20/12/04

Santos apresenta piora na balneabilidade das praias
A balneabilidade quase não mudou no Litoral Paulista, com exceção de Santos, que passou a ter todas as sete praias monitoradas pela Cetesb em condição imprópria para banho. Na Baixada Santista, o número passou de sete para 11 dos 62 analisados.

Ibama bate recorde de licenças ambientais neste ano
Foram liberadas 218 licenças para obras de infra-estrutura e regularização. Ao fazer o balanço de suas atividades durante este ano, o Instituto Brasileiro de Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apresentou um número recorde de licenças ambientais: 218 licenças destinadas a obras novas de infra-estrutura e de regularização. Segundo Nilvo Alves da Silva, diretor de Licenciamento e Qualidade Ambiental do Ibama, ao contrário de 2002, quando o instituto dispunha de sete analistas ambientais em seu quadro permanente, hoje são 64, o que permitiu investir na capacitação dos funcionários, e agilizar o processo. Já sobre a demora na concessão de licenças, Nilvo afirmou que não é, em geral, fruto de pendências no órgão, mas responsabilidade do próprio empreendedor que, ao enviar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) incompleto, precisa refazê-lo e levar em conta todas as questões ambientais e sociais envolvidas na obra.

Revista destaca polêmica nuclear para o próximo ano
A revista "Science" também apontou em sua última edição os tópicos que vê como efervescentes para o ano de 2005. Entre eles está a polêmica nuclear que envolveu o Brasil neste ano. "Coréia do Norte, Brasil e Irã estão buscando desenvolver arsenais nucleares? A sabedoria convencional diz sim, não e talvez", escreve a publicação. Listando os problemas enfrentados pelos órgãos internacionais para monitorar esses países (e citando a negociação para a inspeção da usina de Resende pela Agência Internacional de Energia Atômica), a "Science" diz esperar para 2005 uma campanha de fortalecimento do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.

Europeu quer fixar metas no pós-Kyoto
A União Européia irá pressionar por cortes obrigatórios de emissões de gases de efeito estufa após o fim da vigência do Protocolo de Kyoto, em 2012, apesar da oposição dos EUA. O acordo climático internacional entra em vigor em fevereiro, mas delegados de 194 países reunidos em Buenos Aires para a Décima Conferência das Partes da Convenção do Clima da ONU, a COP-10, já discutem um novo regime para substituí-lo -e como trazer os EUA, maior emissor do mundo, de volta ao jogo. O comissário ambiental da UE, Stavros Dimas, disse que o bloco deve fechar posição por um esquema que imponha metas de corte nas emissões, como Kyoto (pelo qual os países ricos devem cortar 5,2% de suas descargas em relação aos níveis de 1990), apesar de propostas nesta semana para um esquema menos rígido.

Piracicaba ganha pólo de biocombustíveis
Foi formalizado em Piracicaba a criação do Pólo Nacional de Biocombustíveis, projeto lançado em janeiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O projeto será desenvolvido em um convênio entre a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP) e o Ministério da Agricultura. A conclusão do projeto está prevista para abril de 2005. Neste mesmo ano, o governo brasileiro deverá assinar acordo de US$15 milhões com o Japan Bank International Corporation para financiar o pólo e a construção da sede. Outros R$150 mil deverão vir do Governo Federal para o "início da operação", segundo o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Açúcar e Álcool do Ministério da Agricultura, Luiz Carlos Corrêa Carvalho. O pólo será um centro de coordenação, comunicação, fomento, captação de recursos e de políticas públicas para projetos de biocombustíveis.

Mosaico do Apuí é do tamanho da Bélgica
O governo do Amazonas cria hoje um conjunto de unidades de conservação no sudeste do Estado de 3,1 milhões de hectares. Composto de nove reservas contínuas, o chamado mosaico do Apuí é a segunda maior área contínua protegida do país, perdendo apenas para o Parque Nacional Montanhas de Tumucumaque, no Amapá (3,9 milhão de hectares). O mosaico, do tamanho da Bélgica, está entre os municípios de Apuí e Manicoré, na divisa com Mato Grosso e Pará. A idéia do governo foi estabelecer proteção oficial para conter o avanço da grilagem e do desmatamento no local, rico em madeira e minérios e que já sofre pressão potencial humana (estradas clandestinas e queimadas) em 30% da sua extensão, segundo um estudo do Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) que serviu como base para a criação do mosaico.

Obra de Barra Grande está mais complicada
A obra de barragem da Usina de Barra Grande está cada vez mais complicada. A razão para o atraso, agora, são os ambientalistas que alegam haver resquícios de Mata Atlântica na região. Com base nisso, o desembargador federal da 4ª região Vladimir de Freitas voltou atrás e suspendeu ontem decisão dele próprio que permitia a remoção da vegetação e a conclusão da obra da Usina. Na decisão, o desembargador alega que o empreendedor (o consórcio Baesa) "omitiu dados de extrema relevância no estudo de impacto ambiental". Entre as informações falsas, a de que a vegetação do local seria formada por pastos e florestas "de baixa significância".

Coca-Cola patrocina projeto EcoNatal 2004
A Coca-Cola Brasil está apoiando o projeto EcoNatal 2004, do Programa Na Praia e Instituto Ecológico Agualung, que foi realizado ontem, das 10h às 14h, nas praias de Copacabana, Ipanema, São Conrado e Barra da Tijuca. Sob o slogan "Dê um presente para a Natureza - Praias Limpas 2005", o EcoNatal visa conscientizar a população em relação à questão do lixo e os danos ao meio ambiente. Os voluntários do projeto irão recolher, utilizando sacos plásticos e luvas biodegradáveis, resíduos e materiais responsáveis pela morte por asfixia ou inanição de animais marinhos ou que habitam nosso litoral. O lixo coletado será aproveitado em um concurso de esculturas, que acontecerá na praia de Ipanema. As esculturas deverão ser criadas respeitando o tema "Árvore de Natal" e as equipes terão duas horas para apresentar sua obra.

Empresa lança cachaça artesanal
A Alimentos e Destilados Bananal está lançando a Cachaça Real Brasil tipo exportação. O diretor da empresa, Maurício Rangel, explica que o produto obedece ao que existe de mais avançado em termos de cachaça de alambique. Ele explica que a cana tem alto teor de sacarose, não é queimada e o caldo passa por uma limpeza especial antes de fermentação