CLASSIFICAÇÃO DOS CLIMAS
No
Brasil, existem várias classificações climáticas, sendo uma delas feitas por
Arthur Strahler e outra por Wilhem Köppen.
A
classificação de Strahler baseia-se nas áreas da superfície terrestre,
controladas ou dominadas pelas massas de ar:
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A
classificação de Köppen baseia-se fundamentalmente na temperatura, na
precipitação e na distribuição de valores de temperatura e precipitação durante
as estações do ano.
Significado das letras
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Classificação de Köppen adaptada para o Brasil
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* Letra S: aplicada erroneamente no clima semi-árido, tendo em
vista que no Sertão Nordestino a concentração de chuvas é maior no verão.
Trata-se
do acompanhamento do comportamento médio do estado da atmosfera e dos oceanos
numa determinada região por um longo período de tempo (mês, estação ou ano).
O
acompanhamento de fenômenos como as fases quentes (El Niño) e as frias (La
Niña) da Oscilação Sul são fundamentais para o País, principalmente por causa
dos diferentes impactos climáticos que ocasionam.
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A
ONU E AS MUDANÇAS NO CLIMA DA TERRA
As
correntes oceânicas e marítimas que cruzam o planeta, acionadas pela energia
solar, moldam o ambiente. Para os trópicos, carregam chuvas abundantes e calor
o ano inteiro e para os pólos levam o inverno. O clima é alterado pela terra e
pelo mar. As montanhas fazem os ventos espalharem sua umidade, criando frentes
localizadas de chuva, enquanto correntes frias refrescam as terras quentes. Por
esta troca mútua, o planeta e seu clima criam um ao outro.
Qualquer
alteração neste ciclo pode ocasionar sérias conseqüências na Terra. Até o
presente, os fenômenos que mais ameaçam a atmosfera são a destruição da camada
de ozônio e o efeito estufa. A camada de ozônio absorve a maior parte da
radiação ultravioleta que atinge a superfície da Terra. A eliminação do ozônio
está ocorrendo, conforme observações e estudos científicos, em grande parte
pela presença do cloro nas substâncias denominadas clorofluorcarbonos (CFC),
além de outras substâncias sintéticas como o metilclorofórmio, e ainda dos
halons e compostos de bromo.
O
aquecimento global pelo aumento das temperaturas médias altas é uma das
conseqüências mais prováveis do aumento das concentrações de gases de efeito
estufa na atmosfera, o que pode provocar novos padrões de clima com
repercussões nos regimes de vento, chuva e circulação geral dos oceanos. O
efeito estufa natural tem mantido a temperatura da Terra por volta de 30ºC mais
quente do que ela seria na ausência dele, possibilitando a existência de vida
no planeta. Entre os gases que podem ocasionar esse fenômeno, destacam-se o
vapor d' água, o dióxido de carbono (CO2), o ozônio (O3), o metano (CH4>) e
o óxido nitroso (N2O).
Alguns
indícios de alteração do clima:
A
convenção “Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima” foi assinada por
mais de 150 países em junho de 1992, durante a ECO-92, no Rio de Janeiro. O
objetivo principal da Convenção é:
“...
alcançar a estabilização das concentrações de gases de efeito estufa na
atmosfera num nível que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema
clima. Esse nível deverá ser alcançado num prazo suficiente que permita aos
ecossistemas adaptarem-se naturalmente à mudança do clima, que assegure que a
produção de alimentos não seja ameaçada e que permita ao desenvolvimento
econômico prosseguir de maneira sustentável.” (MCT/CPMG, 1999)
A
convenção reconhece que a maior parcela das emissões globais, históricas e
atuais de gases de efeito estufa é originária dos países desenvolvidos, devendo
estes estabelecerem medidas de redução de suas emissões. Reconhece também que,
embora as emissões per capita dos países em desenvolvimento ainda sejam
relativamente baixas, a parcela de emissões globais originárias desses países
crescerá uma vez que eles tendem a satisfazer suas necessidades sociais e de
desenvolvimento. (MCT/CPMG, 1999).
CURIOSIDADES
SOBRE O TEMPO
A maior temperatura registrada no mundo foi 58ºC em Alaziziyah, Líbia, em 15 de
Setembro de 1922. A menor temperatura foi -88,5 Graus Celsius em Vostok, Antártida,
em 24 de Agosto de 1960.
No Brasil, a máxima foi na cidade do Rio de Janeiro, em 14 de Janeiro de 1984,
chegando a 43,2º C. A mínima foi na cidade de Xanxerê, estado de Santa
Catarina, chegando a -11,6º C, em 25 de Julho de 1945. O menor índice de
umidade relativa registrada no Brasil foi de 10%, em Uberaba-MG, em setembro de
1994.
O lugar mais quente do planeta terra é Trípoli, na Turquia, onde os termômetros
já registraram 68º C. O lugar mais frio é o continente antártico, onde já foram
registradas - 89ºC.
Os anos da década de 1990 tiveram as maiores temperaturas registradas do
período desde 1860. Os anos mais quentes foram 1997 e 1998, com aquecimento de
0,57ºC, maior que a média de 1961-1960. Os 7anos mais quentes da Terra
ocorreram na década de 1990 são 1998, 1997, 1995, 1990, 1999, 1991 e 1994
(ordem descendente)
Análise de indicadores climáticos dos últimos 400 anos mostram que os anos da
década de 1990 foram os mais quentes do milênio, e que o século XX foi o mais
quente. O ano mais quente do milênio foi 1998 e o mais frio, provavelmente foi
1601.
Chuvas
A maior precipitação (quantidade de chuva) em 24 horas na última década foi na
cidade de Florianópolis, chegando aos 404,8 mm em 15 de Novembro de 1991.
