PROGRAMA DE
FORMAÇÃO CONTINUADA — TEIA DO SABER
DIRETORIA DE ENSINO – REGIÃO CENTRO
MÓDULOS I E II
CURSO “METODOLOGIAS DE ENSINO DE DISCIPLINAS DA ÁREA DE
CIÊNCIAS DA NATUREZA, MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS DO ENSINO MÉDIO: FÍSICA,
QUÍMICA E BIOLOGIA”
http://www.udemo.org.br/JornalPP_01_02planoescolar.htm
O
Projeto Pedagógico é o documento que define as intenções da escola, em realizar
um trabalho de qualidade. O Plano de Escola diz respeito à execução dessas
intenções.
Tanto o Projeto Pedagógico, como o Plano de Escola, dele decorrente, devem
resultar de um desejo coletivo, ou seja, obra de todos os que militam nessa
escola, mormente, os educadores. É algo que se vai construindo aos poucos. Para
a consecução desse desejo coletivo, será preciso que a comunidade docente
assuma realmente o seu papel interagindo para alcançar as metas que estabeleceu
e pretende alcançar. Abandonar a perseguição das metas estabelecidas pelo
coletivo, ao meio do caminho, é o primeiro passo para o malogro do Projeto. O
Plano de Escola é um documento para muitos anos, que se vai remodelando após
sistemáticas avaliações.
Assim, na elaboração do Projeto Pedagógico, é preciso reflexão profunda sobre o
que se vai fazer e como será feito o trabalho, reflexão essa fundada no
diagnóstico da escola no qual levar-se-á em consideração:
1. O que
funcionou e que não funcionou no ano anterior, quanto ao planejado?
Essa questão
deverá estar muito bem explicitada entre os professores, durante o
planejamento, posto que se constituirá em pedra de toque para a organização do
Projeto Pedagógico, origem das grandes linhas para o Plano Escolar e o
verdadeiro trabalho coletivo. Faz-se necessária a realização de uma discussão
franca e honesta do coletivo, sobre os acertos e as falhas, sem subterfúgios,
uma vez pretenderem todos uma melhoria do trabalho em sala de aula.
-
Perguntas pertinentes:
a) Com que clientela a escola trabalha?
De acordo com os dados coletados saber-se-á a origem sócio- econômica das
famílias e sua expectativa em relação à escola e às carências intelectuais
entre grupos de alunos, que precisarão ser levadas em conta para recuperar,
minimamente, as defasagens de aprendizado desses discentes ao se elaborar o
planejamento dos conteúdos.
- Que alunos apresentam deficiências crônicas?
- Que alunos foram promovidos com profundas defasagens no ano 2001.
- Que a escola fez, no ano, por esses alunos?
- Que fará com eles em 2.002?
- Conhecemos realmente o "novo" aluno da escola pública?
b) Análise dos dados de aproveitamento de cada série (avaliação interna),
confrontados com os resultado do SARESP (avaliações externas) e do ENEM. Essa
confrontação é relevante no sentido de discutir com o corpo docente as
diferenças entre essas avaliações. Refletir o coletivo sobre tão profundas
diferenças de aproveitamento poderá levar a respostas, apontando pistas para
mudanças qualitativas no processo pedagógico da unidade.
Roteiro para a elaboração
do Projeto Pedagógico da E.E. X em 2.001
Sob
a coordenação do professor-coordenador e da direção reuniram-se: docentes,
funcionários, pais, membros do Conselho de Escola e pessoal de apoio para
realizar, nos dias ___ e ___ de fevereiro de 2.002, o Projeto Pedagógico da
Escola.
Direção e coordenação procuraram esclarecer, ainda uma vez, o significado do
Projeto Pedagógico, ou seja, a intenção da escola em realizar um trabalho de
qualidade, mediante um diagnóstico da situação da unidade, tanto do ponto de
vista da aprendizagem dos alunos, como das relações entre todos os envolvidos,
que, de uma forma ou de outra, participarão do processo educacional
desenvolvido pela unidade. Contudo, ficou esclarecido que o Projeto não pode
ficar apenas nas intenções.
Para a sua concretização será necessário, a partir do diagnóstico, eleger as
metas a serem atingidas, estabelecer ações concretas, etapas, e recursos
necessários para a implementação das ações e a avaliação daquilo que todos se
propuseram a realizar.
