21/09/04

Hoje é o Dia da Árvore e o Dia Internacional da Paz

São Vicente consolida êxito na reciclagem de lixo
São Vicente conseguiu aumentar a quantidade de lixo reciclado, ao atingir, agora, 6% do material reciclado recolhido, enquanto no mesmo período do ano passado este número era de 5,30%. Esta cifra, que representa 339 toneladas por mês de lixo renovado, realça, ainda mais, a condição de São Vicente como modelo neste tema. Um dos principais fatores para que este estágio da reciclagem de lixo fosse alcançado no município foi a campanha da coleta seletiva, promovido há um ano e meio pela Companhia de Desenvolvimento der São Vicente (Codesavi) em todos os bairros que compõe o território vicentino. A campanha fez com que a cidade criasse bases para solidificar uma cultura de reciclagem. Em São Vicente, a coleta seletiva também contgribuiu para a inserção social de moradores da região do Sambaiatuba, já que os ex-catadores de lixo do antigo Lixão, hoje Parque Ambiental Sambaiatuba, são os responsáveis pela reciclagem do lixo recolhido, o que possibilita a eles uma fonte de renda, uma vez que são eles mesmos que comercializam o produto da coleta.

Poluição interfere em mortalidade
Qual o índice ideal de material particulado (poeira) na atmosfera de cidades de menor porte? Na cidade espanhola de Pamplona, que tem 190 mil habitantes, uma pesquisa resolveu descobrir se havia relação entre o aumento desses poluentes e as taxas de mortalidade. Segundo a pesquisadora Rosa Maria Alas Brun, foram analisados quatro contaminantes do ar mais representativos, encontrados na atmosfera na cidade entre 1991 a 1999. São eles: dióxido de enxofre, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e ozônio. Os resultados das análises estatísticas mostraram que, mesmo que seja ainda pequena, a poluição teve interferência sobre as mortes. (jornal A Tribuna – coluna Ciência &Meio Ambiente).

Viagens aéreas são ameaças ao meio ambiente
Mais trem, mais avião, é o que sugere um estudo feito pela Universidade de Nova York, na Grã-Bretanha. Segundo os cientistas, o aumento das viagens aéreas é uma das maiores ameaças ao meio ambiente mundial. Para os autores do estudo, os gases poluentes emitidos estão aumentando. O trabalho diz que os planos do governo britânico de expandir aeroportos estão em conflito direto com metas de redução de emissão de gases causadores do efeito estufa. Os pesquisadores propõem que pelo menos 50% dos viajantes deveriam chegar aos aeroportos por meio do transporte público, e que jornadas de menos de 400 milhas (643km) deveriam ser feitas de trem, em vez de avião, o que eliminaria 45% dos vôos. Além disso, sugerem que os governos sigam o conceito adotado pelo aeroporto de Zurique, na Suíça, de limitar as emissões de todos os aeroportos e tratá-los como complexos industriais. Eles defendem ainda que companhias aéreas paguem taxas de poluição para compensar o dano causado. (jornal A Tribuna – coluna Ciência & Meio Ambiente).

Laboratório da Cetesb deve ser autorizado este mês
Até o final do mês, será assinada a ordem de serviço para construção do Laboratório de Emissões da Cetesb, a ser implantado em um terreno com cerca de 8 mil metros quadrados, no Loteamento Jardim Aloha, em Praia Grande. A informação foi dada pelo presidente da Cetesb, Rubens Lara. Orçada em R$25 milhões, a serem custeados pelo Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). A finalidade do laboratório é avaliar o desempenho de motores de veículos, como automóveis, ônibus, caminhões, motocicletas e outros. Os equipamentos que compõem o complexo foram fabricados no Brasil e no exterior. A avaliação de emissão de poluentes é de competência do Ibama, entretanto, no Estado de São Paulo, esta atribuição foi repassada para a Cetesb, que atualmente mantém um laboratório na Capital, no bairro de Pinheiros, que será desativado depois da inauguração do posto de Praia Grande.

Semana Brasileira de Economia e Contabilidade ambiental
Diógenes Del Bel, diretor-executivo da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre), participa da Primeira Semana Brasileira de Economia e Contabilidade Ambiental. Na pauta, a transparência dos dados ambientais nos balanços das empresas e as contradições entre a propaganda e o real desempenho socioambiental. O evento, que começa hoje e vai até a próxima sexta-feira, tem atividades no Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo, é promovido pela Defensoria da Água.

Planalto quer coibir extração em reservas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou um grupo operacional para coibir a exploração mineral em terras indígenas. Polícia Federal, Funai e Gabinete de Segurança Institucional vão combater a mineração ilegal até que seja aprovado projeto de lei no Congresso para regulamentar o tema. O grupo operacional foi criado para impedir a exploração mineral em especial nas áreas da Reserva Roosevelt, em Rondônia, onde 29 garimpeiros foram mortos pelos índios cinta-larga este ano, e Parque Indígena Aripuanã e Serra Morena, no Mato Grosso, também áreas dos cinta-larga. O Ministério da Defesa e o Departamento Nacional de Proteção Mineral (DNPM) vão ajudar combater os garimpeiros. As Forças Armadas podem ser acionadas para participar de operações em áreas indígenas, dando apoio de comunicações, inteligência e logística.

