30/09/04

Sistema de reuso da água será comercializado
Dentro de dois meses, estabelecimentos que utilizam máquinas de lavar roupa industriais já poderão dispor de um sistema de reaproveitamento de água que permite uma economia de até 50%. A inovação, desenvolvida por um santista, também deve ser comercializada para o uso doméstico. Denominado Projeto Safira, o mecanismo consiste numa caixa armazenadora que fica acoplada à maquina de lavar. Ao ser despejada nesse reservatório, a água é filtrada e redirecionada para o tanque da máquina, pronta para novo uso. Segundo o inventor, o técnico em refrigeração e máquinas de lavar Rubens José de Oliveira Filho, a idéia surgiu da constatação do desperdício de água que presenciava diariamente.

Governo do Estado vende ações da Sabesp
O governo do Estado de São Paulo oficializou ontem a decisão de vender até 21% do capital da Sabesp por meio de uma oferta pública a ser realizada no Brasil e no exterior. O governo paulista detém 71,5% do capital total da empresa e, mesmo com a venda das ações, não perderá o controle da companhia. Os bancos coordenadores das ações serão o Citibank e o Unibanco. A Sabesp faz parte do Novo Mercado da Bovespa, nível maior de exigências de práticas de governança corporativa, desde 2002 e, portanto, só conta com ações ordinárias.

Cresce número de casas com rede coletora de esgotos
O número de domicílios com rede coletora de esgoto no Brasil cresceu 6,7% de 2002 para 2003, chegando a 48% das residências em 2003. Em 1992, essa proporção chegava a 38,9%, enquanto em 2002 estava em 46,4%. Os domicílios com fossa séptica (considerada ainda uma forma de esgotamento sanitário adequado) representam 21% do total. Com isso, o percentual de residências com alguma forma de esgotamento sanitário adequado chegou a 68,9%, em 2003. Mas esse percentual varia muito de região para região.

Planta aquática se prolifera na Represa Billings
O mutirão organizado por homens da Prefeitura de são Bernardo, Mauá, Diadema, Ribeirão Pires e pela Sabesp para retirara a Salvinia s.p. do braço do Rio Grande, na represa Billings, não está dando conta da limpeza. A planta aquática vem se proliferando desordenadamente pela represa há cerca de três meses. Os operários que trabalham na retirada das plantas dizem ter a sensação de que o trabalho nunca termina. A Sabesp, no entanto, garante que a reprodução da praga está sob controle. Segundo a superintendência de Tratamento de Água da Sabesp, a companhia vem monitorando a proliferação da planta por sistema de posicionamento global por satélite e a manha permanece sempre do mesmo tamanho e, em alguns momentos, menor.

Contaminação dos mananciais brasileiros aumentou em dez anos
A contaminação dos mananciais brasileiros, nos últimos dez anos, aumentou cinco vezes, segundo o relatório Estado Real das Águas no Brasil, divulgado na semana passada pela Defensoria das Águas no Brasil, Cáritas Brasileira e Universidade Federal do Rio de Janeiro. Cerca de 400 profissionais constataram o avanço rápido da contaminação em 20 mil áreas em todo o país. O cenário é preocupante e prova que o crescimento desacelerado e a falha fiscalização das atividades industriais e agrícolas continuam prejudicando o meio ambiente.

Pesquisa aprova adição de até 5% de biodiesel
Pesquisas realizadas com motores de ciclo diesel demonstraram que misturas até 5% de biodiesel funcionam praticamente como um aditivo ao combustível mineral e não comprometem a eficiência e a durabilidade do motor. A Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) reconheceu o resultado das pesquisas e informou que manterá a garantia para os motores abastecidos com a mistura, que começará em 2%, com a perspectiva de chegar a 5% em 2010. Nos Estados Unidos e em vários países europeus já estão sendo testadas e utilizadas misturas de até 30% de biodiesel ao diesel. A Alemanha mostrou interesse de importar o combustível brasileiro e a Áustria, por exemplo, mantém um grande programa de coleta de óleo residual (já utilizado em frituras) para a produção de biodiesel.

Ministra nega aval de Lula para alta da gasolina
A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, afirmou ontem que a informação de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu aval ao aumento dos combustíveis não é real devido à alta dos preços do petróleo. "Acho essa notícia estarrecedora. Primeiro, porque ela não é real. O presidente não deu essa carta branca para nós nem faria isso em respeito a Petrobras", afirmou a ministra. Sobre o reajuste dos combustíveis, Dilma afirmou ainda: "Estou esperando a avaliação da Petrobras. Quem tem um posicionamento a esse respeito é a Petrobras". Segundo ela, qualquer informação sobre um aumento que não venha da própria Petrobras é especulativa.