Nesta mesma região no mês de Novembro, o normal seria chover o equivalente à
129 mm em um período de trinta dias.
O lugar do planeta onde mais chove é o encontro Waialeale, situado numa Ilha do
Havaí, no Pacífico. A média anual de precipitação é de 11700mm, quase três
vezes maior que o índice do lugar mais úmido do Brasil que raramente passa de
3000mm/ano
Queimadas
1982/1983 - Em conseqüência do El Niño (este fenômeno causa uma ausência de
chuvas, ocorrendo um período de estiagem. Sendo assim, o clima fica bem seco e
com temperaturas elevadas), verifica-se um incêndio na Costa do Marfim em uma
área de 12 x 106 hectares.
1987/1988 - Em conseqüência do El Niño, outro incêndio. Desta vez na União
Soviética em uma área de 14,5 x 106 hectares e na China em uma área de 1,3 x
106 hectares.
1997/1988 - Novamente em conseqüência do El Niño, verifica-se um incêndio na
Mongólia em uma área de 23,1 x 106 hectares e na Indonésia em uma área de 4,5 x
106 hectares.
Nas fumaças formadas por incêndios florestais estão contidos o monóxido de
carbono, precursores livres e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos - HAP.
Conheça alguns efeitos que a fumaça de incêndios florestais podem causar sobre
a saúde:
- Enfermidades respiratórias em crianças e adultos;
- Mudança aguda e crônica nos pulmões;
- Sistema respiratório: asma;
- Enfermidades Pulmonares Crônicas Obstruidoras - EPCO;
- Enfermidades Cardiovasculares;
- Mortalidade Diária;
- Garganta seca;
- Nariz irritado;
- Olhos dolorosos;
- Edema e inflamação;
- Mudanças nas membranas mucosas.
Conceitos
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ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS
A
observação da superfície consiste de procedimentos sistemáticos e padronizados,
visando à obtenção de informações qualitativas e quantitativas referentes aos
parâmetros meteorológicos, capazes de caracterizar plenamente o estado instantâneo
da atmosfera. A padronização foi determinada pela OMM, incluindo tipos de
equipamentos usados, técnicas de calibração, aferição, ajuste, manuseio e
procedimentos observacionais. Além disso, os horários das observações, o
tratamento dos dados observados, as correções efetuadas indiretas de outros
parâmetros derivados, a transmissão e o uso operacional são igualmente
realizados segundo padrões rígidos.
A
quantidade e a confiabilidade das operações meteorológicas são propriedades que
devem ser visadas pelo sistema de coleta de dados. Para isso, dois pressupostos
tornam-se imperativos: a disponibilidade de recursos financeiros e a existência
de pessoal técnico-operacional, quantitativa e qualitativamente adequados.
Os
dados meteorológicos podem ser obtidos mediante leituras ou registros
contínuos, obteníveis dos instrumentos (temperatura, pressão atmosférica,
direção e velocidade dos ventos, brilho solar, etc); outros, porém, são
identificados pelo próprio observador (a quantidade, altura e o tipo de nuvens,
a visibilidade, etc.). Outros dados são estimulados ou derivados dos primeiros
(a temperatura do ponto do orvalho, a pressão ao nível do mar, etc.).
As
observações meteorológicas são efetuadas em locais tecnicamente escolhidos e
preparados para este fim; são as Estações Meteorológicas, podendo ser elas:
Estações sinóticas: são as que realizam observações em horários
padronizados internacionalmente, para fins de previsão do tempo. O horário
padrão usado é o Tempo Médio de Greenwich – TMG. Sendo assim, todas as
observações são efetuadas ao mesmo tempo, independente da localização
geográfica da estação. Quando são reunidas em um mapa, todas as observações
efetuadas no mesmo TMG denominam-se Carta Sinótica, que constitui um flash
do estado atmosférico para toda a área coberta pelas estações.
Estações climatológicas: para fins climatológicos. As
principais medem os elementos meteorológicos necessários aos estudos
climáticos. As instalações são padronizadas em níveis detalhados, a fim de
evitar influências anômalas nas medições.
Estações agrometeorológicas: fornecem informações relacionadas
aos elementos meteorológicos e às atividades agrícolas. Para isso, ao lado das
observações atmosféricas, são também realizadas observações fenológicas.
Estações meteorológicas aeronáuticas:
destinam-se à coleta de informações necessárias à segurança de aeronaves.
Instaladas nos grandes aeroportos, fazem inúmeras observações diárias.
Estações especiais: todas as demais estações com qualidades
distintas.
PROTOCOLO
DE KYOTO
Foi
realizado em dezembro de 1997, em Kyoto, no Japão, a terceira conferência das
Nações Unidas sobre mudança do clima, com a presença de representantes de mais
de 160 países. Teve os seguintes objetivos: a) fixar compromissos de redução e
limitação da emissão de dióxido de carbono e outros gases responsáveis pelo
efeito estufa, para os países desenvolvidos; b) trazer a possibilidade de
utilização de mecanismos de flexibilidade para que os países em desenvolvimento
possam atingir os objetivos de redução de gases do efeito
estufa.
O
mercado de CERs - Certificados de Emissões Reduzidas anda em franca expansão no
Brasil. Espera-se que os países da UE estabeleçam um acordo paralelo ao
protocolo global, assinado em 1997, no Japão. Com isso, o comércio dos CERs
junto as nações em desenvolvimento e os critérios acumulados até então estarão
assegurados.
O
mundo começará a sofrer os efeitos do aquecimento do clima, e tanto
consumidores quanto o mercado, darão preferências para empresas que se
preocuparem com as questões ambientais
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