Crianças e adolescentes que já nasceram com contato direto com a internet, a velocidade da informação e as novas
tecnologias. Nascidos a partir de 1995, essa faixa etária é chamada por
especialistas como geração Z. Mas como é o comportamento dessa geração e como
estarão preparados para o mercado de trabalho?
“Poderia chamar de geração ‘Z-gital’ que é a Geração
Z. Mas é porque eles pensam de uma maneira diferente, encaram o mundo de uma
maneira diferente. O que antes valia muito uma hierarquia vertical: então tem o
chefe e o subalterno. Eles entram, conversam com o chefe como se falasse com o
subalterno da mesma maneira, apesar de identificar que o outro tem mais poder
do que ele, mas não é isso o que importa”, afirma Içami
Tiba, psiquiatra infantil.
Segundo ele, o cérebro dessa Geração Z funciona bem no contar de ‘1 a
Para sabermos as opiniões dos jovens dessa geração, fomos até um colégio de São
Paulo, perguntar o que eles esperam de suas futuras carreiras profissionais.
“Acho que eu não pensaria em fazer música se não vivêssemos em um mundo tão
globalizado, de que suas chances de subir na carreira, lá em cima. Primeiro você
começa colocando suas músicas na internet, no ‘myspace’, e divulgando para todo mundo por meio do
computador”, explica a estudante Bianca, de 13 anos.
Já para Gabriela, de 11 anos, vai existir bastante tecnologia para não
precisarmos da ajuda da mão do homem. Para o estudando Danilo, de 13 anos, a
Geração Z é mais nova menos experiente, mas com mais criatividade. “A
tecnologia ajuda mesmo, pois fica fácil de se comunicar com diversos setores, e
também concordo com ele (Danilo) de que o pessoal jovem pode ajudar bastante,
ter ideias diferentes, a gente tem uma cabeça
diferente do pessoal mais velho e pode ter ideias
melhores”, opina Giovanne, 14 anos.
“Qualquer site de relacionamento pode fazer você
conhecer, por exemplo, um dono de empresa que você queira trabalhar ou algum site como o myspace, que é mais
voltado para música, ou twitter, que você pode postar
qualquer link, fazer qualquer coisa, conhecer muita gente, faz muito contato.
Realmente é uma coisa que vai ajudar muito na nossa carreira”, sugere Bianca.
Para Isabella, de 13 anos, para donos de empresas que
precisam fazer uma reunião, mas nem sempre estão no mesmo lugar. “Então um está
aqui, outro em outro país. Com certeza essas conversas de vídeo vão ajudar e
até mesmo o MSN, hoje, com certeza ajuda”, exemplifica Isabella.
Para eles é impossível imaginar um mundo sem internet,
telefones celulares, computadores, iPods,
videogames, televisores e vídeos em alta definição e cada vez mais novidades
neste ramo. Todas essas informações também influenciarão nas escolhas que farão
em suas profissões.“Um jovem, hoje, tem uma forma de pensar e agir que é
diferente das geração anterior e o mercado tem se
organizado para potencializar isso à seu favor”, diz Shirlei
Resende, pedagoga.
Outra característica desses profissionais do futuro será a aptidão para fazer
várias tarefas ao mesmo tempo, e as empresas precisarão gerenciar essa
agilidade.
Segundo a coordenadora de colégio, Silvana Leporace,
o mercado recebe essa geração com uma expectativa de uma auto-gestão, que
realmente saibam administrar a carreira deles. “Sejam pessoas com iniciativa e
empreendedores, porque hoje as situações são tão rápidas hoje que eles precisam
gerir a própria profissão, a carreira profissional. Então acho que isso eles
devem aprender, trabalhar em equipe, ter liderança, iniciativa e a auto-gestão:
a situação mais importante para eles”, finaliza.