Diagnóstico da Escola
A partir de
informações sobre o desempenho da escola em 2.001, com base nos dados
apresentados e resultados obtidos nos vários setores de atuação da unidade,
constatou-se:
1. a existência
de um número 'x' de alunos com sérias defasagens de aprendizagem, ao longo do
ano letivo de 2.001 e, por isso, encaminhados à recuperação nas férias de
janeiro; um considerável número de alunos nas quintas séries egressos de 4ªs
séries de outros estabelecimentos, cujo nível de aprendizagem será necessário
apurar nos primeiros dias de aula;
2. dificuldades em realizar um trabalho no qual todos estejam engajados:
trabalho coletivo;
3. formas de avaliação nas quais enfatizam-se, segundo numerosas verbalizações
de professores, a avaliação classificatória em detrimento da diagnóstica;
4. a continuidade da integração escola-comunidade, já com resultados
apreciáveis, mas passível de aperfeiçoamento;
5. comportamentos inadequados de alunos (e em alguns casos, de professores) em
algumas classes, prejudicando a aprendizagem.
6. outras constatações não previstas neste roteiro...
Uma
vez realizado o diagnóstico da escola, o grupo elegerá as metas a serem
alcançadas.
Eis as primeiras questões a
serem respondidas pelo coletivo ao iniciar a elaboração do Projeto Pedagógico.
Fica claro que, os alunos promovidos com defasagens profundas devem ter um
tratamento especial para que recuperem ainda que, minimamente, os conteúdos
significativos não apreendidos. Em função dessas defasagens, seria interessante
o Projeto Pedagógico prever a recuperação paralela desses alunos desde o início
do ano.
2. Construir o
trabalho coletivo meta fundamental
Conceituação do trabalho coletivo
Perguntas
pertinentes:
a) O que se entende por trabalho coletivo?
b) Seria possível um trabalho otimizado sem a cooperação de todos?
O que se nota de maneira geral nas escolas é um trabalho individualizado, de
tal maneira que cada professor o realiza isoladamente, não sabendo cada um o
que os demais estão fazendo, mesmo os da mesma disciplina.
Trabalho coletivo significa pois a integração de todos os docentes, ajudando-se
mutuamente em direção a objetivos bem definidos em busca de um trabalho de
qualidade em todas as disciplinas. Efetivamente, o trabalho coletivo não é algo
que se desenvolve espontaneamente. Serão necessários mecanismos de controle das
ações para se chegar à qualidade de ensino estabelecida pelo grupo. Controle
esse que será exercido nas HTPCs, balizando as etapas a serem vencidas.
3. Como
trabalhará o coletivo?
Buscará elevar o nível de aprendizagem de acordo com as possibilidades e ritmo
de cada grupo de alunos em todas as disciplinas (meta importantíssima e
inegociável).
4.
Como elevar o nível de aprendizagem?
a) Por meio, fundamentalmente, do desenvolvimento de "habilidades"
entre os alunos que explicitaremos, mais detalhadamente, ao analisarmos as
metas a serem alcançadas;
b) por meio de conteúdos mínimos significativos, nos quais fiquem expressos os
conceitos básicos de cada unidade de estudo das disciplinas. Esse trabalho
implicará na reflexão do docente sobre o planejamento dos conteúdos com base no
diagnóstico das etapas dos ciclos I e II e nas séries do Ensino Médio.
Perguntas pertinentes:
- O que vou desenvolver sobre esses conteúdos?
- Para quem vou desenvolvê-los?
- Por que vou desenvolvê-los?
- De que maneira vou desenvolver esses conteúdos?
