RESUMOS DE ECOLOGIA
Capítulo 1 - Dinâmica nos Ecossistemas
1.1. Os ecossistemas
a) Conceito — Complexos sistemas de relações mútuas, com transferência
de matéria e de energia, entre o meio abiótico e os seres vivos de de-
terminada região.
b) Composição — Fatores abióticos e fatores bióticos.
1.2. Cadeia alimentar
a) Conceito — O caminho que segue a matéria desde os produtores até os
decompositores, passando pelos consumidores.
b) Composição — Produtores (vegetais), consumidores primários (herbívo-
ros, consumidores secundários, terciários e quaternários (carnívoros)
e decompositores (bactérias e fungos existentes no solo ou no fundo
dos lagos, rios e mares).
1.3. Teia alimentar
a) Conceito — Fluxo de matéria que passa, num ecossistema, dos produto-
res aos consumidores por numerosos caminhos opcionais que se cru-
zam.
1.4. Hábitat
a) Conceito — Local ou lugar físico em que vive uma espécie.
1.5. Nicho ecológico
a) Conceito — Lugar funcional (função) ocupado por uma espécie dentro do
seu ecossistema.
1.6. Equivalentes ecológicos
a) Conceito — Espécies diferentes que ocupam nichos similares em regiões
distintas.
Capítulo 2 - Populações e comunidades
2.1. População
a) Conceito — Conjunto numeroso de indivíduos de uma mesma espécie que
convivem numa área comum, mantendo ou não um certo isolamento em
relação a grupos de outras regiões.
b) Abrangência — O conceito se aplica a animais, plantas e microrganismos.
c) Desenvolvimento das populações:
— Mecanismos intrínsecos:
-Competição intra-específica
-Redução espontânea da taxa de reprodução
— Mecanismos extrínsecos:
-Resistência ambiental
-Competição interespecífica
-Restrições de alimentos e de espaço
-Intemperismos
-Parasitismo
-Predatismo
2.2. Comunidade
a) Conceito — Conjunto de organismos de espécies distintas que habitam o
mesmo ecossistema, mantendo entre si um relacionamento por vezes
harmônico, por vezes desarmônico.
2.3. As pirâmides ecológicas
a) Pirâmide de energia: mostra que a quantidade de energia disponível num
ecossistema se reduz a 1/10 a cada passagem de um nível trófico para
o outro na cadeia alimentar. Isso se explica porque os indivíduos de um
nível trófico só conseguem aproveitar 1/10 da energia disponível no gru-
po trófico anterior.
b) Pirâmide das massas: Revela que também a biomassa circulante nos ecos-
sistemas diminui à décima parte cada vez que passa de um nível trófico
a outro. O consumo interno pelos próprios organismos e o não-aprovei-
tamento integral da sua matéria pelos que os usam como alimento justi-
ficam esse decréscimo.
c) Pirâmide dos números: Demonstra o que se observa habitualmente, ou se-
ja, os produtores são mais numerosos do que os consumidores primá-
rios; este, por sua vez, são mais numerosos do que os consumidores
secundários, e assim por diante.
Capítulo 3 - Comunidades em desenvolvimento
3.1. Sucessão ecológica
a) Conceito — Implantação sucessiva de espécies num local antes desabitado
até a formação de uma comunidade-clímax. Sinônimo: sera.
b) Etapas de uma sucessão: ecésis (início) e clímax (desenvolvimento máxi-
mo).
3.2. Os biomas da Terra
a) Conceito — Comunidades-clímax dos ecossistemas de terra firme (grandes
formações faunísticas e florísticas) quase sempre com espécies domi-
nantes.
b) Principais tipos — Campos, florestas, desertos, praias e montanhas, com
numerosas variantes regionais.
3.3. Microclimas
a) Conceito — Conjunto de características ambientais ou climáticas de cada
um dos diversos estratos de uma floresta.
3.4. A dispersão das espécies
a) Conceito — Tentativa de propagação que cada espécie animal ou vegetal
realiza com o objetivo de alargar seus domínios e conquistar novas
áreas.
b) Tipos:
-Dispersão passiva: faz-se não pelos próprios recursos da espécie mas
às custas da participação de fatores alheios a ela, como o vento, a água
ou mesmo outras espécies. Realizada principalmente pelos vegetais.
-Dispersão ativa: depende principalmente dos recursos próprios de loco-
moção da espécie. Realizada intensamente pelos animais. Pode ocorrer
por migração ou por nomadismo.
c) Fatores reguladores da dispersão:
-Potencial biótico da espécie (capacidade reprodutiva e adaptativa).
-Barreiras geográficas (rios, montanhas, desertos, mares).
-Recursos próprios de deslocamento (variáveis de espécie para espé-
cie).
Capítulo 4 - A biosfera e os biociclos
4.1. A biosfera
a) Conceito — Conjunto de todas as regiões do globo terrestre onde existe vi-
da.
b) Divisões — É dividida em três biociclos: epinociclo, talassociclo e limnociclo
4.2. Biociclos
a) Epinociclo — Conjunto de todos os ecossistemas de terra firme.
