. Foram necessárias seis horas para retirar o balão do local.
Com o balão remendado, eles voltaram a voar no dia seguinte. E finalmente tiveram o cânion à sua frente, com o Rio Salobra lá embaixo.

Um dos lugares mais bonitos do país, protegido por leis ambientais. O Parque Nacional da Bodoquena tem uma área de 76 mil hectares. O desfiladeiro segue o curso do rio. Os paredões chegam a 200 metros de altura. A área está inteiramente preservada. E o vôo foi inesquecível.

Enquanto o resgate não chegou, a equipe pediu a ajuda de seu Davi, um morador da região, para arrastar o balão até um lugar onde ele pudesse ser desmontado. A aventura virou notícia para muitos dias nas redondezas.

"Só tinha visto balão na televisão. Nós estávamos olhando de binóculos. Vimos quando ele desceu e resolvermos ir até lá", comenta a agricultora Maria Marques.

"O gado corria pra lá e pra cá. Eu chamava e nada", conta a agricultora Enid Lopes.

Desafio nas águas

A outra surpresa que o Parque Nacional da Bodoquena reservava ainda estava para vir nas águas transparentes do Rio Salobra, que não é navegável. Pela primeira vez foi feita uma tentativa de descer em caiaques para desvendar a beleza do rio, que nasce dentro do Parque Nacional da Bodoquena. A equipe foi acompanhada pelo diretor do parque. Adílio Miranda.

"Esse rio nasce logo depois da serra, dentro do parque. Várias nascentes se confluem e, logo após o nascimento, já bastante caudaloso, ele desaparece em um sumidouro, reaparecendo centenas de metros à frente", explica o diretor do parque.

E quando eles menos esperavam, pedras e quedas d’água surgiram no caminho. Tão raso e tão selvagem, o rio que corta a mata e passa sobre as pedras, desafiou os "navegantes de primeira viagem".

Eles ficaram a maior parte da travessia arrastando os barcos pelas pedras ou pulando de caiaque nas pequenas cachoeiras. O Rio Salobra é imprevisível, cheio de curvas, com árvores caídas nas grandes enxurradas, sempre cercado pelos paredões de arenito.

Os peixes nadavam rápido ao lado do barco e nenhum sinal deixado por seres humanos. O caminho do Rio Salobra no grande cânion da Bodoquena ainda está intocado.

A equipe perdeu a conta das corredeiras por onde passou. Nos imensos paredões, um jardim da natureza, cheio de bromélias. Uma onça havia passado pelo local pouco antes, mas desaparecera pelos labirintos de pedra.

Depois de oito horas descendo o rio remando, só vendo mata e paredões de um lado e de outro, eles chegaram à Cachoeira da Boca da Onça, a maior do estado de Mato Grosso do Sul, com 156 metros de altura.

Todos ficaram com vontade de voltar para mais uma viagem no céu e no rio deste pedaço ainda virgem do Brasil.

Raridade das profundezas

Mergulhadores de cavernas se preparam para entrar em ação vestindo roupas especiais para um trabalho de pesquisa nos subterrâneos da Serra da Bodoquena. Foi a aventura da ciência em busca de novos segredos da natureza. Já foi comprovado que na região vivia o elefante brasileiro da Pré-História, o mastodonte. O animal era um pouco menor e muito mais forte do que os elefantes da África e da Ásia.
Outra descoberta da nossa ciência: o Brasil tem a maior fauna de peixes do mundo, entre 4 mil e 5 mil espécies de água doce e pelo menos 1,3 mil espécies marinhas. Grande parte dessa riqueza de nossas águas ainda é desconhecida. Daí, a missão destes mergulhadores, que foi acompanhada pela equipe do Globo Repórter.

E não foi à toa. O lugar escolhido parece um aquário gigante, uma vitrine de peixes de todos os tamanhos e cores. A mata inteiramente preservada na Serra da Bodoquena é o local da nascente do Rio Formoso. A água sai da pedra cristalina. Em uma caverna vive um peixe desconhecido, que não tem visão.

