Índice de degradação ambiental
30/08/2004A partir de análises fatoriais e da análise de agrupamentos (clusters), os pesquisadores Rubicleis da Silva, da Universidade Federal do Acre, e Claudiney Ribeiro, da Universidade Federal de São João Del Rei, em Minas Gerais, detectaram que, enquanto alguns municípios estão com uma situação favorável, em outros o impacto sobre o meio ambiente é bastante grande.
Em uma das tabelas geradas pelo estudo Análise de Degradação Ambiental na Amazônia Ocidental: um Estudo de Caso dos Municípios do Acre, publicado no número um do volume 42 da Revista de Economia e Sociologia Rural, ficam claras as diferenças de degradação observadas no campo. Enquanto os munícipios de Cruzeiro do Sul e de Mâncio Lima, na região do Juruá, estão com índice zero, em Brasiléia, no Alto Acre, o mesmo índice é de 65,95%.
Segundo os pesquisadores – que não consideram essa metodologia conclusiva – ao mesmo tempo que o índice revelou um bom estado de conservação ambiental em algumas áreas, ele também mostrou, para essas mesmas regiões, que alguns indicadores isolados se mostraram altos.
Para a construção das equações foram utilizados dados como cobertura vegetal (indicador biológico), produção da lavoura e da criação de animais (indicadores econômicos) e a capacidade que as regiões de lavoura tinham de absorver mão-de-obra (indicador demográfico). A tese nesse último caso é que quanto mais degradada a região, menos trabalhadores rurais vão trabalhar naquele espaço.
Apesar dos índices de degradação relativamente baixos, dizem os autores no texto, isso não significa que a situação do Acre seja cômoda. "Pelo contrário. É muito preocupante, dado que, por ser um Estado relativamente novo e pouco desenvolvido, alguns municípios possuem um índice de degradação que ultrapassou o valor de 60%".
O estudo está disponível na íntegra na biblioteca on-line SciELO (Bireme/FAPESP). Para ler,
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