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Texto: Renata de Freitas Martins
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RAIZ DAS ANGIOSPERMAS
As angiospermas são plantas mais evoluídas e complexas que vivem atualmente na Terra. Estes vegetais produzem raízes, caules e folhas, órgãos da vida vegetativa. Na época da reprodução produzem flores, frutos e sementes.
Raiz
- Função: a raiz é capaz de promover: a fixação do vegetal ao substrato; a absorção de água e sais minerais; a condução do material absorvido; o acúmulo de diversos tipos de substâncias de reserva.
- Origem: a raiz originada diretamente da radícula embrionária chama-se normal e a raiz que se origina a partir de células parenquimáticas do caule ou da folha é denominada adventícia.
- Morfologia externa: quando se observa externamente uma raiz podemos verificar: coifa, região lisa, região polífera, região de ramificação e colo.
- Anatomia da raiz: a raiz pode ser dividida em três regiões: epiderme, casca ou córtex e cilindro central ou cilindro vascular.
Tipos de raiz
- Subterrâneas ou terrestres
a) Raiz axial ou pivotante: esta raiz apresenta um eixo principal que penetra perpendicularmente no solo e emite raízes laterais secundárias em direção oblíqua. É encontrada entre as dicotiledôneas (feijão) e gimnospermas (pinheiros);
b) Raiz fasciculada: nesta raiz não há eixo principal; todas as raízes crescem igualmente. Algumas ficam na superfície, aproveitando a água das chuvas passageiras. É característica das monocotiledôneas (milho, capim);
c) Raiz tuberosa: é uma raiz muito espessa, devido ao acúmulo de substâncias de reserva. A raiz tuberosa é axial quando a reserva é acumulada somente no eixo principal (cenoura, nabo, rabanete) e fasciculada quando a reserva também fica acumulada nas raízes secundárias (mandioca, dália etc.).
- Aéreas
a) Raízes suporte: são raízes que partem do caule e atingem o solo. A sua principal função é aumentar a fixação do vegetal. Aparecem no milho, plantas de mangue, figueiras etc;
b) Raízes cintura: encontradas em plantas epífitas (orquídeas), crescem enroladas em um suporte, geralmente caules de árvores, Apresentam velame que é uma epiderme pluriestratificada, com células mortas que funcionam como uma verdadeira esponja, absorvendo a água que escorre pelos caules;
c) Raízes estrangulantes: são raízes resistentes, densamente ramificadas, que se enrolam em troncos de árvores, os quais lhes servem de suporte. Estas raízes crescem em espessura e acabam determinando a morte da planta de apoio por estrangulamento (impedem o cerscimento e a circulação da seiva elaborada). Ex.: cipós, mata-paus;
d) Raízes tubulares: são raízes achatadas, geralmente encontradas em árvores de florestas densas. Desenvolvem-se horizontalmente à superfície do solo e são bastante achatadas. Além de fixação, estas raízes também são respiratórias. Ex.: figueiras;
e) Raízes respiratórias ou pneumatóforos: aparecem em plantas que habitam lugares pantanosos, onde o oxigênio é consumido pela grande atividade microbiana, como ocorre no mangue. Na Avicena tomentosa (planta de mangue), estas raízes apresentam geotropismo negativo, crescendo para fora do solo. Os pneumatóforos apresentam poros denominados pneumatódios, que permitem a troca gasosa entre a planta e o meio ambiente;
f) Raízes grampiformes: são as raízes curtas, que se aderem intimamente ao substrato. Ex.: hera;
g) Raízes sugadoras ou haustórios: são raízes modificadas de plantas parasitas. Estas raízes penetram no caule de uma outra planta e podem estabelecer um contato com o xilema (lenho), de onde sugam a seiva bruta. Neste caso, a planta é chamada semiparasita. Ex.: erva-de-passarinho. Em outros casos, o haustório atinge o floema e passa a retirar a seiva elaborada. A planta, então, é chamada holoparasita. Ex.: cipó-chumbo.