União Européia coopera para preservação ambiental
A União Européia assinou ontem o primeiro acordo de cooperação com as Nações Unidas para combater as ameaças ao meio ambiente, e se comprometeu ainda a iniciar os compromissos da Cúpula Mundial de 2002 sobre desenvolvimento sustentável. O memorando de entendimento assinado ontem reforçará a cooperação em temas como consumo, produção, biodiversidade, água, energia e produtos químicos. De acordo com o diretor do Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Klaus Topfer, o acordo é histórico, porque o Pnuma tem 32 anos e é a primeira vez que se chega a uma aliança deste tipo, que inclui ações para combater a mudança climática até reconstruir países devastados como o Afeganistão.

Califórnia deverá aprovar lei para reduzir poluentes
O estado americano da Califórnia deverá aprovar, nesta quinta-feira, uma lei pioneira para obrigar os fabricantes de automóveis a modificar seus projetos para que reduzam em 25% as emissões de gases causadores do efeito estufa. Um estudo elaborado por um comitê de 19 cientistas e divulgado na semana passada, adverte que as mudanças climáticas causadas por estes gases, principalmente o dióxido de carbono, causarão um grande aumento das temperaturas na Califórnia, causando problemas de saúde para pessoas mais vulneráveis, como os idosos. O documento pede às autoridades que tomem medidas drásticas para reduzir a emissão destes gases, que, segundo a maior parte da comunidade científica, contribuem em grande medida ao aquecimento global do planeta. A medida conta com o apoio do governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, e fará com que os californianos tenham que gastar mais dinheiro com seus veículos, dependendo do modelo.

Aeroporto de Jundiaí terá contenção de ruído
A Isolpack, empresa italiana especializada em tecnologias para controle de ruído em aeroportos, rodovias e vias urbanas, firmou uma parceria com o aeroporto de Jundiaí, a cerca de 50 quilômetros da capital paulista, para o desenvolvimento de uma barreira de proteção para a área de testes das aeronaves. A transferência de tecnologia envolve ainda as empresas brasileiras de engenharia Riuma Engenharia e Engevix. Dentro de dez dias, a direção do aeroporto deverá ter em mãos as possíveis soluções para a contenção de ruído, que inclui a construção de barreiras físicas em forma de "U", que podem ser de materiais tão diversos quanto terra, madeira, acrílico e metal. A parceria com a Isolpack foi firmada no âmbito do comitê de meio ambiente da Câmara Ítalo-Brasileira, que está promovendo em São Paulo o primeiro seminário com foco em negócios ambientais. O encontro visa criar oportunidades de negócios entre empresas dos dois países, com expectativa de movimentar cerca de US$ 5 milhões nos próximos três anos em novos negócios, apenas na área de proteção acústica.

Brasil aumenta postos de fiscalização no Paraguai
A preocupação com eventual aparecimento de febre aftosa no Paraguai fez o governo aumentar para 15 os postos de fiscalização nas fronteiras daquele país com o Mato Grosso do Sul. Antes eram cinco postos.

Falta de árvores
O plantio de árvores neste ano será menor do que o país precisará para o consumo industrial. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o déficit, iniciado nos anos 80, criará uma situação "crítica" até 2008, o que deve aumentar ainda mais o preço da madeira no mercado nacional. No período de oito anos, o preço do metro cúbico do pinus já subiu de R$ 25 para R$ 100.

Ameaça de devastação no Rio de Janeiro
Em vez de comemorações, alerta. No Dia da Árvore, ambientalistas denunciam o desmatamento anual de 12 mil hectares de Mata Atlântica no Rio de Janeiro, motivado pela especulação imobiliária, favelização de áreas verdes e queimadas como a que devastou, no dia 8, cinco hectares do Parque Estadual da Pedra Branca, na Zona Oeste. Se continuar neste ritmo, seriam necessários apenas 70 anos para acabar com os 8.400 km² de Mata Atlântica remanescentes no Rio. A situação é muito grave no Estado. Hoje, restam apenas 14% da áréa de Mata Atlântica original, denunciou o deputado estadual Carlos Minc (PT), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Alerj. Em relatório elaborado pela Fundação SOS Mata Atlântica, apenas três municípios fluminenses figuram entre os 100 que mais possuem Mata Atlântica atualmente. O que se encontra em melhor situação, Paraty, com 74.298 hectares verdes, aparece na 20ª posição. As outras duas cidades são Mangaratiba, na 24ª posição, e Angra dos Reis, na 34ª. Apesar dos números assustadores, o presidente da Fundação SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, mostra-se otimista no Estado. O Rio foi campeão em desmatamento até o ano de 1985. Hoje, depois de ter reagido à denúncia, está na média nacional.