O Sr. Thomas estava desempregado há mais de dois anos. De porta em porta, currículo amarrotado embaixo do braço, lá ia ele, tentando uma vaga em qualquer empresa.

Certo dia, lê anúncio no jornal: "Microsoft recruta faxineiros para uma de suas filiais". As qualidades necessárias encaixavam-se perfeitamente no perfil do Sr. Thomas. "Beleza! A vaga já é minha", pensou ele, com seus botões rotos do casaco velho.

Passou no teste exigido, fez provas práticas e finalmente foi chamado para a entrevista.
"Pois bem, Sr. Thomas", pergunta seriamente o entrevistador, "escreva o seu email aqui nesta folha para que possamos enviar-lhe todas as normas da empresa, nossa missão, nossas metas etc.". O Sr. Thomas meneia a cabeça, com ar de derrotado: "Eu não tenho email". O entrevistador, decepcionado, faz a síntese final da entrevista: "Sinto muito. Não temos como contratar um funcionário sem email. Que pena...".

O Sr. Thomas sai da Microsoft arrasado. Passa na quitanda, compra um saco de tomates e, ao passar por sua vizinha, pergunta-lhe se não deseja comprar os tomates. Vende o saco todo! Empolgado, volta à quitanda, compra três sacos. Vende os três. Com os dólares que começavam a se multiplicar, comprou um carrinho de mão, um carro velho, um furgão, alugou um armazém, comprou um caminhão, abriu empresa e contratou funcionários. Era um homem próspero e muito bem de vida.

Certo dia, decidiu colocar todos os seus bens no seguro. O segurador, confiante, faz a pergunta conhecida: "Pois bem, Sr. Thomas, escreva seu email aqui". Novamente, a mesma resposta: "Eu não tenho email". O segurador: "O quê? Um homem rico como o senhor não tem email?". O Sr. Thomas responde-lhe, muito calmamente: "Se eu tivesse email, hoje eu seria um simples faxineiro da Microsoft".