Pedagogia

Teorias

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Inteligências Múltiplas (H. Gardner)

 

Visão Geral:

A teoria de inteligências múltiplas sugere que cada indivíduo possui formas distintas de inteligência em graus variados. Gardner propõe sete formas primárias: lingüística, musical, lógico-matemática, espacial, corporal, intrapessoal (insight, metacognição) e interpessoal (habilidades sociais).

De acordo com Gardner, a implicação da teoria é que o aprendizado/ensino deve ser focalizado sobre as inteligências particulares de cada pessoa. Por exemplo, se um indivíduo tem forte inteligência espacial ou musical, deve ser incentivado a desenvolver essas capacidades. Gardner chama a atenção para o fato de que inteligências diferentes representam não somente domínios diferentes de conteúdo, mas também modalidades de aprendizado. Uma implicação de maior alcance da teoria é que a avaliação de capacidades deve medir todas as formas de inteligência, não somente a lingüística e a lógico-matemática.

Gardner também enfatiza o contexto cultural das múltiplas inteligências. Cada cultura tende a enfatizar inteligências particulares. Por exemplo, Gardner (1983) discute as altas habilidades espaciais do povo Puluwat, das Ilhas Caroline. Eles as usam para navegar em canoas no oceano. Gardner também discute o balanço de inteligências pessoais necessário para se viver na sociedade japonesa.

A teoria de múltiplas inteligências compartilha algumas idéias comuns com outras teorias de diferenças individuais, como Cronbach & Snow, Guilford, e Sternberg .

Âmbito/Aplicação:

A teoria de múltiplas inteligências foi focalizada principalmente no desenvolvimento infantil, embora se aplique a todas as idades. Gardner (1983) apresenta evidências de muitos domínios, incluindo biologia, antropologia e artes criativas. Gardner (1993a) discute a aplicação da teoria em programas escolares. Gardner (1982, 1993b) explora as implicações da estrutura para a criatividade (ver também Marks-Tarlow, 1995).

Exemplo:

Gardner (1983, p 390) demonstra que aprender a programar um computador pode envolver múltiplas inteligências:

"Inteligência lógica-matemática parece central, porque a programação depende do emprego de procedimentos rigorosos para solucionar problemas ou atingir uma meta em um número finito de etapas. A inteligência lingüística também é relevante, pois pelo menos o manual e o computador fazem uso da linguagem comum... um indivíduo com uma forte aptidão musical poderia ser melhor introduzido na programação tentando programar uma peça musical simples (ou dominar um programa que compõe). Um indivíduo com fortes capacidades espaciais pode ser iniciado por meio de gráficos de computador - e pode ser auxiliado na tarefa de programação com o uso de um organograma ou algum outro diagrama espacial. Inteligências pessoais podem exercer papéis importantes. O vasto planejamento de etapas e metas executado pelo indivíduo envolvido em programação depende de formas de pensamento intrapessoal, já que a cooperação necessária para levar adiante uma tarefa complexa, ou para aprender novas habilidades computacionais, pode depender da capacidade do indivíduo para trabalhar em grupo. A inteligência corporal pode exercer um papel no trabalho com o computador em si, facilitando a habilidade no terminal..."

Princípios:

1. Os indivíduos devem ser incentivados a usar suas inteligências preferidas no aprendizado.

2. Atividades de instrução devem apelar para as diferentes formas de inteligência.

3. A avaliação do aprendizado deve medir as múltiplas formas de inteligência. Para aprender mais sobre o trabalho de Gardner, ver sua home page at Harvard ou a home page PSU instructional systems.

Referências:

Gardner, H. (1982). Art, Mind and Brain. New York: Basic Books.

Gardner, H. (1983). Frames of Mind. New York: Basic Books.

Gardner, H. (1993a). Multiple Intelligences: The Theory in Practice. NY: Basic Books.

Gardner, H. (1 993b). Creating Minds. NY: Basic Books.

Marks-Tarlow, T. (1995). Creativity inside out: Learning through multiple intelligences. Reading, MA: Addison-Wesley.