Baixada Santista continua com praias impróprias para banho
As condições das praias paulistas permaneceram sem alteração esta semana Os locais que estavam impróprios para banho de mar, atualmente continuam nessa condição. Na Baixada Santista, oito das 62 praias estão sujas, concentradas em três municípios: Guarujá, São Vicente e Praia Grande. No Litoral Norte, todas as quatro cidades têm pelo menos uma praia imprópria, no total, há seis entre as 80 monitoradas pela Cetesb.

Cai o número de doentes por falta de saneamento
Cai o número de pessoas que adoecem no País por causas relacionadas à falta de saneamento da água destinada ao consumo humano. O número de internações em razão de enfermidades como diarréia, difteria, malária, hepatite, dengue e outras recuou de 730 por 100 mil habitantes em 1993, para 375 por 100 mil habitantes em 2002, segundo dados coletados pelo IBGE. O principal motivo para isso, segundo André Monteiro Costa, pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), responsável pela pesquisa que serviu de base para o IBGE, é a consolidação do SUS (Sistema Único de Saúde) nos anos 90. Porém, no País, 25% da população não dispõe de rede coletora eficiente e 80% dos moradores de domicílios particulares permanentes queimam, enterram ou jogam o lixo em terreno baldio. Segundo a pesquisadora do IBGE Denise Kronemberger, os números podem mascarar uma realidade mais grave, já que muitas das enfermidades não necessitam de internação.

São Paulo apresenta problemas com a qualidade da água
A pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável divulgada pelo IBGE, aponta que a Região Metropolitana de São Paulo continua com problemas graves na qualidade da água. Segundo a pesquisa, as represas Billings e Guarapiranga, que abastecem a Capital, apresentam problemas de poluentes maiores que os verificados no Rio Tietê. Das áreas monitoradas no Brasil, estas represas são as únicas que ultrapassam limites de alerta total.

Abdib quer revisão de projeto para saneamento
O setor de saneamento básico precisa se renovar com urgência, na opinião de Newton de Lima Azevedo, vice-presidente da Associação Brasileira de infra-estrutura e Indústrias de Base (Abdib). Para ele, a iniciativa do governo de retomar essa questão é muito positiva e deve ser encarada como mais uma oportunidade de discutir os diversos aspectos que envolvem a construção de uma lei de saneamento. "O anteprojeto de lei que nós conhecemos, do jeito que está, está fadado ao fracasso", disse. O anteprojeto, segundo Azevedo, é municipalista e estatizante. "Se nós queremos fazer frente às necessidades de investimentos definidas pelo Ministério das Cidades, que diz que o País precisa de R$ 9 bilhões por ano para universalizar os serviços de água e esgoto, este projeto precisa levar em conta condições que permitam a atração de capital privado. Isso porque nós da Abdib temos certeza de que só os recursos públicos não serão suficientes para cumprir essa meta."

Cresce mercado de créditos de carbono
Consultoras e certificadoras que atuam no âmbito do Protocolo de Kyoto percebem um aumento na demanda por serviços após a decisão da Rússia de ratificar o tratado internacional, no mês passado. Elas estão sendo procuradas por empresas dispostas a entrar no mercado internacional de crédito de carbono e disputar um mercado que pode chegar, só no caso do Brasil, a US$ 1 bilhão anual entre 2008 e 2012, período de vigência da primeira fase do protocolo. Para disputar os recursos, as empresas precisam comprovar, por meio de certificado reconhecido internacionalmente, que reduziram a emissão de gases poluentes. As consultorias são procuradas para prospectar negócios e orientar a implantação de projetos "limpos". O mercado de crédito de carbono começa a pressionar o Banco Central e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que regulamentem um título brasileiro que poderá ser comercializado mundialmente. O Banco Central informou que não houve demanda pela criação do novo papel. Embora o Protocolo de Kyoto não tenha entrado em vigor, nos cinco primeiros meses de 2004 foram negociados 64 milhões de toneladas de carbono em todo o mundo, montante próximo aos 78 milhões de todo o ano passado.

Governo recebe queda do petróleo com alívio
A queda na cotação do preço internacional do petróleo nos últimos dias trouxe alívio para a equipe econômica. Na avaliação do secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Luiz Pereira, após a alta brutal dos últimos meses, "estamos vivendo um momento de maior realismo por parte dos operadores", que deverá se traduzir em cotações mais baixas daqui para frente. A expectativa é que o produto, hoje a maior ameaça no front externo, não atrapalhe o atual ritmo de crescimento da economia mundial e também da brasileira. Para Pereira, "o Brasil vive o ciclo de crescimento mais robusto em uma década".

Polícia Ambiental lança revista e 0800
Com o objetivo de aproximar a comunidade dos trabalhos realizados pela corporação, a Polícia Militar Ambiental do Estado lançou dois serviços para a população: uma linha gratuita 0800 e uma revista de Segurança Ambiental. Pelo 0800 – 132060, a pessoa pode fazer denúncias de crimes ambientais ou receber orientações sobre segurança na área rural. O nome do denunciante é mantido em sigilo. O serviço recebe informações sobre agressões ao meio ambiente, como casos de desmatamento, caça ou pesca clandestinas e maus tratos de animais, entre outros. Cada ligação recebe um número que identifica o atendimento prestado e possibilita ao denunciante acompanhar o andamento do trabalho da Polícia Ambiental. Já a revista traz informações sobre meio ambiente e as ações da Polícia Militar, e será editada bimestralmente. A publicação é destinada a policiais da corporação e a advogados, delegados, juízes, técnicos de instituições governamentais e entidades privadas, além da população interessada no tema.

Aposentado desenvolve ralo contra mosquito da dengue
Preocupado com as ações de combate à dengue em Santos, o aposentado José Edgar de Jesus, que reside no Embaré, passou a imaginar um sistema que tornasse mais seguros os ralos, criadouros do mosquito transmissor da doença. José Edgar projetou um tubo acoplado na tampa do ralo, que serve para armazenar o sal. O produto passou a entrar em contato com a água do ralo por meio de um pequeno orifício, colocado na tampa da parte inferior do equipamento. Com isso, não necessita mais colocar uma grande quantidade de sal, basta apenas encher o recipiente, que o produto dura cerca de quatro a cinco dias. O aposentado decidiu patentear a invenção pela Associação Nacional dos Inventores (ANI), que foi batizada como Ralo Anti-Dengue.

Governos negociam fim da pesca de arrasto
Governos e organizações ambientalistas estão pressionando a Organização das Nações Unidas (ONU) para proibir a pesca de arrasto de fundo em águas internacionais. Uma proposta de moratória já foi apresentada pela Costa Rica e o assunto tem sido tema de várias reuniões diplomáticas nos últimos dias. A atividade que utiliza grandes redes afuniladas e presas a cabos para varrer o leito do mar, é considerada altamente destrutiva e de baixa sustentabilidade. O movimento é baseado em um levantamento global produzido por Matthew Gianni, um ex-pescador profissional e ex-ativista do Greenpeace que hoje trabalha como consultor internacional para assuntos de pesca. Ele concluiu que a pesca de arrasto em alto-mar tem uma importância econômica insignificante, embora ofereça sérios riscos à saúde dos ecossistemas marinhos. Segundo o relatório, a atividade movimenta entre US$300 milhões e US$400 milhões por ano, o que representa 0,25% do mercado mundial de pesca, de US$75 bilhões. A frota mundial é de aproximadamente 300 barcos, de 11 países.