PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTINUADA — TEIA DO SABER 

DIRETORIA DE ENSINO – REGIÃO CENTRO

MÓDULOS I E II

CURSO “METODOLOGIAS DE ENSINO DE DISCIPLINAS DA ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA, MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS DO ENSINO MÉDIO: FÍSICA, QUÍMICA E BIOLOGIA”

 

 

Encontro de 26/11/05

 

SAÍDA DE CAMPO — VISITA AO PARQUE DA ÁGUA BRANCA

http://www.parqueaguabranca.sp.gov.br/

 

HISTÓRICO DO PARQUE

No início do Século XX, em meados de 1904, o então Prefeito de São Paulo, Dr. Antônio da Silva Prado, conhecendo o caráter ainda embrionário da atividade agrícola na cidade, percebeu que estava na hora de ativar novas perspectiva no setor. A população abastecia-se de produtos hortifrutigranjeiros em chácaras periféricas, ou mesmo de alguns bairros residenciais da cidade ou ainda, em pequenas hortas e galinheiros, nos próprios quintais das casas. Dispondo de poucos recursos, mas já possuindo vocação e terras que ainda eram baratas, muitas pessoas poderiam se dedicar à atividade agrícola de forma profissional e ajudar a elevar a qualidade dos produtos, difundir o cultivo, aumentando assim a produção e barateando os preços. Com esta visão, o prefeito idealizou o que se chamaria de Escola Prática de Pomologia e Horticultura, projeto que após algumas contrariedades sofridas pela resistência dos opositores da Câmara Municipal, que preferiam calçar ruas e abrir novas avenidas, finalmente obteve aprovação através da Lei nº 730 de 20 de abril de 1904. A verba concedida seria destinada para a contratação de um horticultor experiente e para as instalações necessárias.

Era o embrião do Parque Água Branca que começava a ser formado em 1905, quando a lei 811 de 14 de março daquele ano, autorizou a prefeitura a adquirir um terreno da propriedade de João Batista de Souza, entre outros, como uma área de 91.781,27 m², na Freguesia da Água Branca”. Assim sendo, o terreno situado na Avenida Água Branca foi vendido ao governo municipal para acolher a nova escola. Ao terreno adquirido foram sendo incorporadas outras terras, até que nos anos 20, contava exatamente com 124.735,14 m². Em 27 de janeiro de 1911, a Lei nº 1369 simplesmente suprime a Escola de Pomologia encerrado suas atividades. Em 25 de abril de 1928, o  então Governador de São Paulo, Júlio Prestes, que tinha como Secretário da Agricultura o Dr.  Fernando Costa, decidiu transferir as antigas dependências de Produção Animal e de Exposições da Moóca para a Água Branca. O local foi chamado de Pavilhão de Exposição de Animais, e mais tarde chamado de Parque  Dr. Fernando Costa, em homenagem ao seu fundador.

A Prefeitura transferiu a área para o Estado em troca de um terreno da “Fazenda do Estado”, hoje o “Parque do Ibirapuera”. Durante o período de 1939 a 1942, foram adquiridos pelo governo do Estado de São Paulo, mais 12.022,27 m², totalizando assim a área atual do Parque.

O Parque Água Branca surgiu nessa época de desenvolvimento agropecuário, tornando-se portanto, patrimônio deste setor. Criadores e fazendeiros, na década de 20, participaram de uma campanha para que São Paulo tivesse um Recinto de Exposições e um local para ser sede do antigo departamento da Secretaria da Agricultura do Estado.

Mais conhecido como Parque Água Branca, o Parque Dr. Fernando Costa, pertencente a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, foi criado em 02 de Junho de 1929, pelo então Secretário da Agricultura Dr. Fernando Costa, para ser um recinto de exposições e provas zootécnicas, onde funcionou a Indústria de Produção Animal. Localizado na, ainda poeirenta Avenida Água Branca, o Parque na sua inauguração, contava com várias seções: de Veterinária, Defesa Sanitária Animal, Caça e Pesca, Produção Animal entre outras. Tanques de peixes, um pequeno Zôo, um caramanchão e até um cinema mudo formavam uma área especial para o lazer. Outra atração da época: passear à noite no Parque para admirar seus prédios de estilo Normando, iluminados, projetados por Mário Whately, e os vitrais do Portal de entrada, em estilo Art Déco, desenhados por Antônio Gomide. Todo esse encanto foi se perdendo com o tempo e o descaso.

Em 1.979, grandes exposições de gado foram definitivamente transferidas para o recinto de Exposições da Água Funda, por motivos de modernização da área de exposições e necessidade de espaços mais amplos para a circulação dos visitantes.

