04/11/04

Começa IV Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial

Começou ontem em São Paulo a IV Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial (FIMAI), maior evento da América Latina no setor de meio ambiente industrial. Na IV FIMAI destacam-se alguns eventos, entre eles: a rodada de negociação do Eurocentro, cujo tema é "Recuperação de Áreas Contaminadas", que contará com a presença de 48 empresas internacionais de oito países e 170 empresas nacionais; o Seminário e Feira de Ecoturismo e o 1° Fórum Brasil-Alemanha de Biocombustíveis, organizado pela Câmara de Comércio Brasil-Alemanha (AHK).

Bahia é a 4ª capital com melhor saneamento básico

Os avanços obtidos em Salvador, com o programa Bahia Azul, através das obras realizadas nos últimos dez anos, elevaram a cidade à condição de quarta capital com melhor saneamento do país, conforme constatado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o ranking, São Paulo ocupa primeira posição, com 91,1%, seguida do Rio de Janeiro (89,2%) e Curitiba (87,5%). Os dados se referem à rede coletora ou a uma fossa.

Racionamento de água na Grande São Paulo não está descartado

Com o retorno da estação das chuvas, o problema de abastecimento de água na Grande São Paulo parece esquecido, mas ainda há o risco de racionamento. É o que afirma o engenheiro Júlio de Cerqueira César Neto, presidente da Agência Bacia Hidrográfica do Alto Tietê (FABH-AT). A capacidade de produção de água potável está muito próxima do consumo que tende a continuar crescendo. 

Água valerá mais que petróleo

Ana de Castro, moradora de Cotia, diz: "A nossa saúde está sendo vendida aos poucos". Essa afirmação vem do fato de que acabam de ser negociadas 18% das ações da Sabesp. Ela questiona se esses quase R$ 600 milhões serão reinvestidos no Estado de São Paulo. Ana diz que é bom pensarmos que a água é um bem não durável que, em um futuro não muito distante, vai valer mais do que o petróleo.

Criminalidade aumenta 2,6% no Estado de São Paulo

A Assessoria de Comunicação da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo registrou 498.724 delitos no Estado entre julho e setembro deste ano. O número é 2,6% maior que o total do trimestre anterior (485.780) e revela crescimento de 2,1% em relação ao mesmo período de 2003 (488 mil) e de 15,9% em comparação com 2002 (430.024). Aumentaram os furtos (2,1%) e os roubos seguidos de morte: mais de uma pessoa morta por dia, alta de 7%. Na cidade de São Paulo, alguns delitos tiveram aumento expressivo, como os roubos seguidos de morte, que cresceram 80% no 3º trimestre em comparação com o mesmo período de 2003. Ainda na cidade, também aumentaram os roubos de veículos (4,6%) e os furtos (6,1%). Os roubos em geral caíram 12,9% e os homicídios, 23%.

Redução de pobreza ameaçada por aquecimento global

O aquecimento global pode ameaçar as metas mundiais que prevêem a redução de pobreza pela metade até 2015, segundo relatório divulgado em conjunto por 17 ONGs de vários países. A previsão coincide com a divulgação de um estudo inglês que indica um aumento inesperado nos níveis de dióxido de carbono em 2002 e 2003. Os pesquisadores acreditam que o salto pode estar ligado a incêndios florestais na Sibéria e ao verão registrado na Europa em 2003, e não à interferência humana no sistema climático. Por outro lado, os cientistas temem que as emissões de origem humana, como as provenientes de automóveis, fábricas e usinas de energia, possam estar reduzindo a capacidade do Planeta de absorver gás carbônico. A ONU projeta uma elevação média das temperaturas de 1,4 a 5,8 graus Celsius até 2010 devido à ação humana sobre o clima. As temperaturas já subiram 0,8 graus desde a Revolução Industrial. (jornal A Tribuna – Ciência & Meio Ambiente).

Centro de resíduos sólidos na Ilha de Santa Cruz

Uma iniciativa no Equador acaba de inaugurar o primeiro centro de resíduos sólidos na Ilha de Santa Cruz, que, com uma população de 12 mil pessoas, é a mais habitada no arquipélago de Galápagos, situado no oceano Pacífico, a mil quilômetros de distância do litoral equatoriano. O centro mostra em diversos painéis que a contaminação causada pelas atividades humanas representa para as espécies do arquipélago. Também exibe diversas matérias-primas de uso industrial e ressalta as diferenças entre as que são renováveis e as que não são, e dessa maneira pretende conscientizar a população e os turistas, especialmente as crianças, sobre os efeitos destrutivos da cultura do "usar e jogar fora". Arquipélago de Galápagos é formado por sete ilhas principais e outras 120 ilhotas, que totalizam uma superfície de 8.009 quilômetros quadrados, dos quais 97% são parques naturais, concentrando-se a população nos 3% restantes. (jornal A Tribuna – Ciência & Meio Ambiente).

Faxina natural

Pesquisa feita no Departamento de Ciências Agrárias da Universidade de Taubaté (Unitau) mostra que é possível retirar poluentes do solo com a utilização de diferentes espécies de plantas. A técnica, conhecida como fitorremediação, ajuda a extrair o excedente de metais pesados, como chumbo, cádmio, zinco e cobre, entre outros, presentes em solos contaminados por atividades industriais, agropecuárias e domésticas. Entre as fitorremediadoras estão alguns vegetais muito comuns no cotidiano dos brasileiros, como girassol, cenoura, tomate, brócolis, feijão e milho.

(jornal A Tribuna – Ciência & Meio Ambiente).

Especialistas debatem trabalho no Século XXI

A Fundação Vanzolini, entidade gerida por professores do Departamento de Produção da Poli-USP, promoverá debate sobre O Trabalho do Século XXI, que será realizado de 9 a 11 deste mês, a partir das 9 horas, no anfiteatro Mário Covas, na Administração da Escola Politécnica da USP. Os temas a serem debatidos são: as Trajetórias de estudos do trabalho; Cedntro e periferia: a mobilidade do capital e o lugar do trabalho; O trabalho no setor de serviços: o taylorismo contra-ataca?; Dilemas dos novos arranjos organizacionais; O ato de trabalhar: o ponto de vista do sujeito e A sociedade e o trabalho: o papel do Estado, das empresas, dos sindicatos.

Jornal inglês denuncia escravidão na Floresta Amazônica

O jornal inglês The Independent publicou na última segunda-feira, reportagem sobre o uso de trabalho escravo na destruição da Floresta Amazônica. Intitulado "As vítimas humanas do desastre da floresta tropical brasileira", o texto diz que em torno de 25 mil homens trabalham como escravos na região amazônica, uma estimativa que segundo o jornal é aceita pelo Governo brasileiro. Estas pessoas, diz o jornal, "são forçadas a destruir milhares de acres de floresta tropical virgem em condições Dickensianas para saldar débitos que não podem ser pagos" (o escritor inglês Charles Dickens retratou as condições desumanas a que era submetida a classe trabalhadora na Inglaterra no início da Revolução Industrial). O Independent diz que o Governo Lula lançou um programa de combate ao trabalho escravo que tem produzido avanços na área. Porém, segundo o jornal, um relatório aprofundado sobre o tema produzido pela Organização Internacional do Trabalho foi mantido em segredo porque mostraria que os Estados Unidos se beneficiam de trabalho escravo nas florestas brasileiras.