- Como vou verificar a aprendizagem desses conteúdos, desconsiderando o aspecto
punitivo da aprendizagem (avaliação)?;
c) da aproximação das vivências dos alunos com esses conteúdos, tanto quanto possível,
aproveitando as informações, que eles absorvem dos meios de comunicação
escritos e televisivos, de seu ambiente e do ambiente escolar, etc;
d) de aulas bem preparadas com começo, meio e fim (vide a matéria "A
Aula"), na qual o aluno tenha claro o que vai apreender (objetivos - que
não devem ser muitos) e o sentido desse conteúdo. Aulas que tenham um mínimo de
motivação para não entediar os alunos. Aulas improvisadas ou não preparadas,
com utilização intensiva do livro didático é o primeiro passo para a
desmotivaão do aluno e os conflitos com o professor. Uma das alternativas para
levar os professores a preparar suas aulas seria reservar um espaço nas HTPCs
para fazê-los relacionar conteúdos, objetivos e estratégias, que serão
utilizadas durante a semana. Seria uma forma de o corpo docente e a coordenação
exercerem ações de controle sobre o que projetaram, durante o planejamento,
tanto do ponto de vista do Projeto Pedagógico como do Plano Escolar;
e) do diálogo constante com os alunos, mesmo com os mais rebeldes, valorizando
suas realizações mais irrelevantes no sentido de elevar-lhes a auto- estima;
buscar compreender-lhes os problemas. Criar formas de valorizar o aluno rebelde
é dar-lhe funções específicas durante a aula, como por exemplo secretariá-la,
anotando no quadro algumas passagens sobre o conteúdo que o professor está
expondo; fazê-los coordenar o trabalho de grupo se se tratar de atividade em
equipe entre outras ações que o professor poderá criar para fazer com que esse
aluno se sinta útil (Excluídas fiscalizações sobre colegas que não estão
realizando tarefas, anotações sobre os mais falantes da classe etc. Ações essas
altamente deseducativas, mas muito usadas por alguns professores, mormente no
Ciclo 1);
f) do trabalho em equipe, no qual os grupos tenham sempre que resolver algum
problema proposto pelo professor. Formar grupos para realizar trabalhos que não
exijam reflexão e descoberta não tem nenhum sentido e não leva a nada;
g) de pesquisa baseada em bibliografia específica, que não seria uma simples
reprodução de informações contidas em jornais, revistas, enciclopédias,
dicionários e manuais. A pesquisa só tem sentido se resultar em descoberta para
o aluno. Por outro lado, não tem sentido o professor determinar pesquisas, se
ele próprio ignora a fundamentação delas;
h) de aulas (mormente, nas áreas de ciências humanas), nas quais se desenvolvam
discussões políticas, sociais, econômicas e culturais através de simpósios,
painéis de discussão, seminários (aproveitando noticiários de televisão, de
jornais e de revistas) sobre temas que incutam no aluno o conceito de cidadania
e valores (direitos e deveres, preservação do meio ambiente, respeito pelo
patrimônio público, solidariedade, sexualidade, isto é, temas transversais;
i) da integração das disciplinas pela coordenação de áreas, demonstrando as
relações entre os conteúdos, ou seja, a integração das disciplinas a partir de
um tema específico (interdisciplinaridade-vide matéria específica neste
jornal), o que seria um passo a mais para o trabalho coletivo na medida em que
todos os professores estariam envolvidos; estabelecimento de mecanismos de
acompanhamento dessa integração;
j) da demonstração de que o professor tem empatia por seus alunos, expressa
pelo diálogo e pela afetividade para com eles. O bom relacionamento professor-
aluno é o primeiro passo para o aprendizado. Nem sempre é fácil lidar com
determinados discentes, todavia mesmo o aluno rebelde respeita o professor
competente e afetivo;
k) Do entrosamento família- escola, ajudando-se mutuamente, principalmente
naquilo que os pais podem fazer quanto ao estudo do aluno em casa e no
cumprimento das tarefas escolares (preocupação em enviar o aluno à escola com o
material necessário às aulas, estabelecimento de horas específicas de estudo em
casa). Sabe-se que os alunos, costumeiramente, não trazem material para as
aulas de inglês e educação artística etc. Nesse aspecto, algumas assembléias de
pais, convocadas pela direção, ao longo do ano, com o comparecimento dos
professores contribuiria para esse entrosamento. O aprofundamento dessas
discussões no Conselho de Escola seria relevante. Dificilmente, haverá
integração escola-comunidade, se o coletivo docente não se habituar a trocar
idéias com os pais. Somente haverá entrosamento entre pais e professores quando
esses se dispuserem a debater democraticamente os fatos escolares com aqueles.
Nota-se que muitos docentes receiam esses debates. É preciso acabar com essa
separação pais-professores. Nenhum Projeto Pedagógico terá sucesso sem a integração
escola-comunidade;
l) de atividades extra-classe : confecção do jornal da escola (elaborado nos
computadores); visitas a museus; concursos literários; assistência a peças de
teatro na escola ou fora dela, que poderá ensejar a criação de grupos de teatro
na unidade; campeonatos inter-classes aos sábados, se os professores de
educação física se dispuserem a comparecer, entre outras que poderão ser
sugeridas durante o planejamento.
Como
pode-se observar, uma série de metas estão delineadas na exposição acima. Cada
escola terá suas peculiaridades e as metas a serem estabelecidas a partir da
Projeto Pedagógico, deverão estar em consonância com suas características.