"A equipe vai procurar esse bicho a partir dos 25 metros de profundidade, onde ele começa a ser encontrado", anuncia Edmundo Cosat Júnior, biólogo da Universidade de São Paulo (USP).

O biólogo Edmundo Costa Júnior foi quem achou o cascudo albino.

"Pelo menos até onde a ciência conhece esse peixe só existe nessas cavernas", diz o biólogo.

Eles foram arás do cascudo albino. Logo depois da entrada da caverna, a equipe ficou na mais completa escuridão. Foi preciso recorrer à luz das lanternas. As fendas por onde passaram eram muito estreitas. A previsão era descer a até metros de profundidade. Mas os pesquisadores encontraram o cascudo albino logo aos 20 metros.

Lá estava ele, o raríssimo peixe albino, que só existe nas cavernas da nascente do Rio Formoso. O peixe não é grande. Com a luz, se torna cor-de-rosa. É completamente cego. Quando a câmera aproximou, foi possível perceber que ele não tem olhos. Vive exclusivamente na escuridão das cavernas. Só agora o cascudo albino está sendo estudado pela ciência.
O Rio da Prata é um aquário natural, o paraíso das piraputangas, piaus, dourados, corimbas, pacus, peixes de todas as espécies. Em uma área ainda selvagem do rio, a câmera passou pelos galhos submersos e fez uma grande descoberta. O primeiro contato foi assustador.

Na margem do Rio da Prata foi encontrada uma sucuri, com cerca de cinco metros de comprimento. Ela estava lenta porque comera um animal e a parte central do corpo estava muito dilatada, dificultando a locomoção por dentro d’água.

A serpente nadou ao lado do barco. Seu corpo dourado brilhava com os raios de sol. A sucuri é a anaconda brasileira, a maior cobra dos nossos rios e florestas. Ela chega a medir 12 metros.

A sucuri não conseguia mergulhar porque ainda não tinha digerido o animal que comera, provavelmente, um porco selvagem. Por isso, estava nadando com dificuldade e se refugiou mais uma vez na beira do rio.

A câmera chegou bem perto da sucuri. Ela estava enroscada em um tronco de árvore, onde se sentiu mais protegida. A equipe do Globo Repórter acreditou que a cobra não ia atacar porque estava bem alimentada e aproximou ainda mais a câmera. Ela quase tocou na lente com a língua. Nunca uma sucuri fora vista tão de perto. Mas eles a deixaram em paz, no leito do rio, que é a sua casa.
"É uma janela de absoluta visualização, de um contato íntimo. São raros os locais da natureza que anda restam para que as pessoas possam ter um contato tão sincero e profundo com a natureza de forma recíproca, pois os bichos também não sentem medo, eles chegam bem perto", diz o biólogo José Sabino, professor da Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal (Uniderp).

O entusiasmo do pesquisador é do tamanho da curiosidade. O professor José Sabino é um descobridor dos tesouros destes rios tão cheios de vida.

"Em geral, os peixes têm orientação regida pela visão durante o dia. À noite, eles se guiam principalmente pelos barbilhões, um tipo de bigode, e pelo sentido do tato. Eles tateiam o fundo do rio e sentem quimicamente o ambiente, percebendo-o por gosto e cheiro. Algumas espécies aproveitam a escuridão para se alimentar. Os predadores aproveitam a desorientação dos peixes diurnos. Um peixe do dia começa a se desorientar com o lusco fusco e um peixe noturno aproveita a situação para atacá-lo. A pouca luminosidade favorece o momento de ataque do peixe noturno", explica o biólogo.

Experiências em um laboratório vivo! Os pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) usaram descarga elétrica para recolher amostras de peixes. Roupas de borracha evitaram o choque. A descarga elétrica não é muito forte e deixa os peixes apenas atordoados. Eles são recolhidos por redes.

"Com esta técnica de coleta, conseguimos fazer uma amostragem boa da faunda de peixes que existem no lugar. O peixe fica tonto com o choque, bóia e a gente captura alguns. Os peixes que a gente não captura não morrem, eles se recuperam depois", esclarece o biólogo Ricardo Corrêa e Castro, da USP.

