Degradação ambiental ameaça aves migratórias da América
O Ibama afirmou hoje que o tráfego de aves migratórias entre o pólo Norte e a Patagônia, passando pelos Estados Unidos, América Central e Brasil, corre o risco de ser interrompido em decorrência das alterações ambientais.
Segundo comunicado emitido pelo Centro de Pesquisa para a Conservação de Aves Silvestres (Cemave), o problema é uma ameaça de extinção a espécies conhecidas, como batuíras e maçaricos.
Os pássaro que fazem a longa jornada entre os dois hemisférios utilizam determinadas áreas como pontos de abastecimento e de procriação, e se não encontram as mesmas condições ambientais dos anos anteriores, podem morrer em bloco.
Os especialistas que atuam nos países visitados pelas aves migratórias reuniram-se recentemente nos Estados Unidos para discutir estratégias de conservação para as espécies e seus habitats.
Para acompanhar a migração das aves e levantar as informações necessárias para a sua conservação, biólogos do Cemave, em conjunto com pesquisadores da ONG brasileira Proaves e de instituições da Argentina, dos Estados Unidos e do Canadá, criaram uma rede de informações mantida através de trabalhos coordenados em campo.
Os dados colhidos e distribuídos incluem contagens das aves em cada local e a marcação dos indivíduos com anéis numerados feitos de plástico colorido ou de metal, colocados nos pés dos pássaros.