-Província subterrânea
-Província superficial
b) Talassociclo — Conjunto de todos os ecossistemas marinhos.
-Fundo: sistema litorâneo e sistema abissal
-Massa d’água: distrito nerítico, distrito pelágico, distrito batial e distrito
abissal
-Iluminação: zona eufótica, zona disfótica e zona afótica
c) Limnociclo — Conjunto de todos os ecossistemas de água doce.
-Província lótica ou das águas correntes
-Província lêntica ou das águas paradas
4.3. Plâncton, nécton e bentos
Os seres de hábitat aquático (do talassociclo e do limnociclo) se classificam em:
a) planctônicos: são arrastados pelas correntes
b) nectônicos: deslocam-se voluntariamente por seus próprios recursos
c) bentônicos: flora e fauna de fundo (móveis ou fixos)
Capítulo 5 - Os seres vivos e suas relações
5.1. Adaptações — a adequação ao meio
a) Conceito — Adaptações são modificações impressas a uma espécie em conseqüência de mutações, do que resulta que os indivíduos dessa espécie se tornam mais adequados às condições de vida no seu ambiente.
b) Classificação:
-Adaptações morfológicas: implicam alterações estruturais da espécie
-Adaptações fisiológicas: não exigem alteração estrutural, mas uma ade-
quação funcional do organismo ao ambiente.
5.2. Camuflagem e mimetismo
a) Camuflagem — Tipo de adaptação que favorece a defesa ou o ataque, pela qual a espécie revela a mesma cor do ambiente em que vive ou possui forma que se confunde com coisas do meio ambiente.
b) Mimetismo — Tipo de adaptação em que os indivíduos de uma espécie se assemelham bastante aos de outra espécie, levando vantagem com essa semelhança.
5.3. As relações entre os seres vivos
a) Relações harmônicas
1. Intra-específicas:
-Colônias: grupamentos de indivíduos da mesma espécie, ligados
uns aos outros e com profunda interdependência vital
-Sociedades: grupamentos de indivíduos da mesma espécie que
têm plena capacidade de vida isolada mas preferem viver em cole-
tividade
2. Intererspecíficas:
-Protocooperação: associação entre indivíduos de espécies dife-
rentes que têm capacidade de vida isolada, mas que em conjunto
encontram melhores condições de vida
-Mutualismo: associação entre indivíduos de espécies diferentes
que não podem prescindir dessa associação, já que para eles a vi-
da isolada é praticamente impossível
-Comensalismo: toda forma de relação harmônica unilateral, isto é,
relação em que um dos associantes tira vantagem, enquanto o ou-
tro nada perde nem nada ganha (variantes do comensalismo são a
sinfilia, o inquilinismo, a epibiose, que pode ser epifitismo e epizoís-
mo)
b) Relações desarmônicas
1. Amensalismo: relação de competição entre espécies ou dentro de uma
mesma espécie, na luta pela obtenção de alimentos e de espaço. Com-
preende, inclusive, a antibiose (produção de substâncias por alguns se-
res que matam ou impedem o desenvolvimento de outros).
2. Parasitismo: tipo de relação pela qual uma espécie se instala no corpo
de outra dela retirando material para sua nutrição e causando-lhe, em
conseqüência, danos de gravidade variável. Os parasitas classificam-se
em:
-Micro e macroparasitas
-Ecto e endoparasitas
-Obrigatórios e facultativos
-Temporários, provisórios e permanentes
-Hemiparasitas, holoparasitas e hiperparasitas
-Monogenéticos e digenéticos
-Euríxenos e estenóxenos
3. Predatismo: ataque de uma espécie a outra para matar e devorar. O
canibalismo é o predatismo intra-específico.
Capítulo 6 - Ciclos biogeoquímicos
6.1. Ciclo da água
6.2. Ciclo do carbono
6.3. Ciclo do oxigênio
6.4. Ciclo do nitrogênio
6.5. Ciclo do cálcio
6.6. Poluição ambiental
a) Eutroficação: proliferação exagerada de organismos aquáticos em conse-
qüência da drenagem abundante de resíduos orgânicos provenientes de in-
dústrias, lavouras e latifúndios, com superpopulação e desequilíbrio ecológico
local.
b) Magnificação trófica: processo de concentração crescente de produtos tó-
xicos por ingestão e acúmulo nos integrantes dos diversos níveis das cadeias
alimentares, atingindo teores elevados nos consumidores de níveis mais altos.
O acúmulo de DDT constitui-se no exemplo mais notório e suas conseqüên-
cias têm sido drásticas para o homem e outros animais.
6.7. Principais poluentes ambientais
- Dióxido de carbono (CO2)
- Monóxido de carbono (CO)
- Dióxido de enxofre (SO2), que causa as chuvas ácidas
- Benzopireno
- Óxidos de nitrogênio (NO2)
- Chumbo-tetraetila