04/02/05
O São Francisco do PT
A transposição do Rio São Francisco não precisa de
adversários. Tudo o que se pode dizer contra ele está dito em 14
páginas de papel reciclado, coroadas com uma
estrela vermelha do PT em cada página. O processo é cheio de
obstáculos. Começa com a licença prévia, que autoriza o projeto.
Passa pela licença de instalação, que permite a obra. E só
acaba com a licença de operação, que
verifica se as condições anteriores foram
cumpridas ao pé da letra, antes de autorizar a
inauguração. Pular uma etapa e cair na outra é confusão na certa,
avisou o PT. Só esqueceram de avisar o presidente Lula.
Governo deve criar marco regulatório para o álcool
O Governo Federal vai criar um marco regulatório para
tentar acabar com as bruscas variações de preço do
álcool e evitar o desabastecimento do combustível. Em 2004, a variação
entre o menor e o maior preço pago pelas distribuidoras nas
usinas foi de 165%, diferença repassada
para o consumidor nos postos. O marco regulatório prevê
a criação de títulos negociáveis de volumes de álcool, a serem
adquiridos por agentes privados e públicos. Os
títulos seriam emitidos pelos produtores, que tomariam recursos de
financiamento na safra e estocariam o combustível nas usinas.
"O mecanismo traria estabilidade ao
mercado. Quem vai ganhar é o
consumidor", disse Luiz Carlos Corrêa
Carvalho, presidente da Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool do
Ministério da Agricultura.
Impasse sobre o São Francisco passa por investimentos
A discussão em torno da transposição das águas do rio São Francisco
não é uma questão ambiental e sim de investimentos. A disputa por investimentos
está na garantia que os chamados Estados doadores como a Bahia, Alagoas
e Sergipe, querem para continuar
expandindo suas fronteiras agrícolas, industriais e sociais. Esta foi a conclusão da mesa redonda
sobre o tema que fez parte das Discussões
da 10ª Reunião Regional da Sociedade Brasileira
para o Progresso da Ciência (SBPC),
encerrada ontem, no Recife.
Manifestantes contra a transposição do rio São Francisco
Cerca de 200 manifestantes liderados pela Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) e contrários à
transposição do rio São Francisco impediram
anteontem, em Maceió, a realização da última audiência
proposta pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para
discutir o projeto. O governo anunciou que deve começar as obras de
transposição em abril.
Saneamento e reforma sindical chegam ao Congresso
As duas novidades esperadas para este ano, no Congresso, são o
projeto de definição da política de saneamento - marco regulatório
que vai definir um dos maiores potenciais de investimento na área
de infra-estrutura – e o projeto da reforma sindical. Com
altíssimo teor polêmico em função da complexidade das
relações entre os municípios e Estados que detêm as bacias
hidrográficas, a política de saneamento será fundamental para dar
clareza sobre a segurança dos investimentos e dos
parceiros públicos neles envolvidos. Ainda não
está definida a data em que a proposta de política de
saneamento será enviada ao Legislativo, mas a previsão é de que
isso ocorra no início deste ano. Já o projeto da reforma
sindical deverá chegar ao Congresso em
março, segundo o ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini.
O texto a ser enviado deve abordar, de acordo com o ministro,
os princípios gerais da política sindical, como democratização,
transparência e negociação coletiva.
Governo deve privatizar mais estradas
O Governo começará a licitar em março oito mil
quilômetros de estradas federais, que passarão a
operar sob regime de pedágio. Este é um dos poucos processos de
desestatização a ser executado no governo Luiz Inácio Lula da
Silva. A primeira fase mobilizará 300 empresas,
nacionais e estrangeiras, e deflagrará
investimentos de R$ 10 bilhões, segundo os cálculos do
Ministério dos Transportes. A meta do governo é assinar os
contratos em julho. "As empresas
espanholas vão dar trabalho às
brasileiras", disse o diretor de Outorgas do Ministério dos
Transportes, Fábio Duarte. Os oito lotes que serão licitados neste
semestre incluem o chamado Corredor do Mercosul,
do qual faz parte a Rodovia Régis
Bittencourt, onde uma ponte caiu no última dia 25.
Chuva deixa 949 desabrigados em Unaí
O temporal que atingiu a região noroeste de
Minas Gerais, na noite de terça-feira e durante a manhã de
quarta-feira, pode levar o prefeito de Unaí, Antério Mânica (PSDB), a
decretar hoje estado de calamidade pública no município.
Conforme levantamento da Coordenadoria Estadual da Defesa
Civil (Cedec-MG) e do Corpo
de Bombeiros, 949 pessoas ficaram
desabrigadas e cerca de 3 mil desalojadas. Trinta e seis pessoas ficaram
feridas, sete em estado grave. A força das águas
destruiu 40 casas e cerca de 700m residências ficaram
danificadas. O prefeito disse também que a enchente comprometeu a estação
de tratamento de água da cidade. Com a rápida elevação no leito do Rio
Pe]reto e do córrego Cana Brava mais de 400 residências
e instalações comerciais foram inundadas. As
águas atingiram principalmente os bairros
Cachoeira, Chácara Rio Preto, Politécnica, Itapoá,
Jardim Cana Brava e Jacilândia