05/10/04

HOJE É O DIA MUNDIAL DOS ANIMAIS E O DIA INTERNACIONAL DAS AVES

Produtor de algodão pede liberação de transgênicos
Os produtores de algodão voltaram a solicitar liberação de produtos transgênicos. O vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), João Carlos Jacobsen Rodrigues, informou que o governo federal precisa "acabar com a brincadeira e liberar de uma vez o plantio de produtos transgênicos". Em sua opinião, existe uma lei específica vigente no País, a 8.974/95, que garante e dá legitimidade para o plantio de Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) no País. Para Rodrigues, o fato de a Justiça ter determinado que a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) tem competência para avaliar a questão dos transgênicos, não há motivo para sustentar uma liminar em favor do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), que não quer o plantio de produtos transgênicos.

Produtos transgênicos na Pendência judicial
O assunto continua pendente na Justiça e o governo federal vem estudando a edição de uma Medida Provisória (MP) que legalizasse na prática o plantio de produtos transgênicos. Nos últimos anos, os produtores gaúchos aumentaram de maneira expressiva o cultivo de soja Roundup Ready, da Monsanto. Nos últimos dois anos, o plantio e a comercialização do produto foi amparado por meio de Medidas Provisórias. Mas Rodrigues informa que não haveria a necessidade na medida em que a Lei de Biossegurança na prática estaria em vigência. "Queremos aumentar a produção agrícola e as divisas para o Brasil. Para tal contamos com a liberação dos OGMs", diz.

Enfil assina contrato com a CST
A Enfil, fabricante de equipamentos para controle ambiental, assinou um contrato de R$57 milhões com a CST para o fornecimento de sistemas de tratamento de água e ar.

Excesso de carne na dieta abreviou vida
Tamanho não só não é documento, diz o chavão, mas pode levar à extinção da espécie. O que pode ser bom para um indivíduo nem sempre facilita a sobrevivência do grupo, segundo estudo detalhado com fósseis de extintos parentes dos cães e lobos de hoje. Os pesquisadores descobriram que chega um ponto em que o tamanho do predador acaba sendo prejudicial, quanto maior, mais comida é necessária. E nem sempre é possível obtê-la na quantidade de que se precisa. O estudo foi feito com fósseis de carnívoros norte-americanos pelo grupo de Blaire van Valkenburgh, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, e saiu na revista "Science". Segundo os autores, é comum notar a substituição de grandes carnívoros por outros ao longo da história da vida. Analisando restos de duas subfamílias extintas de canídeos, o grupo notou que os "hipercarnívoros" (que só comiam carne e, de preferência, de grandes presas) perderam em longevidade para os "mesocarnívoros", que comiam pequenas presas e vegetais, e para os "hipocarnívoros". "Nenhum dos hipercarnívoros persistiu por mais de seis milhões de anos, enquanto que algumas das espécies mais onívoras duraram até onze milhões", dizem os autores. Segundo eles, predadores menores e mais rápidos conseguem variar a dieta. Mas, passado um certo tamanho, o carnívoro gasta mais energia caçando do que poderia ganhar com o consumo de pequenas presas.