Devem-se estabelecer metas factíveis de serem alcançadas pela escola e pelos
professores, individualmente, em suas disciplinas e que não deverão ser muitas.
METAS A SEREM ALCANÇADAS DO PONTO DE VISTA FORMATIVO
1. Introjeção dos
conceitos de cidadania, solidariedade, companheirismo e afins
O conceito de
cidadania a ser incorporado pelos alunos será trabalhado, inicialmente,
mediante a valorização da imagem do professor - ser humano pleno de defeitos e
virtudes. Mas isso não vem ao caso quando se trata de educar. O professor deve
ter a imagem de educador. Evidentemente, não terá a imagem de educador aquele
que:
a) não respeita seus alunos como seres em formação, sujeitos, pois, a uma série
de atitudes contraditórias, quase sempre interpretadas à luz de velhos
preconceitos;
b) falta, excessivamente, às aulas, levando os alunos a uma falsa imagem do coletivo
docente. Inassiduidade, que provoca a ociosidade dos alunos ao longo do ano
letivo. A freqüência irregular do professor gera problemas de toda ordem na
escola, desde a descontinuidade do processo pedagógico a distorções do conceito
de cidadania, ou seja, a negação do direito de o aluno receber um ensino de
qualidade. Gera o desprestígio da escola junto à comunidade e à idéia de que as
aulas não têm qualquer importância. Muitos professores poderão alegar que não
faltam por vontade própria, mas por motivos plenamente justificados. Nesse
caso, o coletivo deverá formular propostas, que possam minimizar, ou mesmo
superar, o problema da inassiduidade, de tal maneira que não haja prejuízo aos
alunos;
c) não valoriza o trabalho do aluno, preferindo o silêncio ou a recriminação
face aos tropeços deste ou daquele discente. Os alunos precisam de incentivo e
estímulo. O elogio do professor gera entusiasmo e segurança entre eles. Toda e
qualquer realização do aluno deve ser elogiada. A recriminação às realizações do
discente deve ser banida da sala de aula, pois gera insegurança e desânimo
entre os menos dotados.
2. Respeito pelo
patrimônio público
Pichações em
carteiras e paredes do estabelecimento, vandalismo em banheiros com destruição
de torneiras portas e fechaduras, tão comuns nas escolas de hoje, etc, merecem
o estabelecimento de metas para solucionar ou, pelo menos, minimizar o
problema.
METAS
A SEREM ALCANÇADAS DO PONTO DE VISTA INFORMATIVO
Do ponto de vista
informativo:
¨ cada professor, em sua disciplina, estabelecerá metas a serem alcançadas com
os conteúdos "significativos" que vai ministrar. Considere-se que,
fundamentalmente, o aluno deve ser levado a "aprender a apreender" ou
seja deve ser levado a incorporar "habilidades". A meta ligada à
incorporação de habilidades pelos alunos deve ser inegociável, posto que,
constitui o principal fundamento da aprendizagem:
¨ desenvolver habilidades em Língua Portuguesa significará dotar o aluno da
capacidade de se exprimir por escrito e oralmente com correção, interpretar
textos, etc; o que o habilitará ao bom desempenho em outras disciplinas. Mas,
para a consecução dessa meta, será necessária uma série de ações às quais o
professor de Língua Portuguesa deverá por em prática: programas de leitura,
redações com auto-avaliação do aluno a partir de um texto escolhido
aleatoriamente entre os alunos, que o professor irá discutindo com a classe
eventuais falhas apresentadas naquela redação, estímulo à escrita com
sistemáticos concursos literários, a elaboração do jornal da classe ou da
escola entre outras ações criadas pelo professor para fazer com que o aluno
exercite a Língua Pátria. Essas ações deverão ser avaliadas, sistematicamente,
para que o professor perceba os progressos alcançados pelos alunos;
¨ desenvolver habilidades em Geografia e História significará dotar o aluno do
espírito crítico e compreensão da realidade que o cerca e isso se conseguirá a
partir de debates de temas sociais, econômicos políticos e culturais,
vinculados aos conteúdos, extrapolando-os para os grandes problemas nacionais e
internacionais do momento dos quais o discente tem algum conhecimento pelas
informações obtidas nos meios de comunicação;
¨ desenvolver habilidades em Educação Artística significará levar o aluno a
compreender e sensibilizar-se com manifestações vinculadas à música (popular e
erudita) e que será incutida por constantes audições, apreciação das artes
plásticas (pintura, escultura e arquitetura) nas quais o professor deverá
revelar ao aluno as características dessas obras (nesse aspecto, a TV Cultura
oferece vídeos sobre História da Arte, a preços módicos, que podem ser
adquiridos com verbas da APM e do Estado. São programas bastante acessíveis aos
alunos do Ciclo II e Ensino Médio).
