02/09/04

Brasília pode ganhar trem-bala

O ministros dos Transportes, Alfredo Nascimento, determinou a criação de um grupo de trabalho para estudar a viabilidade da implementação do projeto de trem de alta velocidade entre Brasília e Goiânia. O Governo do Distrito Federal enviou ao ministério um projeto de parceria com o governo italiano para a construção da linha de transporte. Os estudos devem levar um ano.

Novos extintores para carros

A partir de janeiro de 2005, os veículos de passeio só poderão sair das fábricas com extintores classe ABC, que são capazes de apagar princípios de incêndio na parte interna dos veículos. O tipo atual é o BC.

Palestra sobre ataques de tubarões

Em seqüência ao projeto Seminários 2004, o Museu de Pesca promove amanhã a palestra "Ataque de Tubarões", com apresentação do repelente shark shield. O palestrante, o professor doutor Otto Gadig Bismarck, da Unesp, é representante do Arquivo Internacional de Ataques de Tubarões no Brasil, consultor da revista National Geographic e da emissora BBC de Londres. O evento é dirigido a salva-vidas, operadoras de mergulho, Polícia Ambiental e surfistas. A entrada é franca. O Museu fica na Av. Bartolomeu de Gusmão, 192, Ponta da Praia, Santos. Informações: Telefones: (13) 3261 – 5995 ou 3261 – 5260.

Empresa desenvolve papel produzido só com aparas

A Ripasa Celulose e Papel investiu cerca de R$ 500 mil e um ano de pesquisa para fabricar em escala industrial um papel de imprimir e escrever produzido apenas com aparas pós-consumo. O RipaxReciclado será fabricado na unidade da empresa em Cubatão (SP) e a capacidade inicial da linha é de 200 toneladas por mês, no formato "cut to size", de acordo com o gerente de marketing da divisão de produtos de consumo, Arthur Assumpção. De acordo com Assumpção, um dos principais focos do novo produto são pequenas e médias empresas que queiram apresentar um trabalho diferenciado, para valorizar a imagem. Os investimentos incluíram pesquisa de mercado que, de acordo com o executivo da Ripasa, mostrou que havia espaço no mercado para o produto vendido no formato A 4.

Biodiesel apresenta bons resultados

O Laboratório de Desenvolvimento de Tecnologias Limpas (Ladetel) da Universidade de São Paulo (USP) e o grupo PSA Peugeot Citroën apresentaram ontem em Brasília os primeiros resultados parciais obtidos com a utilização de uma mistura de biodiesel em dois veículos que já rodaram 100 mil quilômetros. Os carros, um Xsara Picasso e um Peugeot 206, rodaram 100 mil quilômetros pelo País movidos a B-30, combustível criado a partir da mistura de diesel com 30% de biodiesel proveniente de óleo de soja e álcool etílico. O programa do governo federal prevê uma mistura de 2% de biodiesel ao diesel a partir do ano que vem. Os dois veículos Peugeot e Citroën devem rodar mais 60 mil quilômetros. Entre os resultados positivos apresentados na pesquisa ontem, estão a redução da emissão de poluentes, manutenção da potência e torque dos motores sem a constatação de problemas. O combustível vegetal foi desenvolvido em parceria com o grupo PSA Peugeot Citroën e enviado também para análise química na Europa.

Ibama pretende acelerar novas obras

O diretor de Licenciamento e Qualidade Ambiental do Ibama, Nilvo Alves da Silva, disse ontem no Rio que o órgão quer solucionar, até o final deste ano, todos os entraves existentes em torno de gasodutos da Petrobras. Entre os projetos que deverão receber o sinal verde do Ibama está a interligação Sudeste-Nordeste. Nilvo lembrou que este ano o Ibama já concedeu autorização para a construção do terminal de São Sebastião (SP) e para o início das obras do gasoduto Campinas-Rio. Nilvo da Silva desmentiu os rumores de que estaria deixando a direção do Ibama. Segundo ele, não existe qualquer fundamento em notícias veiculadas recentemente. Quanto ao licenciamento de novas usinas hidrelétricas, o executivo defendeu o posicionamento adotado pelo Ibama, rebatendo as acusações de que o órgão seria o principal entrave à construção de novas geradoras.

Monsanto eleva cobrança de "royalty"

A Monsanto pretende ampliar neste ano seu programa de cobrança de "royalties" sobre a soja transgênica. O programa, que na safra passada contemplou apenas os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, deve atingir também Bahia, Maranhão, Tocantins e Piauí, segundo fontes próximas às negociações. O estado do Mato Grosso, maior produtor brasileiro, teria ficado fora do programa por "questões políticas": a empresa teme boicote aos defensivos agrícolas e sementes.

Cetrel produz poluentes

As 3.800 toneladas de solo contaminado com resíduos químicos perigosos produzidos pela filial da empresa Rhodia S/A, em Cubatão-SP, que desde dezembro do ano passado percorreram mais de dois mil quilômetros para chegar até o Estado da Bahia, continuam sendo incineradas a todo vapor pela Cetrel (Empresa de Proteção Ambiental do Pólo Petroquímico de Camaçari), a 40 km de Salvador. A prática descumpre embargo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A alegação para o descumprimento do embargo federal é que o Ibama não teria poderes para impedir a incineração. 'Entramos com um agravo de instrumento no Tribunal de Justiça, que cassou a liminar expedida pelo juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública, Ricardo D'Ávila, que proibia a incineração.

Obra do governo é criticada

O governo comprou uma briga com o Comitê da Bacia do Rio São Francisco, que representa os interesses de governadores e entidades da sociedade civil de sete estados. Terá de enfrentar a oposição do fórum para viabilizar o projeto de transposição das águas, listado como uma das principais obras da gestão Lula. O comitê foi surpreendido pela decisão do Ministério da Integração Nacional de destinar R$ 1 bilhão do Orçamento de 2005 às obras de transposição, um mês depois de o governo ter proposto uma negociação em torno de um projeto alternativo, de desenvolvimento integrado e sustentável para o Velho Chico. "O Governo descumpriu o acordo com o comitê. A transposição é uma obra cara e desnecessária. O conflito está instalado. É inimaginável que um governo democrático aja assim, desrespeitando as posições dos representantes da sociedade", afirmou o secretário-executivo do Comitê, Luiz Carlos Fontes. Pela lei, cabe ao comitê indicar como serão usadas as águas da bacia. Ele tem cerca de 120 representantes, incluindo comunidades indígenas, de pescadores e demais usuários das águas do São Francisco, além de integrantes dos governos estaduais e do próprio governo federal.