Estradas ilegais na Amazônia
Experimente abrir um atlas rodoviário na página do Pará. Com paciência, encontre Novo Progresso, um dos primeiros municípios ao norte de Mato Grosso na Rodovia Cuiabá-Santarém, a BR-163. Pois é desse ponto que parte uma estrada de 120 quilômetros. Ela não está no mapa. Nem outras duas menores que se ramificam a partir dessa cidade. Mas as três existem. Ao longo da BR-163, esse tipo de caminho não pára de surgir por ação de madeireiros. As estradas ilegais já somam quase 21 mil quilômetros. A BR-163 poderia ser comparada à aorta, a maior artéria do corpo humano. Essas rodovias não-oficiais seriam as artérias menores. Na última década, elas têm sido criadas pelos madeireiros como forma de invadir a floresta, explorá-la ilegalmente e conseguir escoar o produto rapidamente. A partir de imagens de satélite, a ONG Imazon detectou que esse fenômeno já atingiu um nível alarmante. Em 1991, as estradas endógenas somavam 5.042 quilômetros. Quatro anos depois, eram 8.679 quilômetros. Em 2001, passaram a 20.796 quilômetros. Esse crescimento acelerado tem explicações, segundo o pesquisador do Imazon Adalberto Veríssimo. Nos anos 80 e até meados dos 90, elas foram abertas por madeireiros ávidos pelo mogno, o "ouro verde". E uma coisa ruim leva a outra ainda pior. A abertura de estradas ilegais tem estimulado a exploração predatória de madeira, os conflitos agrários, a invasão de áreas florestais ou indígenas e as queimadas.

Instalação de equipamentos na Cetesb beneficia o meio ambiente
Cubatão passou a utilizar, desde a semana passada, um sistema de tecnologia de sensoriamento remoto pioneiro na América Latina. Implantou um controle ambiental que mantém a Cetesb entre as principais agências fiscalizadoras desse setor no mundo, com a inauguração de uma Central de Monitoramento on-line ed de uma nova Estação Telemétrica de Monitoramento do Ar no Vale do Mogi. Os dois novos equipamentos, oficialmente inaugurados na última terça-feira, irão proporcionar condições para melhorar as ações de controle da qualidade ambiental no pólo petroquímico de Cubatão.

Cosipa instala estação de medição ambiental
A Estação Telemétrica, cedida pela Cosipa em parceria com o Ministério Público e a Cetesb, irá possibilitar a medição das condições do ar da região do Jardim São Marcos. Foi montada dentro do atendimento ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Conforme informações do presidente da Cetesb Rubens Lara, a estação irá permitir aos técnicos da Cetesb a obtenção de informações mais abrangentes sobre a qualidade do ar em Cubatão.

Bioremédio desenvolvido pela USP
A cada ano surgem várias novas técnicas destinadas a despoluir terrenos contaminados com substâncias tóxicas. Porém, poucas são as alternativas destinadas a terrenos localizados ao longo de estradas pelas quais trafegam caminhões com produtos químicos, como é o caso das vias Anchieta e Imigrantes. Esse problema, pelo menos no tocante à substâncias como plastificantes, já tem uma alternativa. Pesquisadores da USP modificaram bactérias presentes no esgoto doméstico capazes de degradar solos contaminados por esses agentes tóxicos. Esse "bioremédio" acaba de ser desenvolvido nos laboratórios do Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária e de Mecânica dos Solos da Escola Politécnica (Poli) da USP. A nova metodologia poderá ser aplicada em casos de vazamentos do produto, que acontece freqüentemente durante o seu transporte. (jornal A Tribuna – Ciência & Meio Ambiente).

País registra 15% a mais de queimadas em 2004
As queimadas no País cresceram pelo menos 15% até setembro, em relação ao mesmo período do ano passado. Até ontem foram registrados 150 mil focos de incêndios. O número é alto, mas não é exato. A situação pode ser ainda mais grave, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espacias (Inpe). E não podem ser considerados precisos porque foram captados apenas nos finais de tarde. O número de queimadas cresce todos os anos. Em 2002, foram cerca de 140 mil nos primeiros nove meses do ano. No ano passado, foram 147 mil, o que corresponde a 63% das ocorrências no mesmo período. E apesar dos 150 mil focos registrados em um único horário pelo satélite, a previsão para os próximos meses não é boa. Entre os Estados brasileiros que mais registraram queimadas, o campeão é Mato Grosso. Até setembro, o Estado concentrou 43% dos focos. E a situação foi a mesma nos anos anteriores. Mato Grosso tem mantido o primeiro lugar, seguido do Pará, que neste ano concentra 16% das queimadas. Os outros Estados mais atingidos são Roraima (8%), Tocantins (8%), Maranhão (5%) e Bahia (4%). Na Amazônia Legal, os dados assustam: 118 mil focos detectados até setembro deste ano, o que significa cerca de 80% dos casos do País.