Em 1996,  conforme Resolução SC - 25, de 11-06-96 – “O Secretário da Cultura, nos termos do artigo 1º do Decreto-Lei 149, de 15-8 do Decreto Estadual 13.426 de 16-3-79, cujos artigos 134 e 149 permanecem em por força dos artigos 187 e 193 do Decreto Estadual 20.955, de 1-6-83, resolve: fica tombado como bem cultural, histórico, arquitetônico, turístico, tecnológico e paisagístico, o PARQUE DOUTOR FERNANDO COSTA, também tido como PARQUE DA ÁGUA BRANCA”, pelo CONDEPHAAT  (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado). Hoje o Parque é patrimônio do Estado e passa por outra transformação: recupera seu brilho , sua tradição e volta a ser um ponto de encontro das famílias de São Paulo.

 

DADOS DO PARQUE

O Parque  Dr. Fernando Costa  tem  área  total de 136.765.41m², sendo: 79.309,66m² de área verde (não pavimentada e não edificada); 27.110m² de área edificada e 30.345,7m²  de área pavimentada  (ruas, alamedas e pátios).

Vegetação:  é importante lembrar que o Parque não é uma reserva de mata nativa, como outros parques da cidade como por exemplo o Jaraguá, Cantareira e Horto Florestal. Trata-se de um Parque totalmente implantado  desde sua construção até sua vegetação. Não existe também área de proteção de mananciais. O número aproximado de espécies arbóreas desenvolvidas adultas é de 3.000.

Vegetação exótica -  diversas espécies utilizadas para fins paisagísticos e como alimentação de avi-fauna, desde espécies de forração, arbustivas e palmeiras.

Vegetação nativa – diversos exemplares de várias espécies espalhadas pelo Parque, maciços de nativa da mata atlântica e cerrado.

O público freqüentador é bastante diversificado. Durante a semana, o Parque é procurado por pessoas que praticam caminhadas, Cooper, meditação, passeios, interessadas nas diversas associações de criadores instaladas no Parque e estudantes em geral. Nos fins de semana e feriados, a freqüência é composta, na sua maioria, por pessoas que procuram o Parque para lazer, visitas as  exposições e outros eventos.

 

ALGUMAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO PARQUE

 

Centro Histórico e Pedagógico

O  Centro Histórico e Pedagógico da Agricultura Paulista, oficializado pelo Decreto Nº 43.142, de 02 de Junho de 1998, tem como atribuições: promover eventos agropecuários, exposições e provas zootécnicas de pequeno e médio porte e atividades de lazer, arte e cultura; receber, coletar,  cadastrar,  e manter o acervo de documentos e peças de valor histórico, referentes a atuação da Secretaria de Agricultura e Abastecimento; pesquisar e promover a divulgação da história e evolução da agricultura paulista.

Visando criar uma nova dinâmica de visitação pública, através da criação de espaços lúdicos, valorização e recuperação dos monumentos históricos, implantação de atividades pedagógicas, para compor o Parque Temático da Agricultura Paulista, já podem ser considerados como pertencentes ao Centro Histórico e Pedagógico da Agricultura Paulista os seguintes espaços e atividades relacionados a  seguir :

 

Meliponário

Localizado em área aberta, em parceria com a ACAPAME – Associação Paulista de Criadores de Abelhas Melíferas, foi destinado um espaço onde concentram-se algumas “caixas” de colméias de abelhas indígenas e sem ferrão, para observação do usuário. Ainda há a intenção de mostrar as indumentárias e equipamentos utilizados na criação de abelhas para  produção de mel.

 

Relógio de Sol

Foi restaurado com o patrocínio da DIMEP S.A. Relógios Industriais, tendo sido adotado o critério de réplica através de levantamento fotográfico da época em que se encontrava em funcionamento, sendo devolvido à população e embelezamento do Parque, como  era em 1929.

 

Aquário Água Branca

O espaço que abrigou um conceituado aquário de peixes da bacia do Rio Paraná na década de 30, foi reformado e preparado para visitação pública, em parceria com o Instituto de Pesca. O trabalho de readaptação inclui conceitos de luminosidade e conforto ambiental para  que o público possa visitar com tranqüilidade este novo atrativo do parque. Nele estão expostas as espécies de peixes mais significativas das bacias hidrográficas do Estado, e de outras regiões do país. O projeto dá subsídio para que o visitante conheça a biologia e a importância comercial de cada espécie. O espaço foi concebido para um funcionamento integrado, com mini-auditório, área lúdica e exposição de espécies, servindo tanto ao visitante ocasional como aquele que deseje se aprofundar e se tornar um produtor. Esta etapa ainda não foi implantada.

 

Viveiro de Mudas e Flores André Franco Montoro

Inaugurado no dia 05 de Setembro de 2.003, tendo como objetivos: desenvolver atividades de interesse mútuo na produção de conhecimentos, pesquisas, análises laboratoriais e informações nas áreas de Produção Vegetal e Animal, oferecer oportunidades de treinamento, realizar cursos e ministrar  técnicas de jardinagem aos integrantes da 3ª Idade  do Programa Espaço Convivência do NAI -  Núcleo de Atenção ao Idoso e do Núcleo de Capacitação de Agentes Multiplicadores, mantidos pelo FUSSESP, e  desenvolver mudas e flores para o replantio dos jardins existentes no Parque.

