MERCADO VALORIZA ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO AMBIENTAL
Preocupadas com o destino dos seus resíduos, empresas dos setores químico, de mineração, petróleo, engenharia, siderúrgicas e até cosméticos e alimentação aumentam a demanda por profissionais especializados em meio ambiente. Os mais procurados têm formação em Biologia, Química, Geologia e Engenharia Florestal e de Saneamento. Os salários pagos pelas empresas de grande porte chegam a R$ 10 mil para o cargo de gerência com especialização. Engenheiros graduados recebem até R$ 3.400, mas quem tem MBA em gestão Ambiental consegue salários até 9% melhores, segundo Luiz Carlos de Almeida, Gerente de Pesquisa Salarial do Grupo Catho.
Nas empresas, o cuidado com o meio ambiente é tratado como estratégico e faz parte das ações diárias de funcionários de diversas áreas.
'Todos os procedimentos realizados dentro da empresa passam pela análise de risco ambiental', afirma Paulo Sérgio Alvarenga, diretor industrial da petroquímica Petroflex, especializada na produção de borracha sintética. Dentro da empresa, universitários da Coppe, UFF e UERJ desenvolvem projetos de redução do impacto ambiental de substâncias poluentes.
A preocupação das empresas com a eliminação de resíduos na natureza faz aumentar a demanda por profissionais especializados em meio ambiente. A procura maior é por graduados em Química, Biologia e Engenharia, mas também há vagas para quem tem apenas formação técnica. Os salários pagos pelo mercado chegam a R$ 10 mil para os cargos de gerência em empresas de grande porte. As que mais absorvem profissionais do ramo são empresas dos setores petrolífero, químico, de mineração, coleta de resíduos, engenharia e papel.
'O mercado aqueceu nesta área de meio ambiente de abril para cá e deverá melhorar ainda mais nos próximos três anos em função da preocupação das empresas com os seus resíduos, mas é preciso investir em cursos de idiomas e especialização para disputar uma vaga', adverte Rosângela Margarido, gerente do Banco de Vagas do Grupo Catho.
Para quem está começando e tem apenas um curso técnico no setor, o salário médio fica em torno de R$ 1.200. Para os engenheiros formados, a remuneração mensal chega a R$ 3.400 e quem tem MBA em Gestão Ambiental consegue salários 9% maiores. No caso dos gerentes, as empresas não contratam com salários inferiores a R$ 4.800. 'Em companhias de grande porte, a remuneração chega a R$ 10 mil mensais', afirma Luiz Carlos de Almeida, gerente de Pesquisa Salarial do Grupo Catho.
Entre as empresas, o perfil do profissional que lida com o meio ambiente mudou nos últimos anos. Hoje o setor é estratégico e exige o acompanhamento feito por funcionários multidisciplinares.
'Eu sou engenheiro mecânico de formação, mas nos últimos seis anos venho trabalhando exclusivamente com projetos ligados ao meio ambiente. O perfil agora é gerencial, com pessoas realmente especializadas e o setor é tratado como estratégico para as empresas', explica Luiz Carlos Tamassia, gerente de Engenharia Ambiental da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).
Já a Petroflex, petroquímica produtora de borracha sintética que tem mil funcionários na sede, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, não tem um setor específico, mas garante que todos os procedimentos realizados pela empresa seguem orientações ligadas ao cuidado com o meio ambiente.
'Nós temos parcerias com a Coppe, UFF e UERJ em que granduandos, mestrandos e doutorandos desenvolvem projetos de redução do impacto ambiental dos nossos resíduos', afirma Paulo Sérgio Alvarenga, diretor industrial da Petroflex.
Mônica Laplace - Especial - monicalaplace@gazetamercantil.com.br