Empresário promete preservar manguezais
O empresário italiano Luca Picchio negou que a construção de um empreendimento turístico de hotelaria na Praia da Sereia, Litoral Norte de Maceió, o Ilha da Sereia, possa causar agressões ao meio ambiente. De acordo com ele, todos os trâmites legais, exigidos por lei, estão previstos no projeto que aguarda parecer final do setor jurídico do Instituto do Meio Ambiente (IMA) para que seja aprovado. Ele afirmou ainda que o empreendimento, que terá um valor total estimado em R$10 milhões, está sendo pleiteado pelos estados da Bahia e do Rio Grande do Norte. Luca Picchio afirmou que todo o projeto de construção do estabelecimento de hotelaria foi elaborado por engenheiros ambientais com a finalidade de integrar o empreendimento à natureza.

H2R Veloz e limpo
A montadora alemã BMW acaba de mostrar ao mundo um daqueles protótipos que instigam a imaginação dos motoristas e, ao mesmo tempo, anunciam um passo à frente na tecnologia automobilística. O H2R foi apresentado ao público há duas semanas, na França, após anos de pesquisa. O modelo é movido a um tipo de hidrogênio semelhante ao usado na propulsão dos foguetes espaciais, e que não polui o ar. Sua carroceria é de fibra de carbono e a estrutura, de alumínio, o que reduz o peso do veículo. No dia da exibição, o H2R bateu nove recordes mundiais de desempenho entre os carros movidos a hidrogênio. Atingiu 100 quilômetros por hora em menos de seis segundos e depois chegou a 302,4 quilômetros por hora, emitindo apenas vapor d'água pelo escapamento. A BMW vai usar a tecnologia para criar uma nova versão de seu modelo mais caro, o sedã de luxo Série 7, que custa hoje meio milhão de reais. O objetivo é desenvolver um carro híbrido, capaz de rodar com gasolina ou hidrogênio e, assim, tornar-se menos poluente.

Tesouro vivo
Reza a lenda que Curupira, uma estranha criatura que habita as matas brasileiras e possui os pés virados para trás, é implacável com quem maltrata os animais. Sem dó, ele literalmente vira do avesso quem perturba a natureza. No que depender do empenho e da iniciativa de pesquisadores e ambientalistas, espera-se que daqui para a frente, o pitoresco defensor das florestas tenha menos trabalho. Poucos lugares no planeta reúnem tão grande número de espécies exclusivas de plantas e animais quanto a Mata Atlântica . Um dos primeiros a escrever sobre a região foi o Padre José de Anchieta. Agora, para mobilizar e sensibilizar os brasileiros para a conservação da mata, acaba de sair dois livros sobre a floresta que já ocupou uma área de 1,3 milhão de Km˛. O livro Animais da Mata Atlântica mostra quem são e como vivem os animais que habitam o bioma declarado Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). O difícil foi selecionar o elenco a retratar, já que ali vivem cerca de 1.800 espécies só de vertebrados terrestres.

Palestra sobre Qualidade de Vida
No próximo domingo, das 16 às 18 horas, será realizada uma palestra teórica e prática sobre Qualidade de Vida para o público em geral, paralelamente ao V Congresso Paulista de Clínica Médica, no Mendes Convention Center, que fica na Av. Francisco Glicério, 200, Santos. As vagas são limitadas. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas até quinta-feira, no endereço eletrônico:
www.clinicamedicaonline.com.br.
Horário de verão começa em novembro
O Ministério de Minas e Energia informou ontem que o horário de verão terá início à zero hora de 02 de novembro e terminará à zero hora de 20 de fevereiro. A duração será de 110 dias entre 2004 e 2005, 9 dias a menos que no período de 2003 a 2004.