01/12/04

HOJE É O DIA MUNDIAL DE COMBATE A AIDS

Metanol deixa 1 milhão sem água em Campinas
Quase 1 milhão de moradores de Campinas, ou 95% da população, ficaram sem água ontem por causa do vazamento de cerca de 20 mil litros de metanol no Rio Atibaia, em Itatiba, que interrompeu a captação de água e provocou o desabastecimento. Valinhos também interrompeu a captação do Atibaia, que atende 50% da cidade, mas não houve suspensão no abastecimento. Uma colisão entre dois caminhões e dois carros por volta das 18h30 de anteontem no km 108 da rodovia D. Pedro I, em Itatiba (84 km de SP), fez com que parte da carga de 35 mil litros de álcool caísse no rio. Sumaré, Paulínia e Hortolândia, que também captam água do Atibaia, acompanhavam o monitoramento da Cetesb para decidir que medidas adotar. O acidente ocorreu muito perto do ponto de captação de água em Campinas, o que obrigou a interrupção da captação, retomada no início da tarde de ontem.

1º Fórum Hidrogesp discute sobre a água
A indústria brasileira consome hoje mais de 300 tipos diferentes de água, de acordo com as empresas privadas de gestão de recursos hídricos. Este mercado de adequação da água não para de crescer e movimenta por ano cerca de R$ 150 milhões. Os próprios empresários acreditam que existe potencial para atingir R$ 600 milhões por ano em investimentos. Para isso, as empresas especializadas estão investindo cada vez mais em novas tecnologias de reaproveitamento da água. Este é um dos aspectos que será discutido no 1° Fórum Hidrogesp - Revolução no uso e consumo da água, no dia 1° de dezembro, no Centro Britânico, em São Paulo.

Projeto sobre o Velho Chico vai à Justiça
O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), José Carlos Carvalho, solicitou à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que deixe para o Senado a decisão sobre a transposição das águas do Velho Chico. Hoje, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), do qual Marina é presidente, vai decidir se acolhe ou não a proposta do Ministério da Integração Nacional de permitir a transposição das águas.

Nestlé fecha fonte de água Purê Life
A Nestlé foi obrigada a fechar uma unidade de envasilhamento de água mineral no Brasil por alterar a composição da matéria-prima, um procedimento declarado ilegal pelas autoridades, informou ontem a imprensa suíça. A multinacional tinha uma concessão para explorar as fontes do Parque de São Lourenço (MG). Mas devido ao alto teor de ferro, a água "não era apta para o consumo", informou a empresa ao jornal Le Temps, ao destacar que a Nestlé, por esse motivo, retirava o mineral do produto e acrescentava sais minerais antes do envasilhamento. O Departamento de Produção Mineral do Brasil declarou o procedimento ilegal e impediu a companhia de comercializar a marca Pure Life, dona de 20% do mercado do País. A empresa alega que seu procedimento se baseava em um "tratamento artificial", autorizado pela legislação com a condição de que o rótulo especificasse que a água era "purificada com sais acrescentados". A notícia afetou o desempenho das ações da Nestlé na Bolsa de Zurique, que encerraram o dia em queda de 1,16%.

Governo discutirá obras de Angra 3
O Governo irá examinar neste mês a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3. Segundo a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, esse é um dos assuntos que fará parte da reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que deverá ocorrer em dezembro. Angra 3 faz parte do programa nuclear Brasil-Alemanha, da década de 70, e já tem a maior parte de seus equipamentos comprados, que estão estocados no complexo nuclear de Angra dos Reis. A ministra explicou que a energia nuclear tem características próprias e havia uma lacuna na legislação brasileira referente ao critério de ajuste das suas tarifas, que passará a ser feito em bases anuais, como as demais empresas do setor elétrico.