07/12/04

HOJE É DIA DO PAU-BRASIL E DIA INTERNACIONAL DA AVIAÇÃO CIVIL

Óleo diminui no litoral paranaense
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente, através do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), avaliou como "aceitável e normal" o nível de óleo, graxas e hidrocarboneto encontrado na água em oito pontos do litoral do Paraná, que se encontram fora da baía de Paranaguá. Foram avaliadas as praias de Pontal do Sul, Shangrilá, Ipanema, Praia de Leste, Matinhos, Caiobá, Ponta da Pita e Ilha do Mel (Encantadas). Os resultados das análises de monitoramento foram divulgados na última sexta-feira.

180 países discutem futuro do clima
Buenos Aires será a partir de hoje o cenário em que representantes de mais de 180 países debaterão o futuro do clima do planeta, focalizando principalmente o aumento da temperatura global. Com a 10ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-10, começam os debates sobre a adaptação às novas tecnologias para que os processos industriais sejam mais eficazes, e conseqüentemente menos nocivos ao ambiente e ao clima. O evento segue até o dia 17. A lista de catástrofes naturais deste ano está atraindo uma atenção mais intensa do que o costumeira sobre esta cúpula, já que 2004 foi pleno de furacões, inundações, aumento de chuvas torrenciais, longas secas, além do derretimento de geleiras nos Alpes e nos Andes. Como pano de fundo, a própria capital argentina está sendo um exemplo do aquecimento global: a cidade está mais abafada, as chuvas, raras neste período, são freqüentes e a temperatura ultrapassa os 30 ºC, algo atípico para esta época do ano. De quebra, há poucas semanas, uma conferência ambiental realizada na cidade australiana de Cairns indicou que os ciclones vão se multiplicar na área do Pacífico, além de incêndios de bosques, intensa erosão das áreas litorâneas, destruição de recifes de coral e mangues, além de fortes tempestades de poeira. Apesar do cenário terrível, a COP-10 começa hoje com uma parcela extra de otimismo, reforçada pela adesão da Rússia ao Protocolo de Kyoto.

Rio Tocantins é opção viável
Caso a mudança de curso do rio São Francisco encontre novos obstáculos e volte a ser apenas um plano para o futuro, ainda há outras opções que podem ser consideradas. A principal delas é sugerida pelo coordenador do Grupo de Ação, Infra-Estrutura Política e Governabilidade da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Francisco Alcântara Macêdo. Segundo ele, a transposição das águas do rio Tocantins é uma alternativa viável para os recursos hídricos do Estado. Diante da expectativa de que, em vinte anos, a população cearense salte de 7,5 milhões para 12,5 milhões de habitantes, Alcântara Macêdo teme que a água se torne ainda mais escassa. Hoje, o Ceará trabalha com 90% de segurança, graças ao excedente de chuvas em janeiro, o que significa que os cálculos já admitem um colapso de 10%. 'Trabalhar assim, na média, não é uma maneira eficiente de gestão de recursos hídricos', pondera o secretário de Recursos Hídricos, do Ministério da Integração Nacional, Hypérides Macedo. Segundo ele, a situação exige armazenamento de água que poderia ser usada na produção. De um terço à metade dessa reserva acaba evaporando. Por conta da maior distância, a estimativa é de que as obras para trazer água do Tocantins custariam cerca de US$ 1 bilhão a mais do que o necessário para a transposição do São Francisco. Para o secretário, a possibilidade existe, mas não deve ser concretizada por enquanto. A primeira transposição feita no Ceará aconteceu dentro do próprio Estado, como sistema de açudes Orós-Lima Campos, inaugurado em 1961.

São Francisco: 1ª fase da transposição concluída em 2006
A discussão em torno da execução do polêmico Projeto de Integração da Bacia do Rio São Francisco com as Bacias do Nordeste Setentrional parece estar chegando ao fim. De acordo com o chefe de gabinete do Ministério da Integração Nacional e coordenador geral do projeto, Pedro Brito do Nascimento, o andamento do plano está ocorrendo dentro do prazo previsto. Segundo Pedro Brito, a iniciativa, considerada uma das principais bandeiras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha eleitoral, tem até data estimada para lançamento. Em julho de 2006, o governo federal pretende inaugurar a primeira etapa da obra, que engloba os eixos Norte (Rio Grande do Norte e Ceará) e Leste (Paraíba e Pernambuco). A previsão é que o projeto em sua totalidade seja concluído no prazo de seis anos. No entanto, se o cronograma não sofrer atrasos, em três anos as águas do São Francisco começarão a chegar ao semi-árido.

Serafim quer gás sendo usado em Manaus
O prefeito eleito Serafim Corrêa (PSB) afirmou que a chegada do gás natural em Manaus vai representar ganhos positivos à população nos âmbitos econômico, social e ambiental. Corrêa garantiu que a partir de janeiro de 2005, mês de sua posse, tomará todas as medidas necessárias para tornar realidade o projeto do gasoduto Coari-Manaus até junho de 2006. Serafim salientou que a expectativa é que a partir do próximo ano 400 táxis dos 4.500 existentes na cidade sejam movidos a GNV (Gás Natural Veicular). Segundo o prefeito eleito, a estatal, a pedido do governador Eduardo Braga (PPS) tem um projeto piloto com capacidade para iniciar esse abastecimento.

Amanco aposta forte em saneamento e irrigação
A Amanco Brasil, dona das marcas Akros e Fortilit, está apostando alto na retomada dos investimentos em saneamento no País. Nos próximos três anos, a empresa, controlada pelo conglomerado costa-riquenho GrupoNueva, vai destinar R$ 40 milhões para o desenvolvimento de novos produtos, prioritariamente na área de coleta e transporte de esgoto. Além de reforçar o portfólio para saneamento básico, a Amanco espera incrementar a participação dos produtos de irrigação na receita, dos atuais 15% para mais de 25%, já no próximo ano. De acordo com o diretor-comercial da empresa, André Fauth, o direcionamento das pesquisas para a área de saneamento leva em conta a retração dos investimentos no setor nos últimos quatro anos e a necessidade de ampliar o atendimento à população. Conforme o Censo 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), apenas 40% da população brasileira está ligada às redes de coleta de esgoto. Na Região Norte, onde foi registrado o pior índice nacional de atendimento, somente 2,8% da população está conectada à rede.