Pelos próximos dez anos, a Grande São Paulo poderá continuar a consumir os 31 mil litros de água por segundo que retira hoje do sistema Cantareira. A garantia que o volume não muda evitará que a Sabesp tenha de adiantar os investimentos em busca de novas fontes de água, o que a empresa só prevê fazer de médio a longo prazo, a um custo de 2,2 bilhões. Cidades da Grande Campinas, também servidas pelo sistema, terão garantido o consumo de 5.000 litros por segundo até 2014, o que antes não existia. As decisões constam do novo termo de outorga do Cantareira, que será assinado hoje pela NA e pelo DAEE, a quem caberá gerir o sistema.

Caso o governo Federal aprove a nova Lei da Política Nacional de Saneamento Ambiental (PNSA), poderão ocorrer um desmonte de um setor que movimenta cerca de R$ 15 bilhões por ano e gera 100 mil empregos diretos, sem criar um novo modelo capaz de substitui-lo. Diversos especialistas e lideranças de 16 estados da Federação elaboraram 345 sugestões para o anteprojeto de lei, que pretendem entre outras coisas, garantir os benefícios conquistados pelos trabalhadores do setor ao longo desses anos. Hoje, em Lins, interior de São Paulo, essas propostas serão discutidas, reunindo todos os representantes do setor fora dos grandes centros.

A Eternit, fabricante de telhas e caixas de amianto, desistiu de aderir ao Novo Mercado, o segmento da Bolsa de Valores de São Paulo que impõe maiores exigências em termos de transparência e de respeito aos minoritários. A companhia resolveu listar suas ações no Nível 2. Este segmento tem as mesmas exigências, mas permite à empresa ter ações preferenciais em circulação. A razão da mudança foi a dificuldade de concluir o processo, iniciado em junho, de conversão das ações preferenciais em ordinárias. De um total de 1,9 milhão de ações PN, foram convertidas 1,4 milhão.