 

Museu Geológico Valdemar Lefèvre

As exposições permanentes do MUGEO apresentam minerais, rochas, fósseis, objetos e documentos antigos resultados dos trabalhos da Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo. O MUGEO não é apenas um centro de exibição de coleções.  Representa, também, o reflexo de mais de um século de pesquisas nas áreas de Geociências no Estado de São Paulo, iniciadas pela Comissão Geográfica e Geológica (1886 – 1931). O acervo do MUGEO reflete principalmente as pesquisas desenvolvidas no território paulista.

 

Campanha Contra o Abandono de Animais no Parque

A Diretoria realiza campanhas contra o abandono de animais no Parque, cujo objetivo é informar sobre os problemas ocasionados por gatos e outros animais abandonados em áreas públicas, orientando os usuários do Parque sobre os riscos que estes animais oferecem à saúde humana; indicando locais apropriados para encaminhá-los, com a colaboração de entidades protetoras de animais e, sensibilizando as pessoas para a adoção. Abandonar um animal é considerado maltrato, segundo Lei Municipal 13.131 de 2001 e maltratar qualquer animal é crime, conforme dispõe a Lei Federal 9.605 de 1998 de Crimes Ambientais.

 

 

ATIVIDADES

1.    Escolha algumas atividades do Anexo. Visite-as e faça um relatório explorando as seguintes temáticas:

a)    Que tipo(s) de atividade(s) você poderia realizar com seus alunos?

b)    Há algum tipo de atividade que poderia ser realizada com seus alunos, de forma semelhante, utilizando as instalações da sua unidade escolar?

c)    Qual é a relevância do local visitado para o aluno?

 

2.    Relatório — BIOLOGIA

a)    Quais atividades do parque têm relação direta com os assuntos tratados em Biologia?

b)    Proponha uma ou duas aulas utilizando as instalações do parque, citando qual(is) conteúdo(s) estaria(m) sendo explorado(s).

c)    Proponha uma atividade envolvendo Vegetais e uma atividade envolvendo Animais.

 

3.    Relatório — FÍSICA/MATEMÁTICA

a)    Quais atividades do parque têm relação direta com os assuntos tratados em Física/Matemática?

b)    Proponha uma ou duas aulas utilizando as instalações do parque, citando qual(is) conteúdo(s) estaria(m) sendo explorado(s).

c)    Proponha uma atividade envolvendo árvores que tenha condição de explorar conteúdos de Física/Matemática.

 

4.    Relatório — QUÍMICA

a)    Quais atividades do parque têm relação direta com os assuntos tratados em Química?

b)    Proponha uma ou duas aulas utilizando as instalações do parque, citando qual(is) conteúdo(s) estaria(m) sendo explorado(s).

c)    Proponha uma atividade envolvendo recursos hídricos que tenha condição de explorar conteúdos de Química.

 


ANEXO — ATIVIDADES E ÁREAS DO PARQUE DA ÁGUA BRANCA

 

 

AQUÁRIO

 ÁREA PIC-NIC

 ÁREA DE REPOSIÇÃO DE MATA I

 ÁREA DE RECUPERAÇÃO DA MATA II

 ARENA DE EVENTOS

 BAMBUZAL   

 BOSQUE DAS PALMEIRAS

 CASA DE CABOCLO

 CORETO

 DIREÇÃO DO PARQUE E SALÃO NOBRE

 EQUIPAMENTOS DE GINÁSTICA

 FUTURAS INSTALAÇÕES DO CENTRO DE REFERENCIA AMBIENTAL

 ESPAÇO DA MELHOR IDADE         

 ESPAÇO DAS FIGUEIRAS

 ESPAÇO DE AGRICULTURA ORGÂNICA                        

 ESPAÇO DE EXPOSIÇÃO

 ESPAÇO RESERVADO PARA AGRICULTURA PAULISTA

 ESPAÇO DE LEITURA

 ESPAÇO ZOOTÉCNICO

 ESPAÇO MULTI-USO PAVILHÃO 15

 ESTACIONAMENTO

 FLORES E PLANTAS

 FUNDO SOCIAL DE SOLIDARIEDADE DE SÃO PAULO                

 JARDINS

 LAGO PRETO                  

 MELIPONÁRIO            

 MUSEU GEOLÓGICO WALDEMAR LAFREVE

 OBSERVATÓRIO DE PÁSSAROS           

 PARQUE INFANTIL I

 PARQUE INFANTIL II

 PAVILHÃO DE EVENTOS

 PERGOLADO I

 PERGOLADO II

 POMBAL

 RELÓGIO DE SOL                 

 RESTAURANTE                               

 TANQUE DE CARPAS 

 TATTERSAL   

 VIVEIRO DE MUDAS E PLANTAS