Numa obra de 1798 "Ensaio sobre o princípio das populações", um desconhecido pastor anglicano que se tornou num reconhecido economista inglês, defende-se a tese segundo a qual o crescimento demográfico poderia terminar com a penúria dos recursos alimentares. Para apoiar a sua tese Malthus fundava-se na hipótese segundo a qual, e por causa do instinto de reprodução, a humanidade reproduzir-se-ia cada vez mais, segundo um crescimento geométrico (1, 2, 4, 8, 16 ...) o que era incompatível com os recursos alimentares que só aumentavam segundo um crescimento aritmético (1, 2, 3, 4, 5 ...).
A realidade é que mesmo se houve uma explosão demográfica - passagem em 200 anos de 900 milhões a 5,7 milhares - a produção alimentar tem conseguido acompanhar esta cadência. A razão é que ele não podia prever a revolução tecnológica na agricultura já que este sector aproveitou da revolução industrial para numa primeira etapa mecanizar-se e mais tarde fazer uma utilização 'industrial' dos pesticidas e outros fertilizastes e numa terceira etapa - actualmente - utilizar a criação de peixes como já o tinha feito com o gado e desta forma poder acompanhar essa evolução.
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De um artigo sobre Thomas Robert Malthus (1766-1834)