As religiões e os cientistas possuem várias hipóteses para responder como teria surgido a vida. Dentre elas, destacamos as principais:

Foi proposta há mais de 2000 anos, por Aristóteles, que dizia que a vida podia aparecer subitamente na matéria não-viva, desde que na mesma fosse insuflado o chamado "princípio ativo" ou "alma imortal", um princípio não material dirigente de uma série de reações na matéria morta, que culminaria com o aparecimento da vida.

Em meados do século XVII, Redi fez experiências decisivas, provando que não havia geração espontânea. Mostra que a vida somente poderia originar-se da vida preexistente- biogênese.

Porém, a queda desta teoria somente se deu por volta de 1860, graças às experiências conclusivas de Pasteur, que primeiramente mostrou que o ar é uma fonte de micróbios, contaminando facilmente a matéria bruta. Mostrou também que que em soluções nutritivas cuidadosamente esterelizadas jamais apareciam organismos vivos. Finalmente, utilizando os famosos tubos com "pescoço de cisne", realizou experiências decisivas. Colocou líquidos nutritivos nestes frascos e os aqueceu intensamente durante alguns minutos; verificou depois que tais líquidos permaneciam estéreis durante muito tempo. Por outro lado Pasteur quebrava o gargalo e verificava que logo apareciam micróbios no líquido nutritivo, o que mostrava que o mesmo ainda era capaz, mesmo depois de fervido, de manter vida de micróbios nele colocados.

Graças às experiências de Pasteur deu-se a vitória da biogênese sobre a abiogênese.

Desenvolvida por Arrhenius, Richter etc., admite-se que micróbios vindos em partículas de poeira ou em meteoritos de origem extraterrena foram a fonte da vida da Terra.

Tal hipótese, porém, apenas transfere o problema da Terra para outro astro.

Ademais, em viagem para a Terra, mesmo um esporo encontraria enormes variações de temperatura e radiações mortais insuportáveis. Materiais coletados na Lua ou no espaço por astronautas não revelaram sinais de vida, mas apesar disso, existe uma corrente de cientistas que admite a possibilidade de vida extra-espacial.

Como todo ser vivo necessita de alimento para sobreviver, é lógico admitir que os primeiros seres vivos tenham sido capazes de produzi-lo (autótrofos).

Contra essa hipótese existe uma objeção muito séria: os autótrofos sintetizam alimentos orgânicos a custa de uma série extremamente complexa de reações químicas, exigindo que o organismo também seja complexo.

Aceitando-se a hipótese autotrófica, somos obrigados a acreditar que repentinamente surgiu um ser vivo já muito complexo logo de início.

Acontece, porém, que a teoria da evolução biológica, contra a qual não há objeções sérias, afirma que os primeiros seres vivos devem ter sido bastante simples, levando muito tempo para se tornarem complexos, portanto, os biologistas não aceitam esta hipótese, pois vai contra a teoria da evolução.

Supõe que a forma mais primitiva de vida se desenvolveu a partir de matéria não-viva, formando-se, num ambiente complexo, um ser muito simples, incapaz de fabricar seu alimento.

Não se trata de geração espontânea. Nesta afirma-se que seres podem surgir repentinamente de matéria bruta todos os dias, enquanto que a hipótese heterotrófica supõe que um ser muito simples evolui vagarosamente, a partir da matéria inanimada, e que isso aconteceu a milhões de anos, não ocorrendo mais.

De acordo com a hipótese heterotrófica a vida teria surgido por meio das seguintes etapas:

- Formação de Aminoácidos;