A captura dos peixes é necessária para a ciência, faz parte da descoberta do mundo submerso. É preciso conhecer para proteger.

"Quando se fala de peixe, a maior parte das pessoas pensa em dourado, jaú, corimba, pintado, peixes grandes. Porém, a gente estima que mais da metade da diversidade de peixes da fauna de água doce da América do Sul é de peixes pequenos, como lambaris, bagres, cascudinhos", acrescenta o biólogo.

Se os peixes pequenos têm imenso valor, imaginem os mamíferos gigantes. Na Serra da Bodoquena vivia o nosso elefante pré-histórico, o mastodonte. As ossadas foram retiradas da caverna a uns 50 metros de profundidade. Os fósseis dos animais pré-históricos retirados pelos pesquisadores na região estão agora no Museu Nacional do Rio de Janeiro.
A partir dos ossos, utilizando recursos de computação gráfica, foram criados o que seria o animal pré-histórico brasileiro.

"Ele tem diferenças marcantes se comparado aos elefantes africano e asiático. Apesar de ser um elefante mais baixo, é muito mais robusto. Um adulto pesava me torno de quatro toneladas e podia atingir quase cinco metros de comprimento. Ele era mais comprido do que alto. Nosso elefante do cerrado brasileiro era um bicho atarracado e forte", revela o paleontólogo Leandro Salles, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Dez mil anos se passaram. Do nosso mastodonte, só restaram os ossos. Mas os peixes ainda estão vivos. E só dependem das pesquisas e dos cuidados de todos nós.

Preservar é viver

Se depender das famílias de animais, a Serra da Bodoquena será sempre uma ilha – ou melhor, um pantanal – de paz e tranqüilidade. Tempo de reprodução, vida nova. A perpetuação das espécies agora depende da responsabilidade humana. Ainda bem que o patrimônio natural brasileiro conquista cada vez mais aliados. Pesquisadores trabalham dia e noite, correndo risco, mas com dedicação. Estagiárias se concentram, tentando descobrir a dieta da onça. O que ela come? É exatamente todo o material que elas pesquisam no laboratório. O trabalho enobrece as jovens biólogas e os veteranos mestres.

"Há dez anos, o Rio Perdido tinha até quatro metros de água. Hoje restam apenas cerca de 40 centímetros. Toda a areia vista no meio do rio praticamente veio dos pastos que foram mal construídos na região. Cuidados pequenos como a construção de curvas de nível teriam resolvido o problema, que praticamente matou o rio. Nós não encontramos mais peixes nesse rio, que já foi muito rico no passado e agora se encontra praticamente morto. Dourados, piraputangas, pacus e corimbatás desapareceram do rio", denuncia o biólogo José Sabino, professor da Universidade para o Desenvolvimento do estado e da Região do Pantanal (Uniderp)

Quem sabe se preocupa.

"Nem tudo são flores. Estamos verificando licença de construção e embargando quando é necessário, impedindo que este processo continue", afirma o chefe do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, Adílio Miranda

O processo é responsável. Cabe a todo o mundo proteger o pantanal – não depende só dos cientistas, nem da Elisa, a onça-pintada que se deixa prender, mas poupa os filhotes. A vida dos animais selvagens precisa ser preservada.

Equipe

Edição: Meg Cunha
Reportagem: Francisco José
Produção: Ana Dorneles
Edição de Imagens: Gisele Machado
Imagens: José Henrique
Imagens Subaquáticas: Juca Ygarapé
Técnico: Adriano Moraes

H.B.P. - Assessoria técnica
* Qualidade das águas, Biotecnologia & Aqüicultura
Prof. Biól.
Helcias Bernardo de Pádua / CFBio 00683-01/D

cel. 011.9568.0621- helcias@portalbonito.com.br

artigos:www.portalbonito.com.br;setorpesqueiro.com.br;ruralnet.com.br