O mesmo procedimento será levado a efeito, em nível de habilidades, nas demais
disciplinas.
Dentre as metas essenciais a serem estabelecidas pelo coletivo, será relevante
a que se refere à aula com começo, meio e fim, para se obter uma aprendizagem
concreta dos conceitos básicos dos conteúdos, por meio de estratégias
motivadoras, que levem o aluno a se interessar pelo que está sendo ministrado.
Explicar ao aluno o sentido e a importância desses conteúdos (inserido tanto
quanto possível na realidade e vivências do discente), será fundamental. A não-interiorização
dos conceitos básicos, por todos os alunos, implicará na recuperação contínua
envolvendo o reforço na própria aula, o que garantirá a aprendizagem e a
eliminação de lacunas, assim como a recuperação paralela, realizada em período
diverso das aulas.
A
AVALIAÇÃO DO PROJETO
O Projeto
Pedagógico deve ser avaliado permanentemente e, dentro da realidade de nossas
escolas, esses momentos deverão se concretizar nas HTPCs. Assim as HTPCs
deverão estar, em grande parte, voltadas para o acompanhamento daquilo que o
coletivo se propôs a realizar, acompanhamento esse, que suscitará, em muitos
momentos, a necessidade de capacitação, à medida em que determinados docentes
apresentem dificuldades em realizar as ações que planejaram, até mesmo, por não
dominar com segurança certos conteúdos, metodologias motivadoras, formas de
relacionamento adequadas às classes. Nesses momentos é que se colocará à prova
o trabalho coletivo consubstanciado na troca de experiências, no interesse em
discutir, com franqueza e honestidade, as dificuldades a serem superadas por
este ou aquele docente com o auxílio de todos, etc. Assim, verificar, passo a
passo, se os objetivos a que todos se propuseram, estão sendo alcançados,
garantirá o sucesso do Projeto Pedagógico.
Projeto Pedagógico e Plano da Escola
Das linhas gerais
estabelecidas pelo Projeto Pedagógico e das Metas a serem alcançadas surgirá o
Plano de Escola, no qual estarão inseridos o Plano de Curso (conjunto de ações
que a escola irá realizar) e o Plano de Ensino, no qual os professores das
diversas áreas relacionarão os conteúdos e metas estabelecidas para cada
disciplina. Tudo isso deverá ser registrado. Esse registro esclarecerá o ponto
de partida e o de chegada sobre o que escola quer alcançar (em seu todo e em
cada disciplina), as ações a serem desenvolvidas, a duração prevista para cada
uma delas, o acompanhamento e avaliação dessas ações e seu replanejamento, se
os objetivos não forem alcançados.
RESUMINDO
O Plano da Escola
deve assegurar educação de qualidade para os membros da comunidade.
1- O Plano da
Escola é:
¨ produto final do processo dinâmico que é o Planejamento.
¨ o instrumento essencial da gestão da escola, cujo objetivo é melhorar a
qualidade de ensino e da aprendizagem por meio do gerenciamento eficaz da
inovação e mudança:
¨ Como está a escola no momento?
¨ Que mudanças precisamos fazer?
¨ Como devemos gerenciar essas mudanças ao longo do tempo?
2- O Plano da
Escola compreende a política nacional de educação, as diretrizes da política
estadual, as aspirações da comunidade, os objetivos e valores da escola e seus
resultados atuais.
3- O Plano da
Escola é elaborado a partir da definição de prioridades, que serão selecionadas
e planejadas em detalhe, para o período de um ou mais anos, e consolidadas
através de planos de ação.
4-
O Plano da Escola reflete pois uma visão do futuro da escola.
O
QUE É PLANO DE ESCOLA?
O planejamento é
um processo anterior ao plano. Plano é o registro do planejamento, fruto de
discussão e trabalho coletivo e objetiva promover o desenvolvimento do aluno na
conquista da cidadania, traçando as diretrizes que assegurem a articulação da
Escola com as necessidades sociais.
O Plano da Escola é um recurso para colocar em prática os objetivos da educação
nacional, adequando-os às situações regionais e locais e às necessidades
específicas de cada escola; um conjunto de objetivos concretos e realistas; um
plano preciso de ações coerentes, articuladas entre si, definidas a partir de
objetivos cujos resultados podem ser avaliados; um programa plurianual,
contendo um cronograma com períodos estabelecidos para cada fase; um conjunto
de atividades propostas pela comunidade escolar, com vistas a garantir maior
eficiência escolar.
O Plano da Escola permite uma abordagem abrangente e integrada de todos os
aspectos da atividade escolar, compreendendo currículo e avaliação, capacitação
de professores, administração e organização da escola, verbas e recursos.
O Plano da Escola capta a visão da escola a longo prazo A partir dela, será
possível estabelecer metas viáveis de curto prazo.
OBJETIVOS
DO PLANO DE ESCOLA
O objetivo
principal do Plano da Escola é explicitar os ideais de uma comunidade em
relação a sua escola. O Plano delineia uma visão, isto é, pretende transformar
um sonho em realidade por meio de um conjunto de ações. Essa visão deve ser
definida em termos de metas. Essas metas traduzem objetivos de melhoria nos
seguinte aspectos:
¨ processo ensino aprendizagem;
¨ processo de organização do atendimento escolar;
¨ gestão administrativa: pessoal, instalações físicas da escola; patrimônio;
apoio ao aluno;
¨ gestão financeira.
ETAPAS
DO PLANO DE GESTÃO DE ESCOLA
¨
Diagnóstico.
¨ Definição das metas e estabelecimento de prioridades.
¨ Implementação de ações destinadas ao alcance das metas.
¨ Avaliação do Plano.
Melhoria da qualidade de ensino
SOLUÇÃO DOS PROBLEMAS DE DEFASAGENS NA APRENDIZAGEM APRESENTADAS PELOS ALUNOS
Ações:
1. diagnóstico em
todas as classes e disciplinas, nos primeiros dias de aula, mormente as de 5ª
séries cujos alunos ingressaram na escola;
2. recuperação paralela;
3. recuperação intensiva, após as avaliações bimestrais com alunos, que ainda
apresentem problemas de aprendizagem ao final do bimestre;
4. introdução da avaliação diagnóstica, na qual as provas, quando aplicadas, se
transformem em material de análise com a classe, com vistas à valorização do
erro, enquanto momento de correção e aprendizagem, conforme estudo do texto
Avaliação e Aprendizagem retirado da publicação Raízes e Asas durante o
planejamento;
5. valorização das realizações do alunado com o objetivo de elevar-lhes a
auto-estima e a eliminação da recriminação quando o aluno malogra nas
avaliações;
6. aulas dialogadas, que permitam a efetiva e organizada participação nas
atividades de sala de aula;
7. trabalho em grupo, no qual os alunos possam desenvolver um trabalho de
descoberta e enfatize-se o espirito de companheirismo e solidariedade, com a
participação de todos;
8. introdução de alunos monitores, que possam auxiliar o professor na
orientação dos que apresentam dificuldades na aprendizagem de determinados
conteúdos;
9. desenvolvimento de habilidades, ou seja, capacidade de os alunos
transferirem conhecimentos para situações novas.
Etapas:
1.
Estabelecimento da Recuperação Paralela o mais rápido possível, a fim de que se
possa trabalhar as defasagens apresentadas nos diagnósticos dos professores, o
mais tardar em março.
2. Recuperação intensiva ao fim de cada bimestre em aulas normais.
3. Preparo de aulas nas quais o professor crie estratégias motivadoras tanto
quanto for possível para evitar o tédio dos alunos.
4. Utilização sistemática do laboratório nas escolas que o possui.
5. Utilização do Laboratório de Informática nas escolas que o possui.
Recursos:
¨ Laboratório com
os compostos físico-químicos necessários à elaboração de experiências.
¨ Laboratório de Informática, softwares existentes na sala de informática para
os professores, que saibam operar os computadores; Coleção de Vídeos existente
na Biblioteca da escola; Biblioteca da Escola; Livros adquiridos com verba do
MEC em outubro de 2.001, segundo a solicitação dos professores; demais
materiais didáticos e de laboratório a serem adquiridos com verbas do Estado e
da APM.
Avaliação:
Segundo
o estabelecido pela escola e contido em seu Regimento. A avaliação dos alunos é
tarefa das unidades, cabendo ao SARESP avaliar externamente, oferecendo novos
elementos para a melhoria da qualidade de ensino.
Legalmente, o SARESP não tem como finalidade promover ou reter alunos.